
Este é o primeiro livro das Crônicas Saxônicas, uma série do brilhante escritor inglês Bernard Cornwell que retrata a unificação britânica sob o comando de Alfredo – O Grande, pelos olhos de Uhtred da Nortúmbia. Até o momento foram publicados quatro livros e um quinto já está prometido para algum momento de 2009.
Para um livro de Bernard Cornwell o começo é bastante desestimulante, porém o romance vai crescendo ao longo das páginas e quando a leitura termina só desejei começar logo o segundo volume, mas vamos por partes pois aqui critico exclusivamente o O Último Reino.
“Eu tivera uma infância perfeita, pelo menos para as idéias de um garoto. Havia sido criado solto, não era restringido por nenhuma lei, não era incomodado por padres e era encorajado a violência.”
Osbert nasceu como segundo filho do earldorman Uhtred, senhor de Bebbanburg na Nortúmbia, porém com apenas 9 anos (866 d.c.) viu seu irmão mais velho, também de nome Uhtred, morrer nas mãos dos dinamarqueses. Ganhou por sua vez o nome Uhtred, tornando-se herdeiro pelo curto período de tempo que seu pai seguiu vivo naquele ano fatídico, o ano em que os dinamarqueses invadiram a Inglaterra com planos de tomar todas terras saxãs.
Buscando vingar seu pai, o jovem Uthtred demonstrou coragem e acabou sendo capturado pelo dinamarquês Ragnar, que o adotou e lhe ensinou a se portar como um verdadeiro viking e, longe das amarras do cristianismo, Uthtred cresceu feliz para se tornar um guerreiro poderoso. Enquanto crescia junto dos dinamarqueses ampliavam seu domínio, Uthred descobre que seu tio casou com sua mãe para se apossar da terra de seu pai e que o quer morto, porém estas preocupações ficarão para o futuro pois os dinamarqueses tornaram seus rostos para as ricas terras do sul e uma nova guerra se anunciou, só que desta vez, o jovem Uthtred estava do lado dos invasores.
Continuar contanto a trajetória de Uthred seria um absurdo, visto que o prazer de ler as Crônicas Saxônicas está nas reviravoltas que Cornwell apresenta ao longo das edições, porém é importante realçar aqui o plano de fundo que é o verdadeiro objetivo da série. Trata-se claro de Alfredo e do nascimento da Inglaterra. Como “As Crônicas de Artur” e a série de Sharpe, Cornwell utiliza de um personagem imaginário para acompanhar os personagens e eventos históricos, ganhando assim uma liberdade que não poderia ser obtida de outra maneira. O destino de Uthred está ligado profundamente ao de Alfredo, mas isso não impede do personagem viver as mais desejáveis aventuras por todo território que viria a se tornar o Reino Unido.
Seja ao lado do earl Ragnar e outros dos guerreiros nórdicos, seja partilhando a cama com Brida ou ainda a bordo do Víbora dos Ventos, acompanhar as aventuras de Uhtred de Bebbanburg é vai além da leitura de um bom livro.
… Em breve a resenha de O Cavaleiro do Norte, o segundo volume das Crônicas Sacônicas.






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