A arte persevera! A exibição de “Onda Nova” na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo marca um momento significativo para a história do cinema brasileiro. Dirigido por Ícaro (Francisco) Martins e José Antonio Garcia e originalmente censurado durante a ditadura militar, o filme tem uma história de resistência que finalmente ganha o reconhecimento que merece.
A trama de Onda Nova acompanha as jogadoras do Gayvotas Futebol Clube, um time feminino formado no ano em que o futebol feminino foi regulamentado no Brasil após 40 anos de proibição. O filme mescla comédia erótica e crítica social, abordando o desejo e a sexualidade em um contexto de repressão durante a ditadura militar.
A obra, que foi censurada logo após sua primeira exibição na Mostra de 1983, só pôde ser lançada no ano seguinte, prejudicando sua carreira comercial. Além das jogadoras, o elenco inclui personalidades como os jogadores Casagrande, Wladimir e Pitta, ícones da “Democracia Corintiana”, além de participações de Caetano Veloso, Regina Casé e Osmar Santos.
Exibir “Onda Nova” hoje é um testemunho do poder do cinema como ferramenta de resistência e memória. Para muitos, é uma oportunidade de refletir sobre o passado e aprender com ele, especialmente em tempos onde a liberdade de expressão ainda é tema de debate.
Onda Nova, de 1983, será exibido em cópia restaurada, em 4K, na Cinemateca Brasileira neste sábado (19), às 21h. Uma sessão extra ocorrerá no domingo (20), no Reserva Cultural, às 13h.
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