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Cícero e o primeiro show de “Canções de Apartamento”

Na agradável noite do último domingo, 23, Cícero voltou aos palcos para o primeiro show do disco “Canções de Apartamento“. Acompanhado de uma nova banda, o cantor e demais músicos conspiravam com a expectativa dos duzentos cariocas presentes, uma atmosfera intimidadora mesmo para quem estava entre amigos e admiradores.

Cícero é ainda um músico relativamente desconhecido, ex-vocalista da cultuada banda independente Alice, lançou carreira solo neste ano com o já citado “Canções de Apartamento”, singelo disco de MPB com flerte no rock alternativo. // Para conhecer seu trabalho na integra, visite o  site do cantor.

Precedido pela exibição de O Balão Vermelho, de Albert Lamorisse, curta encarregado de deixar o ambiente no clima do álbum, Cícero e sua banda levantaram o público do Cine Glória com uma vibrante versão de “Cecília e os Balões“, forte indício que já indicava influência da veia rock do cantor na composição de palco.

Entre “Açúcar e Adoçante“, “Vagalumes Cegos” e “Ensaio Sobre Ela“, o cantor crescia no palco ao lado do público cada vez mais carinhoso e acolhedor do ruído extra em Canções de Apartamento. Até mesmo algumas piadas pouco engraçadas de Cícero passavam batidas quando a música dava lugar ao nervosismo do protagonista da noite. Memoráveis também foram as inserções de “Videotape“, da banda inglesa Radiohead, e “You Don’t Know Me“, de Caetano Veloso, nas músicas “Eu não tenho um barco, disse a árvore” e “João e o Pé de Feijão“, respectivamente.

 

 

Acompanhando Cícero no palco estiveram Bruno Schulz, parceiro de Cícero na construção do álbum, tocando acordeão e teclado; Rodrigo Abud, também ex-membro do Alice, num sonoro baixo; Ricardo Gameiro, da boa banda experimental “Sobre a Máquina”, nas altas guitarras; e o baterista Uirá Bueno, das bandas “Laranja Dub” e “Turmalina”.

De negativo no show estiveram a falta de sincronicidade da banda, alguns equívocos no som – como a melodia baixa demais para a guitarra que a acompanhava, e a falta de um repertório maior – o que também seria demais se tratando do álbum de estréia de Cícero. Felizmente cada ponto ruim foi recompensado com outros tantos bons, permitindo ao público presente sair assoviando “Canções de Apartamento” pela tranquila noite carioca.

 

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