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Bitscópio: Killer Instinct

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Os jogos de luta de arcade estavam em alta. Grandes títulos como Street Fighter 2 e Mortal Kombat lutavam pelo título de melhor jogo de luta. Então a Nintendo, juntamente da Rare, que ainda não tinha expressão no mercado de games, inovou os jogos de luta com uma franquia que, por mais inovadora que tenha sido, foi o ápice por muitos anos do que havia de melhor nesse gênero, abrindo portas para novas séries e, ao mesmo tempo, demonstrando que suas inovações criaram um jeito fácil de se fazer jogos, o que ocasionou em uma queda da qualidade destes com o decorrer dos anos.

Killer Instinct, além do nome do jogo, era o nome de um torneio de lutas criado pela mega corporação Ultratech para testar suas criações que iam desde seres manipulados genéticamente para se tornarem Homens Lagarto (Riptor), até um ciborgue que, caso fosse bem sucedido no torneio, iria ser produzido em massa (Fulgore).

Ainda existiam outros participantes, como a espiã Orchid, o alien Glacius, o tocha-humana Cinder (um dos mais rápidos do jogo), a caveira viva Spinal, o lobisomen Sabrewulf, o índio Thunder, o lutador de boxe T.J. Combo, o monge guerreiro Jago e o chefão e personagem destravável, Eyedoll.

As lutas tinham os mais avançados gráficos de 1994 e utilizavam a tecnologia de captura de movimento para criar golpes mais fluidos nos personagens gerados em ótimos detalhes pelos computadores. Os detalhes eram tão bons que os cenários de combate tinham uma ótima profundidade apesar da jogabilidade 2D e cada um dos personagens tinha voz e movimentos bem distintos, identificando claramente o que eles falavam (exceto Sabrewulf, Spinal, Glacius e Riptor que só grunhiam e gritavam).

Cccccccooooombo Braker

Uma das coisas mais legais do jogo era uma espécie de narrador que ia gritando cada um dos combos dados e o já famoso Combo Braker, um movimento para, como diz o nome, quebrar o combo que seu personagem ia sofrendo, extremamente difícil de acertar, mas quando acertava, deixava o adversário à sua mercê. Era feio perder tomando um Ultimate Combo, que só podia ser usado quando a vida do adversário estivesse no vermelho e a sua verde, entrando em um combo comum e no meio dele pressionando os comandos para os movimentos de Fatalidade, como a já famosa mostrada de peitos de Orchid.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=hKUeGBtPUdE[/youtube]

Os combos tinham as seguintes denominações:

* Triple Combo: 3 Hits.
* Super Combo: 4 Hits.
* Hyper Combo: 5 Hits.
* Brutal Combo: 6 Hits.
* Master Combo: 7 Hits.
* Awesome Combo: 8 Hits.
* Blaster Combo: 9 Hits.
* Monster Combo: 10 Hits.
* King Combo: 11 Hits.
* Killer Combo: 12 ou mais Hits.
* Ultra Combo: 20 ou mais Hits.
* Ultimate: É um combo especial que o jogador, com o movimento certo pode executar.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=ezdptxvyAxo[/youtube]
COMBO BREAKER!

Cada um dos personagens tem dois movimentos fatais distintos, exceto Riptor e Glacius que tem três, o que os deixa ainda mais fortes e divertidos de jogar, já que Riptor tinha uma série de combos muito boa, porém difícil de entrar. Ao contrário de Glacius, que pode se teleportar na tela e já entra dando um upper para poder começar os combos. Talvez por ser mais lento no começo dos combos, seja mais fácil de dar um combo breaker nele.

A maior sacanagem era Eyedoll e seu combo de uppers infinitos com sua clava. Para destravá-lo no fliperama era uma mão de obra fenomenal, mas depois que se começava a usar, dava-se o primeiro golpe para cima e depois era só manter o adversário no ar batendo para cima de novo, uma das maiores apelações da história dos games.

De qualquer forma, os personagens eram mais ou menos equilibrados, com alguns sendo mais fáceis de dar combos enquanto outros batiam mais forte e tinham especiais melhores. E claro, o sangue jorrava na tela a cada golpe, deixando os Cavaleiros do Zodíaco no chinelo em termos de perda de sangue durante os combates.

Movimentos de Humilhação eram bem legais também, já que se podia fazer o adversário entrar na dança e terminar a luta sem morte, apenas uma dancinha alegre, no melhor estilo Babality de Mortal Kombat.

NOS CONSOLES

O jogo recebeu uma continuação em 1996 com o título esperado de Killer Instinct 2 e uma história cheia de erros cronológicos nas bios dos personagens, mas convenhemos, poucos foram reparar nesses deslizes e só queriam fazer o máximo possível de combos em seus adversários.

Ambos os jogos tiveram versão nos consoles da Nintendo que estavam no mercado na época. O primeiro saiu para SNES, Gameboy e ambos sairam para o N64. Porém, devido a menor capacidade de processamento e armazenamento dos cartuchos, diversas cenas tiveram de ser retiradas para que a renderização em 3D pudesse ser feita com qualidade, mas ainda assim todas foram versões inferiores aos arcades.

Os jogos de console mantiveram o modo single e multiplayer, e ainda um modo de prática e um modo torneio com mais de dois jogadores lutando uns contra os outros conforme se avançam nas chaves.

Há boatos de que a Rare está cogitando um terceiro jogo da franquia, aproveitando que Street Fighter IV fez um sucesso estrondoso e um novo Mortal Kombat está sendo feito. Agora é ver se há qualquer possibilidade de reunir todos os personagens da série em um terceiro game, já que muitos deles foram assassinados ou mataram outros em seus respectivos finais.

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