Com um mote que toca em temas espinhosos sobre legalidade e liberdades religiosa, “Um Ato de Esperança” é um filme que fala sobre uma questão de amores não correspondidos e amores não vividos.
Uma juíza da alta corte inglesa, Fiona Maye (Emma Thompson) é responsável por julgamentos de direitos familiares, e acaba se envolvendo no caso de um garoto prestes a se tornar maior de idade, Adam (Fionn Whitehead), que está com uma doença, da qual uma transfusão de sangue pode salva-lo, mas como ele e a sua família são Testemunhas de Jeová, e nenhum deles permite o tratamento médico que o hospital indica.
Também vemos que ela, em sua vida pessoal, tem o trabalho como prioridade total, negligenciando o marido Jack (Stanley Tucci), que após alguns anos nessa situação, resolve tomar uma atitude imprudente. Enquanto tudo isso acontece, ela acaba reforçando o contato com Adam, que tenta se aproximar demais da magistrada.
O diretor Richard Eyre tem como escolha retemperar Emma Thompson como condutora da história. Sua brilhante atuação, como é comum do seu talento, abrilhanta uma trama que em muitos aspectos apresenta uma certa previsibilidade, cativando o espectador com sua performance. Quando divide a tela com Tucci, temos as melhores cenas, em que os silêncios que os personagens passam quando trocam olhares, são mais expositivos que muitos diálogos que um roteirista poderia elaborar.
O ator que interpreta Adam também se destaca como um bom protagonista e sabe muito bem manter o nível de atuação quando está junto com Emma e a química funciona muito bem. Apesar do tema que se utiliza no filme (que acaba se convertendo em pano de fundo) poder ser um pouco mais explorado para suscitar maiores discussões, e apesar de existir uma imparcialidade do filme sobre a questão.
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