O que leva um atleta querido e campeão a decidir mudar o rumo de sua vida logo após uma partida histórica? Com direção de Isaac Bernat, a obra “Pão e Circo”, que mistura teatro e cinema, parte de um momento decisivo da carreira de um goleiro carioca para refletir sobre uma epidemia social silenciosa: o abandono paterno.
Depois de uma temporada virtual em 2021, o filme vai ser exibido em quatro escolas fluminenses gratuitamente para os alunos. O Cineclube Pão e Circo passará pelo Escola Municipal Nisia Villela Fernandes, em Duque de Caxias (dia 4/11, das 13h às 15h), pela Escola Municipal Professor Carneiro Felipe, em Marechal Hermes (07/11, às 9h30 e às 11h50), pelo Colégio Estadual Brigadeiro Nóbrega, em Vila do Abraão – Ilha Grande (21/11, às 12h30) e pela Escola de Artes, em Mesquita (30/11, às 14h). O projeto tem patrocínio do Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, através do Edital Retomada Cultural RJ 2.
Idealizada pelo ator e autor Pedro Monteiro, que assina a dramaturgia com Leonardo Bruno, a peça se inspira nos milhões de brasileiros que crescem sem o afeto do pai para criar, de maneira poética, uma história sobre paixão, sonhos, memória e a importância dos vínculos familiares. Mais de 5 milhões de brasileiros não têm o nome do pai na certidão de nascimento, e mais de 11 milhões de famílias são formadas por mães solo. O que esse abandono afetivo pode provocar na criança e no adolescente e que consequências deixa no adulto? “Neste espetáculo, quis trazer à tona um assunto relevante para a nossa sociedade: o papel do homem na criação dos filhos. E, para isso, optei por falar sobre a não criação. De que maneira essa lacuna influencia na vida do nosso personagem Edu? O pano de fundo da história é o futebol, uma paixão nacional, e um esporte que costuma criar vínculos fortes entre pais e filhos”, explica Pedro Monteiro, idealizador, coautor e protagonista do espetáculo.
Edu é um goleiro carioca, nascido e criado em Madureira, e titular do time Capela Futebol Clube. A história começa durante um jogo de decisão de campeonato e vai intercalar cenas da partida com outras que mostram a relação de um garoto e seu pai, um jogador de futebol. Um embate familiar vai mudar o rumo dos personagens. No elenco, estão Pedro Monteiro (Edu), Gabriela Estevão (narradora), Henrique Eduardo (jovem) e Osvaldo Mil (Júlio, indicado ao Prêmio APTR de Melhor Ator em Papel Coadjuvante). “A trama mostra a importância dos vínculos familiares no nosso processo de amadurecimento. Muito do que a gente ouve aos 10, 11, 12 anos de um pai, mãe ou professor, fica guardado para sempre. Ao mesmo tempo, queremos mostrar o processo de cura de alguém que foi abandonado pelo pai. A personagem da Gabriela Estevão é, ao mesmo tempo, narradora, psicóloga e consciência, que vai levantar questionamentos e levar dados jornalísticos para a história”, explica o diretor Isaac Bernat.
Para Leonardo Bruno, coautor do texto, o filme quer levar o espectador a pensar sobre o amor entre pais e filhos e a diferença entre os nossos sonhos genuínos e aqueles que herdamos da família. “Essa peça faz um retorno a um dos nossos sentimentos mais primitivos, que é o amor pela mãe e pelo pai. Temos a vontade de que a história faça o espectador abrir seu leque de afetos”, observa. “A gente optou por não focar nos motivos que levam um pai a abandonar seu filho, mas no que isso vai provocar em quem foi abandonado. E de que maneira é possível superar as dificuldades e nos reconectar com nossos sonhos e com a criança que a gente foi um dia”, acrescenta.
“Pão e Circo” foi um espetáculo idealizado para os palcos e adaptado para o formato virtual devido à pandemia. A obra foi filmada em dois dias no Centro Coreográfico da Cidade do Rio de Janeiro, em julho de 2021. “Essa experiência foi muito interessante porque tivemos um diretor de teatro e um de cinema, então a gente fez uma mistura de verdade dessas duas linguagens e pensamentos e não apenas um registro da peça. Filmamos plano a plano!”, comenta o cineasta Cavi Borges. Também fizeram parte da equipe criativa Doris Rollemberg (cenário), Bruna Falcão (figurino), Charles Kahn (direção musical), Andrea Jabor (preparadora corporal) e Aurélio de Simoni (iluminador).
Ficha Técnica:
Idealização: Pedro Monteiro e Cavi Borges
Dramaturgia: Leonardo Bruno e Pedro Monteiro
Direção: Isaac Bernat
Direção musical: Charles Kahn
Direção do vídeo: Cavi Borges
Direção de movimento: Andrea Jabor
Elenco: Gabriela Estevão, Henrique Eduardo, Osvaldo Mil e Pedro Monteiro
Stand-in: Lucas Oradovschi
Cenógrafa: Doris Rollemberg
Cenógrafa assistente: Maria Clara Almeida
Figurinista: Bruna Falcão
Figurinista assistente: Raphael Elias
Iluminação: Aurélio de Simoni
Cenotécnico: Beto de Almeida
Contrarregra: PV Israel
Fotografia/câmera: Fabrício Mota
Câmera 2: André Morbach
Som direto: Toninho Muricy
Edição: J.C. Oliveira
Acessibilidade: Daniela Mahmud
Fotos de divulgação: Beto Roma
Fotógrafo assistente: Rodrigo Castro
Assessoria de Imprensa e gestão de redes sociais: Rachel Almeida (Racca Comunicação)
Programação visual: Fernanda Precioso
Assistente de produção: Gabriela Estevão
Produção: Tem Dendê! Produções – Tamires Nascimento
Realização: Cavídeo
Serviço:
Pão e Circo
Escola Municipal Nisia Villela Fernandes: dia 04/11, às 13h.
Endereço: Av. Governador Leonel de Moura Brizola s/nº, São Bento – Duque de Caxias
Escola Municipal Professor Carneiro Felipe: dia 07/11, às 9h30 e 11h50
Endereço: Rua Juriari, 238 – Marechal Hermes
Colégio Estadual Brigadeiro Nóbrega: dia 21/11, às 12h30
Endereço: Vila do Abraão – Ilha Grande
Escola das Artes: dia 30/11, às 14h
Endereço: Vila do Abraão – Ilha Grande
Ingressos: gratuitos, apenas para os alunos dos colégios
Tempo de duração: 35 minutos
Classificação etária: Livre
Assessoria de imprensa: Racca Comunicação
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