A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood adora histórias de superação baseadas em fatos reais e também de histórias de lutadores, que servem como parabola para as pessoas comuns continuarem na briga pelo american way. Mas esta não é a única explicação para O Vencedor (The Fighter) ter sido agraciado com sete indicações ao Oscar deste ano.
Mark Wahlberg é um queridinho da América, um rapaz bonito que além de ator famoso tornou-se um produtor de sucesso e, consequentemente, um homem bastante rico. E “O Vencedor” é basicamente cria de Wahlberg, que treinou para o papel por quatro anos e levou alguns mais para ver a produção realizada. Vale citar por exemplo que Wahlberg tentou até mesmo trazer Darren Aronofsky como diretor após ver o incrível O Lutador (por sua vez praticamente ignorado no Oscar), além de ter ouvido a recusa de Matt Damon e Brad Pitt para o papel que acabou com o fenomenal Christian Bale (que roubou até o cartaz do filme). Mas vamos a comovente história do filme…
Dicky Ecklund (Christian Bale) é o “Orgulho de Lowe”, um promissor lutador de boxe que desperdiçou o seu talento e a sua grande chance. Vítima do crack, Ecklund agora treina seu meio-irmão Micky Ward (Mark Wahlberg) em sua modesta escalada no boxe enquanto participa de um documentário sobre o vício de drogas na América, iludido por sí e por sua mãe (Melissa Leo) como um documentário sobre seu retorno. Tudo dá errado e Micky é obrigado a se afastar de sua família e com ajuda de sua namorada (Amy Adams) acaba se superando e volta a crescer em sua carreira de pugilista, mas quando a grande oportunidade de sua vida aparece Micky precisa fazer as pazes consigo e com sua família, para juntos se tornarem vencedores.
David O Russell, diretor do filme, e Mark Wahlberg se valeram da excelente pegada de documentário para dar um ar mais realista ao filme, que junto das excelentes atuações do elenco de apoio tornam O Vencedor em um filme acima da média de Hollywood. Mas fica nisto, pois a história apesar de baseada em fatos reais não poderia ser mais clichê, seguindo toda cartilha experimentada produções semelhantes (até mesmo mostrar as pessoas reais nos créditos finais).
[xrr rating=3/5]
Ainda não assisti, mas é o primeiro texto (e opinião) que chega até mim e não coloca o filme nas alturas. A ver…
fico aguardando sua opinião 😀
A Academia ama filmes biográficos. Gostaria de entender essa paixão mas tudo bem. The Fighter é um bom filme, tem todos os elementos certos para ganhar o público e consequentemente até a Academia. Bale rouba sim algumas cenas do filme, já que o personagem do Walhberg é traumatizado demais para sequer abrir a boca.
Mas em um todo vale muito a pena. Não só pelas lições de moral e tudo mais. Mas, porque ao meu ver é sempre bom conhecer diferentes histórias de luta (física ou pessoal) e de como o problema foi superado.