Silmara Aldrighi é uma força da natureza no universo literário brasileiro. Engenheira Civil por formação, Analista de Comércio Exterior por profissão, ela encontrou nas palavras sua verdadeira vocação. Nascida em Fortaleza, há 23 anos abraçou a cidade de Brasília como lar, onde viveu como assessora parlamentar, gerente de projetos, funcionária pública, empresária e, hoje, escritora de corpo e alma.

A escrita sempre esteve presente em sua vida. Desde a infância, quando já se destacava em concursos de escrita e matemática, Silmara guardava o sonho de dar vida às histórias que habitavam sua “gaveta imaginária”. Aos 14 anos, escreveu seu primeiro romance, um manuscrito que ainda preserva com carinho e que planeja, um dia, lançar em um momento especial. Foi na aposentadoria, após uma carreira bem-sucedida nos números, que ela decidiu mergulhar de vez nas letras. Em 2022, publicou seu primeiro livro, Quando a Morte Ensina a Viver, uma obra que reflete sobre a finitude e a gratidão a partir da experiência de sua família com o câncer de seu pai.

Já são cinco livros publicados – Pétalas da Alma, O Destino de Morgana, Libélulas e O Último Pesadelo – além de participações em nove antologias, com mais um lançamento previsto para 2025. Suas obras transitam entre gêneros com naturalidade: da autoajuda sensível de Pétalas da Alma à fantasia envolvente de O Destino de Morgana, passando pelo realismo transformador de Libélulas, que narra a luta de quatro mulheres por novos ciclos de vida. “Escrevo com técnica e coração”, ela define, unindo sua disciplina analítica à emoção que a escrita criativa, especialização abraçada na pandemia, trouxe à tona.

Seu processo criativo é metódico, mas não rígido. De segunda a sexta, dedica as tardes a estudar, pesquisar, criar conteúdo para redes sociais e, claro, escrever – ainda que, atualmente, o ritmo esteja em uma hora por semana devido ao lançamento de O Último Pesadelo e de um conto na antologia A Magia do Natal. “Quero dar o melhor de mim, com consistência e emoção”, afirma. Essa busca pela qualidade é um pilar de seu trabalho: Silmara só publica o que considera sua melhor versão, refinada por leitura crítica e revisão profissional.

Além de escritora, Silmara é uma entusiasta da literatura como ferramenta de transformação. Seu sobrenome, Aldrighi,de origem italiana, ligado à cidade de Mântova – mencionada por Shakespeare em Romeu e Julieta –, reflete a mistura cultural que a inspira. Embora seus livros sejam escritos em português, Silmara sonha em traduzi-los para inglês, espanhol e italiano, uma meta que reflete sua paixão pela Itália e seu desejo de alcançar novos leitores.

Para os escritores iniciantes, ela deixa um conselho: “Degustem cada passo, estudem para elevar a qualidade e formem um núcleo de apoio mútuo”. Aos leitores, uma mensagem de gratidão: “Vocês me impulsionam. Não existem escritores sem vocês”. Com projetos literários e de vida saudável em andamento, Silmara Aldrighi segue provando que letras e números, quando guiados por coração e propósito, podem mudar o mundo – ou, ao menos, o mundo de quem lê.
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