No terceiro dia da Game XP 2019 o rapper paulista Projota fez um show no palco Gênesis, o novo espaço do evento dedicado à música, que conectou a rima com o universo dos videogames. No momento Freestyle fez brincadeiras com os jogos Fortnite e Counter Strike. Foi um longo improviso, em que sobrou brincadeira até para o robô que circula pelo Parque Olímpico – “não sou Will Smith mas agora eu sou robô”.
Depois da música ‘Elas Gostam Assim’, parceria com Marcelo D2, Projota saldou o pessoal nas longas filas da roda gigante e da montanha russa com realidade virtual. Mas foi no meio da música ‘Mulher’, que ele fez um apelo contra o machismo, usando o meio gamer como exemplo. “A comunidade dos games sempre foi muito machista como a do rap”. “Mulher não pode”, “videogame não é coisa para menina”. “Deixa as minas jogarem CS, Mario Kart!”.
O rapper aproveitou para denunciar o assédio, dizendo que “não é porque ela está ali no game online que você tem que dar em cima”. O discurso arrancou palmas efusivas da plateia, sobretudo feminina. No final de ‘Rezadeira’, desceu para o espaço entre o palco e o gargarejo. E ali ficou até a música seguinte, ‘Muleque da Vila’., que executou debruçado na grade que separa o público, tendo um maior contato com a plateia.
A apresentação de Projota confirmou o potencial da Game XP para abrigar shows de música, além das diversas atrações do mundo dos games. Isso pode indicar um crescimento do setor musical no próximo ano.
Imagem: JB (reprodução)
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