Como Poppy diz na faixa homônima de seu quinto álbum, “quando você zig eu zag”. Após brincar com shoegazey, alternativo, punk e metal, todos os sinais apontavam para um caminho mais rock, Poppy surpreende em flertar seu novo trabalho com a música eletrônica.
Em entrevistas passada Poppy já havia revelado: “Adoro o balanço. Eu adoro polarizar a arte”, assim não é surpresa seu mergulho no EDM, mas “Zig” mostra uma tremenda evolução em sua carreira. Com 30 minutos de duração em 11 faixas, Zig é contagiante ao oferecer canções menos convencionais que funcionam.
Segundo a cantora este disco é uma dissecação do amor e da realização do que você quer (e, mais importante, não quer) dele. O empoderamento está em sua essência, soando como um clube em que você gostaria de ser legal o suficiente para frequentar. Essa energia flui de forma palpável pelos sons de Zig, onde cada faixa é elevada com elementos de industrial, metal e um pop ousado e por vezes pesado, contrastando com piano e violoncelo nas passagens mais delicadas do álbum.
Nas mãos de outro artista, esta incursão no electro depois de construir uma base em um território mais pesado poderia ser divisiva ou até mesmo um erro, mas Poppy consegue desbravar esse território e inclusive ampliar sua base de fãs. Vale ficar de olho – e ouvidos – abertos à carreira desta singular artista e seu ‘Poppyverso’.
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