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O poker veio para ficar?

Poker é a palavra da moda. Seja nos programas de TV, nas transmissões via Twitch, nas redes sociais ou nos artigos de internet, esse jogo das cartas ganhou muita popularidade nos últimos anos e há até quem diga que pode se tornar uma das atividades favoritas dos brasileiros no futuro.

Com mais de 100 anos de existência e praticado no mundo todo, o poker é bastante enraizado nos Estados Unidos e não é muito diferente em alguns países da Europa. No Brasil, porém, será que essa modalidade veio para ficar?

Colocando em contexto a força atual do Brasil no poker

Poucos países são tão produtivos no poker como o Brasil. Segundo a Confederação Brasileira de Texas Hold’em (CBTH), atualmente são mais de oito milhões de competidores entre casuais e profissionais e essa marca não para de aumentar a cada ano que passa.

A popularidade do poker caminha lado a lado com o sucesso de alguns competidores profissionais e com a relevância dos principais torneios nacionais. Um dos grandes estandartes do poker brasileiro é João Simão. O belo-horizontino já está há tempos consolidado como um dos melhores do mundo.

Especialista no poker praticado pela internet, Simão já ocupou o ranking de melhor do mundo algumas vezes e sua reputação internacional é gigantesca. O belo-horizontino, além de ser craque no modo online, também sabe competir com qualidade no poker ao vivo. Só no ano passado, por exemplo, Simão disputou torneios em países como Estados Unidos, Bahamas, Espanha, República Tcheca, Uruguai e outros.

Mesmo sem se dedicar tanto quanto em outros tempos, Simão segue como um dos melhores competidores do Brasil e há anos que tem o poker como profissão integral.

Outro que é referência no país é André Akkari. Um dos poucos brasileiros que já venceu um torneio na “Copa do Mundo do poker” (World Series of Poker), o jogador do Estado de São Paulo goza de um prestígio internacional jamais visto por um competidor brasileiro.

A relevância de Akkari no cenário nacional é tão grande que, nas vésperas das Olimpíadas de 2016, o jogador chegou a carregar a tocha olímpica pela cidade de Taubaté. “O poker é um esporte mental, uma atividade de habilidades escondidas, subjetivas, não um esporte aeróbico, plasticamente atraente como os mais conhecidos do público normal, por isto a minha surpresa ao receber o convite”, disse Akkari após o feito.
Além de Akkari, outros três brasileiros já conquistaram um bracelete no WSOP: Alexandre Gomes (2008), Thiago Decano (2015) e Roberly Felício (2018).

No âmbito online, o Brasil não tem só Simão na elite. Nos dias atuais, os catarinenses Geraldo César e Bruno Volkmann são as duas referências. O primeiro citado é da cidade de Joinville e ocupa as 15 primeiras colocações do ranking mundial. Já Volkmann, ex-jogador de tênis que largou a bolinha amarela para viver das cartas, tem a 22ª posição no mundo.
Já o Campeonato Brasileiro de Poker, também conhecido como BSOP, é um caso de sucesso nítido. Esse circuito é o segundo maior do mundo e perde apenas para o WSOP em popularidade e número de competidores.

No ano passado, na última etapa do circuito, São Paulo sediou o chamado BSOP Millions. Na ocasião, mais de três mil competidores tentaram o título do evento principal e o salão do WTC Sheraton ficou completamente lotado de profissionais e amadores em busca da glória máxima do poker latino.

O que torna o Brasil tão forte no poker?

Não tem só um único motivo que explica isso. Como diz Akkari, é um conjunto de fatores que faz com que os brasileiros tenham tanto sucesso no poker.

Um dos principais é a facilidade para jogar. São centenas de clubes espalhados pelo Brasil todo e praticamente todas as capitais contam com pelo menos uma confraria. Nesses lugares, geralmente há torneios todos os dias da semana que ajudam a fomentar a prática do poker.

Além disso, também existem estabelecimentos que unem o útil ao agradável e que assim proporcionam uma experiência completa de entretenimento. Um exemplo disso é que há várias barbearias que disponibilizam mesas de poker para os seus clientes. Uma das mais famosas é a Kombigode, localizada na capital paulista. São muitas outras em São Paulo e em outras cidades que oferecem serviço parecido.

A possibilidade de jogar poker em praticamente qualquer cidade grande do país é acompanhada pelo fato de que também é possível jogar independente do local ou hora através do poker online. A popularização desse jeito de praticar segue sendo um dos motivos primordiais do sucesso das cartas no país.

Com centenas de sites disponíveis, há plataformas para diferentes gostos e são várias opções para os iniciantes em que não é necessário nem criar cadastro demorado ou baixar software para jogar. Esse é o caso do Replay Poker, site que está há quase 15 anos no mercado e que tem milhares de jogadores online.

O leque enorme de sites para jogar poker é seguido pelo grande acervo de material online disponível para aprender poker. O site Superpoker é um deles. Em 2016, o redator Gabriel Grillo fez um guia completo de como começar a praticar do zero.

As projeções para o futuro

O futuro do poker no Brasil nunca foi tão promissor como agora. “Nenhum país do mundo bate o Brasil no poker online”, disse uma vez Akkari, que também acredita que essa modalidade tem potencial para ser uma das mais populares do país.

Vale ressaltar que, no início da década de 1990, o poker era pouco difundido no país e apenas as grandes capitais tinham vários clubes especializados. Ou seja, esse crescimento enorme que levou o Brasil a ser um dos melhores do mundo aconteceu em cerca de duas décadas — o que mostra o potencial de crescimento das cartas por aqui.

A hora para jogar poker nunca foi tão boa como agora. Com cursos profissionalizantes, lugares online disponíveis para praticar de graça e várias confrarias espalhadas pelo país, é fácil se tornar um entusiasta dessa modalidade.

Não tem mais como duvidar do potencial do poker no país e fica difícil ser apenas cético. O crescimento é nítido e é comprovado nos números. Esse avanço só traz coisas boas para o poker, que luta para ser um esporte olímpico.

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