E chegou o grande dia! Hoje se inicia o maior duelo de grandes lançamentos hollywoodianos de 2023 (ou seria dos últimos tempos?): “Barbie” vs “Oppenheimer”, que graças ao meme Barbenheimer – aglutinação dos títulos de ambos os filmes – se transformou no grande evento cinematográfico desse verão americano, quiçá do ano. Cinéfilos do mundo inteiro estão se organizando para assistir os dois filmes na sequência e vamos orientar você a melhor ordem para a maratona.
Primeiramente vale a pena explicar porque tanto hype em torno desses dois lançamentos. Não é nada comum a estreia de dois longas com grande potencial de bilheteria na mesma data. Por uma questão de fair play, e também para não sair perdendo para a concorrência, os estúdios evitam o confronto direto. Mas tanto a Warner Bros, que produziu o longa da boneca da Mattel estrelado por Margot Robbie, quanto a Universal Pictures, estreando a parceria com Christopher Nolan no filme sobre o “pai da bomba atômica” J Robert Oppenheimer, não quiseram abrir mão da data que fora escolhida (o 21 de julho nos EUA, dia 20 no Brasil), o que deixou a internet em polvorosa.
No Brasil, a Warner divulgou que o longa protagonizado pela boneca mais famosa do mundo rendeu a maior pré-venda do estúdio no Brasil, ou seja, superando a prata da casa, como DC e franquia Harry Potter. A trajetória do cabeça do projeto Manhattan está esgotando os ingressos para as sessões de IMAX deste final de semana no Brasil, já que esse é o formato no qual o filme foi concebido e o cineasta insiste que é a maneira mais adequada de assisti-lo.
A disputa se torna ainda mais acirrada porque Nolan tinha como “casa” (como o próprio se referia) a Warner, que está do outro lado do ringue. Isso conferiu uma atmosfera de Guerra Fria que serviu de combustível para o frisson. Provavelmente ambos os filmes teriam bons desempenho nas bilheterias por si próprios, mas o clima de final de Copa do Mundo certamente foi um dos principais responsáveis por alavancar as vendas de ingressos. As projeções são de US$ 73 milhões de arrecadação para “Oppenheimer” e US$ 160 milhões para “Barbie”. A expectativa é que o Barbenheimer traga os finais de semana mais lucrativos para os cinemas desde 2019, ano em que 9 das 10 maiores bilheterias do ano arrecadaram mais de US$ 1 bilhão.
Individualmente, tanto “Barbie” quanto “Oppenheimer” podem almejar marcos significativos. Greta Gerwig pode garantir o recorde de maior abertura para um filme dirigido por uma mulher. Os três primeiros filmes nessa categoria até o momento são “Capitã Marvel” ($ 153,4 milhões, codirigido por Anna Boden e Nia DaCosta ao lado de Ryan Fleck), “Frozen II” ($ 130,3 milhões, codirigido por Jennifer Lee e Chris Buck) e Patty Jenkins “Mulher Maravilha” (US$ 103,3 milhões).
Enquanto isso, as melhores estreias domésticas da carreira de Christopher Nolan fora da franquia Batman são “A Origem” ($ 62,8 milhões) e “Dunkirk” ($ 50,5 milhões). As projeções atuais do fim de semana de abertura para Oppenheimer colocam o filme nesse intervalo.
A qual assistir primeiro então?
Favoreceu o também o fator bom humor, pois são duas produções completamente distintas (uma comédia fantasiosa ácida e um drama histórico denso) com públicos-alvo que não se misturariam, mas graças a essa inusitada campanha popular, estarão lado a lado. Mas então, qual a melhor forma de montar a grade de seu Barbenheimer?
Como o filme de Christopher Nolan tem 3 horas de duração, ritmo mais lento e linguagem contemplativa, recomenda-se assisti-lo primeiro, pois o indicado é estar com o cérebro descansado para embarcar na nova estripulia do cineasta. Com 1h54 e um clima mais leve (embora tenha seu viés reflexivo latente), “Barbie” deve ficar para depois para um aprazível relaxamento após o halterofilismo neuronal de “Oppenheimer”.
Outro bom argumento que justifica essa ordem é o fato de os eventos de Oppenheimer terem ocorrido 15 anos antes de Barbie chegar às prateleiras, daí, você estaria seguindo também a ordem cronológica dos fatos, além do que é Barbie que provavelmente ganhará uma sequência, então o pós-filme pode ser dedicado à especulação do que virá.
E vale lembrar também que Tom Cruise, astro de outro blockbuster desse verão americano, “Missão Impossível: Acerto de Contas Parte 1”, seguirá também essa ordem, conforme já declarou em um tapete vermelho.
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