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Copa de Arte e Cultura: dicas do Grupo B

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Na Copa do Mundo, o Grupo B foi considerado o Grupo da Morte, porque possuía duas grandes potências do futebol: a atual campeã mundial Espanha e a vice, Holanda, além de Chile e Austrália. Além de destaques no esporte bretão, esses países possuem ótimos representantes em diversas áreas culturais, como o cinema e a literatura. Confira abaixo algumas dicas para você que deseja ter um pouco mais de conhecimento e, por que não, diversão enquanto a bola rola nos estádios brasileiros:
Espanha: Tudo Sobre Minha Mãe


No cinema, o principal nome espanhol atende por Pedro Almodóvar. Dono de uma filmografia vasta, o diretor é uma das maiores personalidades da sétima arte e suas produções são esperadas com muita ansiedade pelo público, mesmo por aqueles que só curtem filmes mais comerciais. Para quem sempre ouviu falar de Almodóvar, mas nunca teve a oportunidade de conhecer o seu trabalho, pode começar com “Tudo Sobre Minha Mãe” (“Todo Sobre Mi Madre”, 1999). Na trama, a enfermeira Manuela (Cecília Roth) perde o filho após um atropelamento e decide deixar Madri e vai para Barcelona para encontrar seu ex-marido, que se tornou um travesti, e contar-lhe o que aconteceu. Ela acaba reencontrando o amigo Agrado (Antonia San Juan), faz amizade com uma freira (Penélope Cruz) que está para cuidar de doentes em El Salvador e se torna assistente pessoal da atriz Huma Rojo (Marisa Paredes), que está ligada à morte do filho de Manuela. O filme é um delicado drama sobre o universo feminino, dirigido com grande sensibilidade por Almodóvar e ganhou diversos prêmios internacionais, inclusive o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro daquele ano. Se quiser fazer uma rodada dupla, assista logo em seguida “Fale Com Ela” (“Hable Con Ella”, 2002), outra obra sublime deste diretor. Os dois filmes estão disponíveis em DVD e podem ser encontrados em boas locadoras.
Holanda: Moça Com Brinco de Pérola, de Johannes Veemer


Além de Vincent van Gogh, a Holanda também possui outros grandes artistas plásticos. Um que merece destaque é Johannes Veermer, que viveu entre 1632 e 1675, e foi o segundo mais importante pintor holandês de seu período, ficando apenas atrás de Rembrandt. Seus quadros se tornaram marcantes por causa de seu cuidado com a luz, a sombra e a dimensão espacial retratados. Sua obra mais conhecida é “Moça Com Brinco de Pérola”, pintada em 1665, e considerada uma das mais belas da história da arte. O quadro inspirou a realização de um filme, que leva o seu nome, dirigido por Peter Webber em 2003 e estrelado por Colin Firth, que interpreta Veermer, e Scarlett Johanson como Griet, a assistente que teria sido a modelo para a pintura. Vale conhecer o restante do que foi feito por esse artista.
Austrália: Priscilla, a Rainha do Deserto


A cultura na terra dos cangurus é fortemente influenciada pelo Reino Unido e pelos aborígenes. Há vários ícones pop vindos da Austrália, como as bandas AC/DC e INXS, a cantora Kylie Minogue e astros do cinema, como Hugh Jackman, Cate Blanchett, Nicole Kidman e Heath Ledger. Um bom representante da produção cinematográfica que vem da Austrália é “Priscilla, a Rainha do Deserto” (“The Adventures of Priscilla, Queen of  The Desert”, 1994). A história mostra duas drag queens, interpretadas por Hugo Weaving e Guy Pearce, que junto com uma transexual vivida por Terence Stamp, atravessam o país dentro de um ônibus velho (a “Priscilla” do título) para apresentar um show no hotel da ex-mulher de um deles. O filme, que revelou o talento de Weaving e Pearce para o mundo (além de ressuscitar a carreira de Stamp) vale a pena ser visto e revisto pelo seu humor fora do tradicional, em especial a cena em que o trio interpreta “I Will Survive” com a ajuda de um aborígene, e de mostrar a Austrália além dos cartões postais, com belas cenas das regiões áridas do país, assim como os habitantes do interior australiano. O filme também está disponível em DVD nas locadoras.
Chile: Pablo Neruda


Uma das grandes riquezas dos nossos vizinhos chilenos está na literatura, em especial na poesia. Seu principal representante é Pablo Neruda (1904-1973), cujos poemas românticos emocionaram pessoas em todo o mundo, ao mesmo tempo que lutou pela liberdade em seu país chegando a ser exilado por muitos anos. Seu trabalho teve como maior reconhecimento o Prêmio Nobel de 1971. No Brasil, uma boa opção para quem quer se deleitar com o texto lírico de Neruda pode adquirir nas principais livrarias o livro “Cem Sonetos de Amor” (Coleção L&PM Pocket, 128  páginas) que, além das ótimas poesias, custa pouco. Então, não vale a desculpa que está sem grana para ler, viu?
Essas são as minhas dicas culturais para essa Copa do Mundo. Espero que curtam. Até a próxima.

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