Natural de Aracaju – Sergipe, o cantor e compositor Sérgio Sacra não teme os relatos simples e diretos característicos da música folk. É nessa toada que ele compôs “Fique Comigo (Como se Fosse a Última Vez)”, um desabafo desesperado do eu-lírico da canção. A melodia, que remete a canções caipiras e mesmo ao indie rock, vem reforçar o pedido passional: fique comigo, fique comigo, fique comigo.
“Foi uma das canções mais intuitivas que já escrevi, a melodia e a estrutura estavam prontas na primeira noite em que a ideia foi concebida. Quando estava compondo, me inspirei em minha própria história e na desilusão amorosa de um amigo muito próximo a mim. A ideia era de uma letra que passasse sentimento de modo intenso, mas sem soar superficial. A repetição do refrão não é meramente para que ecoe na mente do ouvinte: é o retrato de uma súplica, um pedido desesperado por atenção”, o músico revela.
A gravação da faixa contou com a participação de Vítor Brito – parceiro de banda na Origami Aquém – nas guitarras, Vivico na bateria e Leo Airplane nos teclados. “Foi uma das poucas canções onde eu compus os arranjos de guitarra solo, já que não tenho tanta intimidade com essa área. O processo, apesar de demorado, foi bem divertido, com direito a desencontros de horários que geraram um leve atraso nas sessões de captação”. Mixagem e masterização foram realizadas na Doghouse estúdio. Vivico que além de assumir a bateria da faixa, está por trás da produção do álbum que será lançado ainda neste ano.
Sérgio Sacra é também baixista e um dos vocais da banda Origami Aquém, conterrânea do artista e com a qual circulou pelo cenário independente nacional. Com o trabalho solo, seu objetivo é realizar a mesma tarefa – mostrando aos poucos as composições inéditas que sucedem o álbum “Duvide dos Astros” (2024), que o levou a dividir palco com bandas como Selvagens a Procura de Lei, Cidade Dormitório e Tangolo Mangos, e que estarão em seu próximo disco cheio. “Fique Comigo (Como se Fosse a Última Vez)” é uma delas e foi escolhida cuidadosamente para ser o primeiro lançamento do ano: “Faz tempo que não fico tão apegado a uma canção”.
