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The Raid: Redemption

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Operação Invasão, como este filme foi comercializado nos distribuidores nacionais, é o terceiro filme do diretor e roteirista Gareth Evans e o segundo a ser filmado na Indonésia.

Para todos os efeitos, esse filme tem que ser visto apenas com o intuito de aproveitar das cenas de ação, lutas e tiroteios com os clichês padrões de mocinhos e bandidos se perseguindo em um espaço confinado – no melhor estilo ação anos 80.

Em The Raid: Redemption, um grupo de policiais tem de invadir um prédio residencial convertido em depósito do crime, onde usuários de droga se reúnem nos andares inferiores enquanto o chefão comanda tudo da cobertura do prédio. Parece até roteiro de videogame em que os capangas mais fracos ficam na parte debaixo do prédio e a dificuldade vai aumentando conforme se sobe no prédio.

Ainda assim, o filme respira novos ares saindo da mesmice do filme de ação comum. Neste caso, o que se vê são cenas de ação rolando por corredores estreitos em que, de alguma forma, a câmera consegue correr de um lado para o outro, praticamente evitando-se tomadas estáticas a não ser em algumas externas do prédio. O estilo de luta usado no filme, chamado silat, no qual o ator principal, Iko Uwais é especialista se encaixa bem e tem uma dinâmica diferente e bem aproveitada pelo diretor.

 

A situação em que os policias se encontram logo que são descobertos, presos entre grupos de traficantes, bandidos, drogados e assassinos é uma clara homenagem a “Duro de Matar” e “Assalto à 13º DP” de John Carpenter ou até mesmo, em uma escala menor, “Selvagens da Noite“. Não há saída senão fugir e espancar e matar muita gente até o fim do filme.

A selvageria de algumas cenas, com sangue escorrendo pelo corpo dos personagens e a deterioração da situação em que eles se encontram é digno dos melhores filmes de ação que poderiam sair do oriente, ainda mais com um refresco no gênero advindo de filmes como “Ong Bak” que trouxe a Indonésia ao cenário mundial de filmes de artes marciais nos últimos 10 anos.

O uso de um ou outro momento de slow motion, apenas para dar mais efeito aos impactos e golpes é bem batido no cinema atual, mas ainda assim fica bem no filme que não mede qualquer tipo de censura à própria violência. Ainda assim as lutas e tiroteios pregam pelo máximo do realismo, evitando-se o uso de fios para realismo extremo.

Em diversos momentos, quando se poderia aplicar o famoso clichê das armas sem munição para a luta mano a mano continuar, vemos alguém pegar uma arma e colocar na cabeça do adversário e explodir seus miolos. Hiper realismo em escala condominial!

Esqueça a história principal e a razão daquele grupo de policiais entrar no prédio em uma missão que aparentemente é suicída. Assista The Raid: Redemption (Operação Invasão) com os amigos e se relembre de como filmes de ação em espaços confinados como “Assalto à 13º DP”(o original de 1976 de John Carpenter) e “Duro de Matar” são bons de assistir quando se quer dar uma trégua ao cérebro sem se entregar a ação extrema estilo Michael Bay.

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