O Lost Boys (Garotos Perdidos) original tinha Joel Schumacher na direção e contava com um elenco que fez desse filme um dos maiores cults da história do cinema. Primeiro por se tratar de um filme de vampiros em plenos anos 80, com toda aquela roupagem trash que só os anos 80 nos ofereceram.
Nada foi tão bem explorado nesse filme do que a história de um grupo de vampiros metaleiros vestindo couro e roupas pretas que torna a cidade de Santa Carla/CA como sua mesa de banquetes particular até a chegada de Michael (Jason Patrick), Sam (Corey Haim) e Lucy (Dianne Wiest). Irmãos e mãe divorciada que querem abandonar a vida antiga e começar tudo do zero na casa do avô. O irmão mais velho se envolve com uma vampira chamada Star(Jami Gertz) e acaba se tornando um deles enquanto o mais novo se junta a dois irmãos “caçadores de vampiro” amadores para salvar o dia, isso sem que a mãe perceba.
Era uma comédia de horror muito boa e sempre vai ser divertido de assistir. Agora, uma das maiores regras do mundo do cinema foi quebrada com a continuação chamada Lost Boys – The Tribe.
O mundo mudou, estamos 21 anos após o primeiro filme e a tribo do título do filme é um bando de vampiros liderados pelo irmão mais novo de Keith Sutherland (que interpretava o líder da gangue de vampiros do primeiro filme), Angus Sutherland, um pseudo Jim Morrison loiro.
Meu grande problema com esse filme é que eu já comecei a assistir ele com um pré-conceito infernal, afinal a regra do nunca faça uma continuação de algo que virou cult havia sido quebrada.
A primeira sequência já mostra o tom do filme: TOTAL GORE! Ou seja, ele esbanja nas cenas em que sangue voa para todos os lados e bem, digamos, quer tentar ser igual ao primeiro, mas com piores atores e piores situações, sem contar que o diretor tem em seu currículo, jóias do cinema como Um Drink no Inferno 3, ou seja, é especialista em destruir filmes cults. Falando em Drink no Inferno, Tom Savini, o Sex Machine do primeiro Drink no Inferno participa da cena e é degolado pelos vampiros.
Chris (Tad Hilgenbrink) e Nicole (Autumn Reeser) são irmãos que perderam os pais em um acidente e vão morar com um tio excêntrico quando ela se enamora com Shane (Angus Sutherland) o líder do bando de vampiros que praticamente não esconde de ninguém sua verdadeira natureza, inclusive filmando as matanças e postando no Youtube.
Corey Feldman volta como Edgar Frog, um dos “caçadores de vampiros” do primeiro filme. E ele ajuda Chris a salvar a irmã. Todas as falas de Edgar entram na categoria “eu contratei o roteirista para me fazer parecer Cool”. E após assistir esse filme com certeza eu posso dizer que Corey Feldman é um vampiro, porque ele não envelheceu quase nada nesses 21 anos entre filmes.
Bem, não quero falar mais nada sobre esse filme, afinal dói a alma falar dele. Basta dizer que com certeza essa pérola irá direto para o DVD tanto aqui quanto nos EUA, Europa, Japão e Indonésia. Não há lugar no mundo que queira esse filme nas telonas, esse filme merece a qualificação Ruim Pá Caralho Burro do Ambrosia.
São essas coisas que eu faço por vocês. A fim de evitar que vocês vejam essa aberração cinematográfica, eu me coloquei na linha de tiro e protegi vocês dela. Se alguém ainda se dispuser a assistir, comenta aqui, mas duvido que apareça algum corajoso. Tem que ser masoquista para assistir esse filme por inteiro.
J.R. Dib
“A fim de evitar que vocês vejam essa aberração cinematográfica, eu me coloquei na linha de tiro e protegi vocês dela”
hahah Ai, JR, você é o nosso herói!
Mas, pow, o filme é uma continuação feita pelo roteirista de Um Drink No Inferno 3 e você esperava uma coisa boa?
É para esse tipo de filme que no Rio a gente tem o Cine Palácio, com entradas a 4 reais : )
Cara depois do Hancock eu não discordo mais de você JR, por favor continue nos guiando para a luz.