A Capitã Phasma foi sem dúvida uma das grandes decepções do Star Wars: O Despertar da Força. Apresentada originalmente como a sucessora de Boba Fett na franquia, a personagem interpretada por Gwendoline Christie, no entanto, não teve a relevância na trama e inclusive, de minutos de metragem. Seu desenho espetacular e o enorme potencial não conseguiram salvá-la. Em O Despertar da Força, conseguiu escapar da destruição da base Starkiller, mas como? Um mistério que foi sanado na HQ que a Panini irá lançar em dois volumes: Star Wars Capitã Phasma.
O primeiro volume já saiu. Kelly Thompson e Marco Checchetto se unem para esta minissérie com Phasma como protagonista. A narrativa se situa nos momentos finais da base Starkiller, antes de seu colapso e destruição. Após ser obrigada a desativar os escudos da base, a capitã da Primeira Ordem consegue escapar. Ao apagar todos os registros, percebe que um oficial roubou informações que demonstram seu envolvimento na queda da base. Acompanhada por uma piloto TIE, irá perseguir o traidor em um mundo remoto e primitivo.
Com base com o que tínhamos, as novas informações relativas a Phasma resulta de grande valor, se levarmos em conta que não sabíamos nada sobre ela. A narrativa serve então, como base biográfica a personagem. Uma sobrevivente nata, implacável e entender como se tornou oficial da Primeira Ordem, e numa trama guiada de forma constante pela ação que Phasma leva intrinsecamente em si, temos uma HQ que não se torna cansativo e nem repetitiva, porém em detrimento de uma maior profundidade argumentativa.
Seguindo a linha de Os Últimos Jedi, a série de Phasma entra na continuidade do canon de Star Wars, mas mesmo que seja uma história complementar, sem nada essencial, resulta numa grande adição para aprofundar na nova trilogia.
O roteiro de Kelly Thompson é sensível e, se afasta dos longos discursos grandiloquentes para centrar-se no que é verdadeiramente importante. Ela é má e pronto. Os motivos? Por aqui não saberemos, iremos compreender que a Capitã Phasma é uma pessoa egoísta que age unicamente por seu interesse. Sua relação com a Piloto TIE e com o oficial em fuga demonstra esse modus operandi. Destacamos ainda a forma que Thompson recorre aos flashbacks para liberar novas informações sobre o passado do personagem.
O trabalho que Marco Checchetto é bem sintonizado a proposta do roteiro de Thompson. Sua composições de quadro atraem a atenção, e consegue estabelecer a protagonista como referência de tudo, como a imponente figura que ela representa. As cores de Andres Mossa, cujas tonalidades metálicas predominam, oferecendo uma visão do mundo que a própria Phasma veria.
Em definitivo, Star Wars: Capitã Phasma é tudo o que a personagem de Gwendoline Christie não foi nos episódios VII e VIII. Ação como prato principal em história que mostra a Phasma que queríamos na telona. Uma obra para os fãs que queiram sabe sobre a Capitã de metálica figura.
Aguardo o próximo título Star Wars.
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