No último sábado Cícero subiu mais uma vez no palco do Circo Voador para apresentar A Praia, seu mais recente trabalho, pela primeira vez para o público carioca – que aguardava ansiosamente após o cantor e sua trupe passarem antes por outras praças.
Antes veio o trio paulista O Terno, que sem inibição assumiu a responsabilidade de esquentar o público e apresentou uma compilação de suas canções que continuam soando como uma mistura de Led Zeppelin, Mutantes e Reginaldo Rossi.
O Terno, agora composto de Tim Bernardes, Guilherme D’Almeida e Gabriel Basile, segue desenvolvendo personalidade e ainda deve dar muito o que dizer neste novo cenário da música brasileira, que precisa desesperadamente de novas figuras que não as velhas carimbadas pela mídia tradicional.
Cícero subiu ao palco logo depois da pausa para desmontar e montar equipamentos visivelmente muito feliz de ver o Circo Voador cheio.
Mostrando a que veio Cícero abriu o show com O Bobo, melhor música de A Praia junto de Terminal Alvorada, que acabou fechando o show antes do bis. A Praia, que já recebeu crítica aqui na Revista Ambrosia, trás uma sonoridade similar aos discos anteriores do compositor carioca, porém com novas adições e surpresas que podem prenunciar uma nova fase em tempos vindouros.
Junto de A Praia vieram também as Canções de Apartamento, cantadas em uníssono junto ao público, e uma ou outra composição de Sábado, segundo disco e trabalho mais introspectivo de Cícero. Sendo A Praia uma obra mais contagiante que sábado, o público presente correspondeu a cada música do extenso show, que praticamente durou uma hora e pode-se ser resumido como um presente de Cícero para o carinho que recebe em sua terra natal.
Que venham mais shows e canções como estas, a música brasileira agradece!
Fotografias por Rafa Chlum (Flickr).
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