FOXCATCHER: UMA HISTÓRIA QUE CHOCOU O MUNDO
Porque o diretor Benett Miller fez o um filme deprimente, o que significa ter feito um dos melhores retratos cívicos da América recente.
FORÇA MAIOR
de Ruben Östlund
Pela força com que consegue dar forma ao silêncio que precede a culpa e a consciência num âmbito conjugal.
ÚLTIMAS CONVERSAS
de Eduardo Coutinho
Por ser um perturbador epitáfio de um dos maiores documentaristas do mundo. Principalmente quando, lá no finalzinho, diz que “ter fé é difícil”, mesmo diante de uma obra que diz o contrário. Forte demais…
SELMA
de Ava DuVernay
Por colocar o dedo em várias feridas sociais: do opressor, do oprimido e do que restou desse absurdo que foi o Apartheid no Sul dos EUA. E muito mais pungente que qualquer noção meramente panfletária.
STAR WARS: O DESPERTAR DA FORÇA
de J. J. Abrams
Pela façanha de ser um excelente entretenimento ao mesmo tempo se valendo e transcendendo sua própria mitologia.
SICÁRIO
de Denis Villeneuve
Pelo viés sintomático de seu tenso discurso: na problemática da política de imigração norte americana, não há inocência em nenhum lado da fronteira.
BIRDMAN
de Alejandro González Iñárritu
Por ser o que é: um cínico mergulho no exercício de metalinguagem, que curiosamente constitui assertivamente a fauna hollywoodiana. E os seres que gravitam nela.
MAD MAX
de George Miller
Pelo inquestionável êxito do cinema de ontem incidindo sobre o cinema de hoje. E pela maneira genial como o diretor George Miller equaliza espetáculo, força e seu gênero, para fazer de seu filme um ótimo corpo estranho.
AMY
de Asif Kapadia
Pela maneira de mostrar que entre a mulher e o mito (ou seria o circo?) formado em cima dela, existia uma humanidade tão complexa quanto corrosiva.
MENÇÃO HONROSA: A GANGUE
de Myroslav Slaboshpytskiy
Por ser um filme sem diálogos, com atores com deficiência auditiva, que se comunicam por linguagem de sinais e passado na Ucrânia, mas um filme de um impacto ensurdecedor, principalmente em seu final, absolutamente chocante.
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