O pianista pernambucano Amaro lançou na última semana “Sankofa”, seu terceiro disco.
“Em Sankofa Trabalhei para tentar entender meus ancestrais, meu lugar, minha história como homem negro. A história dos povos originários, das diversas etnias que ocuparam este território, de como somos plurais. O Brasil não nos disse a verdade sobre o Brasil”, diz ele.
Sankofa é um símbolo Adinkra – conjunto de símbolos ideográficos dos povos acã, da África Ocidental -, que representa um pássaro com a cabeça voltada para trás. Quando se deparou com ele em uma bata à venda em uma feira africana no Harlem, Nova York, compreendeu a importância do seu significado e fez dele o conceito fundamental para o seu novo álbum.
“O símbolo do pássaro místico, que voa de cabeça para trás, nos ensina a possibilidade de voltar às raízes para realizar nosso potencial de avançar. Com este álbum quero trazer a memória de quem somos e homenagear bairros, nomes, personagens, lugares, palavras e símbolos que vêm de nossos antepassados. Eu quero comemorar de onde viemos”
“Sankofa” foi gravado com a colaboração de Jean Elton (baixo) e Hugo Medeiros (bateria), que formam o Amaro Freitas Trio desde seu início.
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