Jonathan é um monólogo escrito e encenado por Rafael-Souza Ribeiro que parte da história real da tartaruga mais velha do mundo para abordar, com acidez e lirismo, temas como colonialismo, intolerância, moralidade e sobretudo a passagem do tempo. A montagem dirigida por Dulce Penna estreia dia 26 de maio no Teatro Ipanema e segue em cartaz até 11 de junho, com sessões sextas e sábados às 20h e domingos às 19h.
O ano era 2017 quando Rafael Souza-Ribeiro descobriu no jornal a história de Jonathan, uma tartaruga que, já naquele momento, era apresentada como o animal terrestre mais velho do mundo e o mais ilustre morador da Ilha de Santa Helena, território ultramarino britânico no meio do Atlântico, considerado um dos locais mais ermos do mundo. Aos 191 anos, a tartaruga celebridade carrega por décadas a função de garoto-propaganda da ilhota com aproximadamente 4500 habitantes. Sua imagem estampa camisetas, bonés, bem como a moeda de 5 centavos da libra local e os selos do órgão de imigração.
Quando leu o perfil de Jonathan traçado pelo jornal, do temperamento agressivo em jogos de críquete à pacificação após chegada de uma parceira da mesma espécie, passando pela voraz indústria do turismo desenvolvida ao redor do animal e todo o panorama histórico em que ele se insere, Rafael pensou: “Tem teatro aí!”
“Fui livre o bastante pra escrever uma história com começo, meio e fim, criar personagens, lugares, e uma dramaturgia que se vale da notícia, do documental, mas também do fabular, do alegórico e sobretudo do teatro”, comenta Rafael, que em 2023 celebra os 30 anos de seu encontro com o teatro. Neste mesmo ano, esteve em cartaz com o elogiado Cerca Viva, dirigido por César Augusto, e ganhou o Prêmio CBTIJ de Melhor Texto Original pelo infantil “Tá Com Medo de Quê?”
Na peça, a vida da tartaruga cruza com a vida de outro Jonathan, o jovem tratador de animais que herdou o nome do bicho e o ofício do avô, ainda que contra sua vontade. Enquanto passa a limpo a história da Ilha onde vivem, da tartaruga e da família, ele se vê às voltas com os próprios sonhos e a chegada da vida adulta.
SINOPSE:
A vida do jovem Jonathan se transforma a partir do momento em que ele se vê impelido a cuidar da tartaruga mais velha do mundo e zelar por sua vida numa ilha perigosamente reacionária.
Ficha Técnica:
Texto e atuação: Rafael Souza-Ribeiro
Direção: Dulce Penna
Direção de produção: Damiana Inês
Assistência de produção: Denise Oliveira
Preparação corporal: Luciano Caten
Figurino: Carla Ferraz
Visagismo e maquiagem: Diego Nardes
Iluminação: Paulo Denizot
Cenário: Dulce Penna e Dodô Giovanetti
Cenotecnia: Dodô Giovanetti
Trilha sonora: Arthur Ferreira
Arte gráfica: Ludmila Valente | Brainstorm Design
Assessoria de imprensa: Lyvia Rodrigues | Aquela Que Divulga
Fotografia: Renato Mangolin
Rafael Souza-Ribeiro – dramaturgo e ator
Rafael Souza-Ribeiro é dramaturgo, roteirista e ator, formado pela UFRJ em Direção Teatral. Em 2023, ganhou o prêmio CBTIJ de Melhor Texto Original pela autoria de “Tá Com Medo de Quê?”, dirigido por Renato Carrera; em maio estreia o solo Jonathan, como autor e ator, celebrando 30 anos de teatro; e é um dos roteiristas de Vicky e a Musa, série infanto-juvenil de Rosane Svartman para o Globoplay, que estreia em julho. Tem mais de 10 textos encenados nos últimos anos; é autor de 4 contos utilizados na série Educação Antirracista, do GNT; e foi roteirista em séries adultas para Amazon Prime, Mutishow e HBO Max Brasil.
Dulce Penna- diretora
Dulce Penna é diretora, produtora e atriz, formada em Direção Teatral pela UFRJ. Iniciou sua carreira há 18 anos, como assistente de Marco André Nunes em “Projeto K “, de Walter Daguerre. Estreou como diretora e dramaturga em 2010, com a peça “201”, tendo recebido excelentes críticas. Foi diretora assistente em “Amérika!” e “As Horas Entre Nós”, direção Joelson Gusson (2012/13); “A Dona do Fusca laranja”, de Jô Bilac, direção Fábio Ferreira (2011); “Demônios “, direção Bruce Gonlevsky (2016). Como atriz, destacam-se: “O Bigode”, direção de Eduardo Vaccari; “Teatro do Saara”, direção Fernando Maatz (2017); “Heroína Solitária”, de Camilo Pellegrini (2017/18) – Prêmio de Melhor Atriz, Festival de Cenas Curtas do Teatro Ziembinski; “Malala, a menina que queria ir para a escola”, do bestseller de Adriana Carranca – prêmio CBTIJ de Melhor Produção (2018/19).
Jonathan – a tartaruga
Nascido em 1832, Jonathan, uma tartaruga gigante das Seychelles, foi dado como presente da Coroa britânica, ainda no século XIX, para a remota Ilha de Santa Helena, território ultramarino britânico no meio do Atlântico, considerado um dos locais mais ermos do mundo. No momento em que Jonathan veio ao mundo, há 191 anos, não havia tecnologias como a fotografia, o telefone e a lâmpada incandescente. A Torre Eiffel ainda não havia sido construída, e Napoleão Bonaparte, imperador francês que viveu seus últimos dias na mesma ilha, tinha apenas 18 anos de idade. De acordo com o Livro dos Recordes, Jonathan detém o título de tartaruga mais velha do mundo e o mais longevo testudine – grupo que inclui todas as tartarugas, cágados e jabutis – já registrado na história.
SERVIÇO
JONATHAN
Local: Teatro Ipanema
Temporada: de 26 de maio a 11 de junho
Dia/Hora: sextas e sábados às 20h; domingos às 19h
Endereço: Rua Prudente de Moraes, 824 – Ipanema
Ingresso: R$40/R$20
Classificação: 12 anos
Capacidade: 192 lugares
Duração: 60min
Gênero: Drama Tropical
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