Top Gun: Marverick
Uma indicação inexplicável. Desde quando uma continuação ok, com problemas de roteiro, ainda que excepcional tecnicamente, é indicado ao Oscar? Depois de “Coda” ano passado, não duvido que possa estar no páreo
Nota: 7 – Confira crítica.
Avatar: O Caminho da Água
A gente sabe que se fosse para indicar um blockbuster esse ano seria o excelente “The Batman”, mas pelo menos, Avatar é honesto dentro do que se propõe e a noção de cinema-espetáculo de James Cameron, continua de embasbacar.
Nota: 9 – Confira crítica.
Elvis
Baz Luhrmann segue fazendo seu cinema desmedido e espetaculartizado. Eu particularmente, adoro! Mas aqui existe um problema de concepção, de ponto de vista. Mas no que tange à mitologia, o filme é um estouro.
Nota: 8,5
Entre Mulheres
Filme de forte contundência discursiva e alinhando a seu tempo, sobretudo em Hollywood. Entretanto, talvez sua dramaturgia resulte endurecida e idealizador demais para a potência que poderia desenvolver.
Nota: 8
Nada de Novo no Front
Filme alemão sensação do Oscar, recheado de indicações. Um belíssimo e absurdamente bem feito filme de guerra. Assim como os belíssimos e absurdamente bem feitos filmes de guerra que temos nos últimos anos.
Nota: 9
Os Banshees de Inisherin
Há muita densidade no nonsense de Martin McDonagh (aprende, David O. Russell?!). E originalidade na construção dramática dessa história que nada mais é que um ensaio sobre como somos tão primitivos.
Nota: 9
Os Fabelmans
Do “gênero” filmes sobre si que quase todo diretor de cinema acaba passando, esse é um dos melhores. Spielberg é tão habilidoso ao falar de si sobre a perspectiva de seu amor ao cinema, que até sua ingenuidade em alguns momentos, passa desapercebido no resultado final.
Nota: 9
Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo
Agora, na reta final do Oscar, é o franco favorito. E acho bom. Originalíssimo e uma alegoria impressionante sobre carência afetiva, merece o hype sim. Confesso que com o tempo, gosto menos do filme, mas reconheço seu imenso valor.
Nota: 9
Tár
Um dos meus favoritos. Todd Field ficou mais de quinze anos sem lançar filme para voltar com essa obra-prima. Construir uma persona crível e rica em suas contradições é uma habilidade dos gênios. E o filme é genial (mesmo sendo longo de mais).
Nota: 9,5
Triângulo da Tristeza
Para mim, o grande filme do ano e merecedor do Oscar de Melhor Filme. É uma história muito divisiva – metade ama e metade odeia com fervor – e até isso faz sentido dentro do que o diretor Ruben Ostlund propõe como parábola da estupidez humana, sobretudo pelo recorte social. Poderia ter meia hora a menos? Sim, mas a recompensa no final vale tão a pena…
Nota: 9,5
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