“É muito bom ler uma jovem poeta, como Carla Brasil, que na sua primeira arremetida chega tão longe. Me dá vontade de usar um daqueles chavões descarados para escancarar o meu entusiasmo.” — Ruy Guerra, no prefácio
Após o lançamento na Bienal do Livro do Rio de Janeiro, a escritora e poeta Carla Brasil para a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) 2025 o livro “Cronofagia” (Editora Appris), que conta com prefácio do cineasta, dramaturgo e também poeta Ruy Guerra. A obra será apresentada ao público em três momentos durante a Festa Literária Internacional de Paraty, na Casa Escreva, Garota!.
No dia 31 de julho, às 10h, em sessão de autógrafos no estande da com.tato!; no dia 1º de agosto, das 12h às 16h, em mesa de autógrafos com presença da autora; e no dia 2 de agosto, das 12h às 13h30, na mesa de debate “Anatomia da Pressa — poesia e terapia para dissecar a tirania do tempo”, ao lado da escritora e terapeuta Sandra Guimarães, fundadora do projeto Alma e Letras. Juntas, elas abrirão o corpo frenético do cotidiano para falar da urgência, da sobrecarga, da asfixia criativa e da poesia como gesto de resistência e respiro.
Carla Brasil é poeta premiada e multiartista radicada no Rio de Janeiro. Seus poemas foram selecionados entre milhares de inscritos em concursos literários nacionais, unindo crítica social, lirismo melancólico e sarcasmo cortante. “Cronografia”, sua estreia literária, será comercializada durante todos os eventos sinalizados na Flip, além de estar disponível durante toda a feira no espaço Loba Festival, na Praça Aberta.

Sobre o livro
“Cronofagia” reúne 37 poemas que, segundo a autora, falam sobre “a voracidade do tempo, a fadiga digital e as feridas abertas do corpo social brasileiro”. A obra é ao mesmo tempo um manifesto poético e um campo de batalha onde a linguagem — afiada, sarcástica, melancólica — enfrenta o colapso cotidiano com vigor. Carla apresenta uma poesia suja e brutalmente sensível, que transforma o tempo — esse algoz invisível e onipresente da contemporaneidade — em personagem central.
Com direção criativa assinada pela própria autora e ilustrações de Daniel Uires, “Cronofagia” funde palavra e imagem, lirismo e impetuosidade, pensamento e explosão estética. Os poemas abordam a ansiedade digital, a compressão da subjetividade, o esgotamento da produtividade e a ironia cruel de uma era que promete ganho de tempo, mas oferece cansaço.
“Esse jogo perverso entre aceleração e esgotamento está no cerne do livro”, explica Carla. Para ela, o tempo não é um bem que possuímos, mas uma força que nos atravessa, escapa e consome. A partir dessa convicção, seus versos insinuam que a identidade é fluida, a memória é seletiva, o amor pode ser um hiato ou um delírio — e a existência, um abismo entre o absurdo e a poesia.
Ruy Guerra, no prefácio, celebra essa escrita radical: “Me dá vontade de usar um daqueles sonoros palavrões descarados, para escancarar o meu entusiasmo”. E arremata: “Nefelibata com pés no esgoto” — assim define Carla Brasil, que conjuga abstração filosófica e crueza do cotidiano em um mesmo gesto poético.
Serviço — Participação na Flip 2025
Sessão de autógrafos
Quando: 31/07 (quarta), às 10h
Onde: Estande da com.tato
Mesa de autógrafos com a autora
Quando: 01/08 (quinta), das 12h às 16h
Onde: Casa Escreva, Garota!
Mesa “Anatomia da Pressa — poesia e terapia para dissecar a tirania do tempo”
Com: Carla Brasil e Sandra Guimarães
Quando: 02/08 (sábado), das 12h às 13h30
Onde: Casa Escreva, Garota!
Entrada: gratuita (sujeita à lotação)
Comercialização de “Cronofagia”, de Carla Brasil
Quando: de 30 de julho a 2 de agosto
Onde: espaço Loba Festival, na Praça Aberta









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