Há três anos atrás, dirigido por Chris Columbus, “Percy Jackson e o Ladrão de Raios” não foi exatamente o que todos esperavam. Muitos fãs, todos saídos dos livros, ficaram decepcionados. O filme era divertido, mas se distanciou muito do original, visando uma linha mais comercial, o que é comum ao diretor. Quando foi anunciado que a sequência estava a caminho, todos se perguntaram se seria melhor que o primeiro, algo que geralmente não acontece em franquias. Posso afirmar que sim.
Em “Mar de Monstros”, Percy (Logan Lerman) continua seu treinamento no Acampamento Meio-Sangue junto com outros semideuses. Ele agora precisa viver sobre a constante sombra de Clarisse (Leven Rambin), filha de Ares o Deus da Guerra, que adora uma competição. Percy, depois de seus heroicos feitos em descobrir o verdadeiro ladrão de raios, não tem sido lá um grande herói. E isso o preocupa bastante. Para completar, seu pai não tem respondido a nenhuma de suas tentativas de conversa, só o deixando ainda mais frustrado. Como que para ajudar o filho, Poseidon envia Tyson (Douglas Smith), e Percy descobre que tem um meio-irmão. Só que Tyson é um pouco diferente dos demais semideuses, porque ele não é filho de um Deus com uma humana. Mas, sim de uma Ninfa com um Deus. Logo ele é um ciclope. Todos se espantam, principalmente Annabeth (Alexandra Daddario), que é bem ríspida com o garoto.
A atenção de todos logo muda, quando tremores começam a acontecer no acampamento e um enorme Colchis (touro criado por Hefesto e feito de puro bronze) invade, cuspindo fogo e destruindo tudo. Os garotos se põe a lutar e depois de muito custo, Percy vence o animal. Mal tem tempo para respirar e Luke (Jake Abel) aparece diante dele para cantar vitória. Percy não reage a tempo e ele some. É quando todos se reúnem na entrada do Acampamento, onde a enorme árvore que protege a todos está morrendo e se isso acontecer, todos estarão em perigo.
Só resta a Percy, Grover (Brandon T. Jackson), Annabeth e Tyson irem atrás do velocino de ouro, famoso item mítico capaz de curar qualquer coisa.
O filme não demora muito para deslanchar e tem ação do começo ao fim. Marc Guggenheim, responsável pelo roteiro, foi mais cuidadoso e se ateve a certos detalhes que fazem com que esse filme, se torne melhor que o primeiro. As piadas são um ponto alto e arrancam risadas de todos na platéia. O elenco sofreu algumas alterações como a saída de Pierce Brosnan como Quiron, que agora é vivido por Anthony Head, o que foi uma troca sábia. Personagens como o Sr. D, interpretado por Stanley Tucci, ganharam mais destaque. Além de uma participação marcante de Nathan Fillion, como Hermes. A equipe de efeitos especiais se esforçou bastante, e sem ela, certamente não existiria filme, pois o um olho de Tyson, assim como o próprio Colchis, estavam muito bons. O acampamento ficou mais rico em detalhes e as casas dos deuses mais caprichadas, perdendo aquele ar de desleixo que existia no primeiro filme.
Talvez a grande preocupação seja com o tempo levado entre um filme e outro. Diferentemente de Harry Potter, onde as filmagens eram em sequência, aqui isso não acontece e o espaço entre o primeiro e o segundo filme é muito grande. O que pode vir a dar margem a uma troca de elenco, caso alguém amadureça demais e não possa mais se passar por adolescente. Substituições em elenco fechado, nem sempre são bem vindas.
Thor Freudenthal soube conduzir essa nova trama muito bem e entendeu melhor a essência dos livros. E ainda conseguiu dedicar um tempo para apresentar novamente alguns personagens que não tiveram essa oportunidade antes. Além de deixar um gancho perfeito para o próximo filme. Creio que os fãs ficarão satisfeitos.
Só iria assistir quando saísse em DVD, mas depois do que li, vou para uma sessão de cinema com certeza.
Poxa Cadorno, isso me deixa muito feliz =D