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Falta de originalidade na Turma da Mônica Jovem

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Quando Luluzinha Teen chegou nas bancas muitos “profissionais nacionais de quadrinhos” e “formadores de opinião” se revoltaram com a proposta da Ediouro, acusando a editora de distorcer os personagens por dinheiro e profetizando um fracasso iminente.

Tais críticas obviamente não surtiram efeito fora do limitado público dos sites especializados de quadrinhos, e a revista continua nas bancas, mas a repercussão gerou uma resposta inconformada de Renato Fagundes, roteirista da série, profissional que sem dúvida poderia ser prejudicado pela falta de ética de quem fomentava as críticas com segundas intenções. O que me chamou atenção neste caso é pouco se comenta sobre a Turma da Mônica Jovem, a publicação do Maurício de Souza que também se aproveita da febre dos mangás.

Apesar de não acompanhar avidamente os quadrinhos teens do mercado, mantive um interesse pela Turma da Mônica Jovem – produção do Maurício de Souza e de Marcelo Cassaro – por manter a impressão de que a publicação não agregava valor. Se com as publicações originais Maurício de Souza retratou através de personagens icônicos situações que transmitiam mensagens positivas para as crianças, com Turma da Mônica Jovem ele desconstruiu o esforço em troca de uma sobrevida para uma nova geração. Na nova versão, as principais características e “problemas” dos personagens foram transformadas em fantasmas e Mônica, Magali, Cebola e Cascão se tornaram esteriótipos de adolescentes, como se fosse comum aos adolescentes se tornarem versões pré-definidas dos personagens da novela Malhação, da rede Globo.

Mas os problemas não ficam somente aí. Ao mesmo tempo que se utiliza uma linguagem moderna para tornar a série atrativa para um público jovem, a publicação distorce a juventude com uma visão demasiado conservadora. Turma da Mônica Jovem apresenta a visão idealista do autor para os adolescentes, ignorando completamente que hoje crianças e jovens possuem acesso indiscriminado a informação e vivenciam muito mais que as gerações anteriores.

Para ilustrar esta deficiência, vale ressaltar a recente polêmica na revista “Tina #6“:

“O triângulo da confusão” – Tina sai com um amigo desconhecido, Caio, deixando Miguel, o namorado dela, enlouquecido e Pipa, transtornada. “Namoro virtual” – Rolo vai a um encontro com uma paquera da internet. “O que uma mulher não faz para entrar num vestidinho tudo-de-bom?” – Pipa faz de tudo para emagrecer e entrar num vestidinho rosa. “Solidão a dois” – Rolo vai acampar, e seu pai vai atrás.

Caio, apresentado nesta edição, foi anunciado como primeiro personagem homossexual criado pelo estúdio, porém, após a grande repercussão na imprensa, Maurício de Souza publicou uma nota através de sua assessoria de imprensa destacando não haver qualquer afirmação sobre a opção sexual do personagem. O que ficou no ar foi saber se Maurício de Souza voltou atrás na decisão de criar um personagem não-binário após temer uma resposta negativa dos consumidores ou se trata de apenas conservadorismo. A confusão foi ainda mais longe com a declaração de Maurício no Twitter, que vendia a revista como “dirigida a um publico adulto jovem”.

Há muito tempo a diversidade sexual é assunto de debate nas escolas, ainda mais com o acesso à internet. Mais grave ainda é perceber que mesmo em Tina, uma revista com “personagens adultos”. Falando sobre o assunto para a revista Veja, Maurício de Souza jogou um balde de água fria nas pretensões didáticas de suas publicações teens:

“Tem gente pedindo para eu criar um personagem gay. Esse tema ainda é muito novo. Mas eu sei que, no futuro, se essa tendência continuar, será natural ter um homossexual na Turma. No meu estúdio, digo que não devemos levantar uma bandeira e ir à frente de uma passeata. Devemos segurar a bandeira quando ela já está passando. Precisamos falar a língua do dia e da hora, mas tomando certos cuidados. Foi com essa fórmula que construí minha carreira.”

A afirmação é um tanto decepcionante para tantos jovens e adultos com questões ligadas à sua sexualidade. Manter Turma da Mônica Jovem ‘descompaçada’ com a realidade desgasta mais rapidamente a revista junto ao jovens, que passam a buscar em publicações mais autênticas que falem com sua realidade.

Obs. Para interessados, o Ultra do Melhores do Mundo publicou diversas de críticas da primeira temporada de Luluzinha Teen, recomendo aqui a leitura do primeiro e do quarto número.

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Sal -

on drums

47 Comentários

  • Nunca fui muito fã da Turma da Mônica e nunca tive qualquer interesse nessa turma jovem. Não reclamo de uma editora fazer isso, por que o estão fazendo para sobreviver num mercado nada constante como o brasileiro, nem acho que eles devem ser realistas (sempre foi mais ideal do que real), mas acho que eles devem sim ter mais respeito com os fãs e oferecer histórias menos superficiais aos novos leitores.

    Essa mimese dos mangás não vai sustentá-los por muito tempo se não houver um diferencial, já que não tenho dúvida que existem pelo menos uma dezena de mangás para garotos e garotas melhores do que turma da mônica/luluzinha jovem.

    Estou curioso para ver comentários a favor e contra este artigo, desde que tenham argumentos e não pedras.

    • isso é pura mentira…
      se você for no google e procurar : Turma da Mônica Jovem Wikipédia –
      vc vai ver veja no site -> http://pt.wikipedia.org/wiki/Turma_da_M%C3%B4nica_Jovem
      veja o outro site -> http://pt.wikipedia.org/wiki/Luluzinha_Teen_e_sua_Turma
      se voce ver… a Turma da monica jovem exibiu a 1ª edição Agosto de 2008…
      Já a Luluzinha Teen e sua Turma exibiu a 1ª edição Junho de 2009…
      se não acredita em mim… procure você mesmo(a)!
      E o Maurício de Souza não copiou nada de ninguém! Mônica é o nome da filha dele… ele fez a revista baseada na filha dele!
      mas vai aí culpando a outra revista por ter copiado… é sempre assim!!
      mas eu n to nem aí pra essas pessoas… não dou a mínima!
      passe bem… imprestável!!!

      • Acho que você precisa entender primeiro que trata-se de um produto, enquanto você está aqui me xingando o Maurício de Souza anda faturando muito dinheiro com isso. Não leve para o lado pessoal.

        No mais não vejo como a data de lançamento possui relevância. Nem mesmo a criação da personagem Mônica, que na versão jovem foi levada por uma versão mangá também por motivos comerciais.

  • Bem vindo ao mundo das velhas ideologias. Meu caro, o fantástico mundo da Mônica serve para isso, pra inventar uma realidade inexistente, conservar a "moral e os bons costumes". Aposto que o Maurício torce por uma aula de Moral e Cívica.

  • Falta de originalidade e oportunismo é esse texto falho que voce escreveu, camarada. Começou "criticando" Turma da Mônica Jovem, depois partiu pra Luluzinha Teen… ou você é incapaz de seguir uma linha de raciocínio ou é um demente frustrado que não conseguiu ser nada na vida. Enfim, eu ia falar pra você crescer, mas não consigo acreditar quê você venha a se tornar algo melhor do que já é. Definitivamente, não existem críticos bons de HQ no Brasil!

  • Meu amigo, vc acha Turma da Mônica Jovem ruim??? Então, faça vc mesmo uma BOA revista em quadrinhos, com uma BOA história, BONS desenhos, e saia por aí pra publicar, mas pagando tudo do seu próprio bolso. MAs faça tudo isso SOZINHO, aqui no BRASIL… se sobreviver o primeiro mês, se vc tiver lucro e vender tudo o q vc publicou, aí eu penso se concordo com o q vc escreveu ou nao.
    Abraços!

    • Criticar e produzir são atividades independentes. Você não precisa saber cozinhar pra perceber se o gosto de algo é bom ou ruim. Fora isso, sucesso comercial não é sinônimo de qualidade cultural. Ele não está criticando a capacidade do Maurício como empreendedor, mas sim questionando sua escolha de temas e autores.

      Não precisa se exaltar.

  • Quem disse que o post não tem nada a ver é tudo cambada de viadinho fanboy que só lia gibizinho TMD e brincava de boneca. O cara que postou tá certo, as histórias são ruins e sem criatividade. Tão defendendo o Sousa pq? aff… Vcs devem é trabalhar na MSP pra darem essa puxada de saco colossal. Fail são esses comentários sem noção, FANBOYS INÚTEIS!

  • Mr. Burns, Mr. Burns, continua falando, pois enquanto vc só fala idiotices, Maurício tá vendendo Turma da Mônica Jovem q nem xuxu… o cara é um midas do meio editorial, cara, se ele tá sabendo cuidar de seus negócios de forma competente, coisa q a grande maioria dos editores do Brasil não o faz, palmas pra ele e acabou…

    • Ignorando os insultos, acho engraçado essa visão de que o Maurício é um "midas". No Brasil apesar de continuar vendendo bem, a influência da Turma da Mônica é cada vez menor junto as novas gerações que preferem o mangá mesmo. Agora se o Maurício fosse um "midas" como muita gente interessada nisso gosta de pregar, ele não teria fracassado sucessivamente no mercado internacional.

      Independente disto eu acho que vale bater palmas para o Maurício por seu trabalho original.

  • A única coisa irrelevância na obra do Maurício de Souza é esse arremedo chamado "Turma da Mônica Jovem". Uma vez que foi pensado para um público mais velho (adolescentes entre os 14 / 17 anos) então que escreva histórias mais relevantes e alinhadas com o que esse público pensa e espera.

    Pra escrever mais do mesmo (histórias descoladas da realidade, descompromissadas e divertidas) porque criar um novo universo de personagens? Pra que envelhecê-los?

    Maurício de Souza é fantastico. Mas que errou com a Turma da Mônica Jovem, isso ele errou. E se vende tanto quanto falam, que mostrem os números.

  • A crítica é exagerada porque os cuidados do Maurício de Souza são lugar comum em qualquer mídia conservadora.

    Por exemplo, o Silvio de Abreu, autor da novela Passione, declarou sobre a possibilidade de um beijo gay nas telas:
    "Homossexualismo não é mais tabu. Beijo gay é outra história. É uma exposição que grande parte do público que não é gay pode se chocar", declarou. Ele acredita que mesmo se escrevesse, seria vetado pela Globo. "Não adianta eu colocar, não vai passar".

    Ele admite que homessexualidade não é mais tabu… numa novela adulta!
    Se mesmo numa obra com um público-alvo adulto expôr um beijo gay não é aceitável mercadologicamente, é de esperar que numa obra infantil as restrições sejam maiores. Ainda que Turma da Mônica Jovem seja voltado para adolescentes e Tina para adultos, as duas publicações são "censura livre". Na novela pelo menos aparece um aviso dizendo que o programa é recomendado para maiores de 14 anos.

    • Discordo já que não estamos dialogando sobre um funcionário sem poder, mas sobre uma pessoa dona do processo criativo. Dentro da "mídia conservadora", ou mídia comercial, há cada vez mais espaço para retratar as mudanças da sociedade. Não vejo o que um beijo homossexual têm a ver com falar sobre sexualidade, são duas coisas distintas.

      • No caso do Silvio de Abreu ele é o autor da novela, não é meramente um "funcionário sem poder". E ele afirmou que a Globo (que é a dona dos meios de produção da obra) não permitiria um beijo gay nas telas. A mídia comercial só retrata alguma mudança social depois que ela não é mais tabu. As emissoras de TV e Hollywood são exemplos disso. Pode ter certeza que se algum tema polêmico apareceu num filme Holywoodiano é porque ele já não é tão polêmico assim. É o caso de Brokeback Mountain por exemplo, que só explorou a homossexualidade porque, como disse o Silvio de Abreu, "homessexualismo não é mais tabu". Mídias conservadoras só mostram o que a sociedade já está pronta para ver. E no caso de obras que podem atrair a atenção de público infantil, o conservadorismo é ainda maior. Eu não conheço nenhuma obra infantil que tenha um personagem claramente homossexual (em mangás e animes é até costume ter aquele personagem "duvidoso", mas nunca fica claro qual é a dele e além disso japoneses têm conceitos diferentes dos ocidentais).

    • André,eu acho que já aconteceram beijos gays nas novelas sim, lembro de um há muitos anos da Aline Moraes…

      Dei uma googlada e parece que foi o único mesmo, Aline Moraes em Mulheres Apaixonadas de 2008…

      Sobre a Turma da Mônica, desde pequeno nunca fui ligado em nada que o Mauricio de Souza produziu, não me surpreendo com seu trabalho oportunista atual.

  • Acho que o grande problema não é mostrar ou não o beijo gay (tanto na novela quanto nos quadrinhos), o grande problema é plantar uma dúvida na cabeça do público sobre rolar ou não um beijo gay, ganhar audiência com isso e no fim das contas dar pra trás como quem não sabe de nada.

    • Exato, mas reafirmo que não acho que um "beijo" seja algo necessário, o mais importante é educar a juventude para entender a diversidade sexual/cultural/religiosa/etc.

  • O Maurício só esta seguindo a receitinha de sucesso fazendo uma histórinha ao estilo mangá, o problema é que ele não tem jovens em seu grupo então ele pensa que jovem de hoje é o jovem da época dele.
    Mal sabe ele que hoje em dia em eventos de ANIME e MANGÁ meninas de 14 anos até cobram para garotos e marmanjos verem elas se beijarem de língua e quem frequenta esse tipo de evento sabe disso.

    Criatividade realmente não existe nenhuma ali, é tudo uma sátira de qualquer coisa que faça sucesso entre os jovens, uma pena já que o Mauricio é criativo e poderia fazer coisas de ótima qualidade.

  • Turma da Mônica Jovem é uma reciclagem cultural das preferências nerd do Cassaro. LuluTeen, estranhamente, parace falar mais diretamente sobre os dilemas da juventude da geração "ponto com". Entretanto, ambas as revistas ainda detém um ranço conservador em seus temas e pecam por falta de originalidade em seus temas. Boa crítica Camino.

  • Salve Pessoal. Li todos os comentários e realmente acho difícil, para uma Maurício de Souza Ltda., arriscar tanto assim. Ele passou anos falando do interior, dos conceitos amizade, carinho e beleza, criou um universo só seu, onde pobreza, mizéria, doenças, feiura e violência apareciam de modo sutil. Então, realidade não é o mundo do Maurico de Souza e Turma da Mônica. Não da para se pedir algo que ele não tem como fazer. Isso afetaria tudo que ele construiu. Ele criou as regras, mas ao mesmo tempo, está preso as mesmas. O sucesso faz isso para muitas pessoas. Essa é a formula.

  • Os assuntos relacionados a gays não são mais tabus, porém acredito que o Maurício de Sousa não quis se estender com esse assunto por ser uma revista adolescente e extremamente ligada a Turma da Monica, que sempre zelou por uma imagem conservadora.
    No final das contas, não acredito que essa imagem conservadora sempre presente nos quadrinhos do Maurício sejam ruins. Pelo contrário, isso só defende os bons costumes.
    Agora em relação a Turma da Monica Jovem, única e exclusivamente, acredito que você não deve ter lido um gibi completo. As histórias contidas ali mostram, de forma engraçada e caricata, coisas do cotidiano jovem. Acredito que o gibi deve ser algo para descontração, se quero ver coisas reais demais, leio o jornal.

  • Olha, discordo completamente. Não vejo como oportunista ou algo assim o surgimento de TMJ. Fazer a turminha crescer em um "universo paralelo" é algo que poderia ter surgido há muito mais tempo, visto há quantas décadas Mônica, Cebolinha e etc estão por aí.

    E Maurício nunca tinha feito isso, com certeza por milhões de razões. E creio que a maior delas seja justamente o legado que ele criou com a turminha original. Ele jamais poderia alterar ou criar algo novo com a turminha sem ter o risco de estragar tudo pelo que ele tanto lutou. Independente da turma ter crescido hoje ou, sei lá, no início da década de 90 – imaginando que pudesse ter acontecido antes – ele teria que ter o mesmo cuidado com seu produto, com suas criações. O fato de ter uma arte misturada – digo "misturada" porque não é mangá – é irrelevante. Se fosse em outra época, com certeza o que estaria em voga em termos estéticos seria usado.

    Outro fato é que as primeiras edições de TMJ foram sim fracas, tanto é que chamaram gente – sendo o Cassaro um exemplo – que já lidava com coisas influenciadas por mangás e animês e cultura japonesa há muito, muito tempo. O Maurício tem que ter muito tato pra propor qualquer coisa com a turminha que seja muito diferente do habitual e a busca por essas pessoas mostra isso.

    Falando em tato, como o autor gostaria que fosse tratada a questão da homossexualidade? Acha que é fácil assim? Um deslize e você pode ser taxado como homofóbico e afins. É um tema delicado, mesmo nos dias de hoje. Não é ignorar as características dos adolescentes do século XXI e sim ter classe para lidar com questões polêmicas. Outro fato é que com tantas décadas lidando com um mercado e um produto puramente infantil, queria que ele já chegasse chutando a porta? Meio difícil, não?

    Eu discordo totalmente do proposto no texto.

    • Obrigado pelo comentário, é excelente ver que o texto está gerando essa discussão saudável independente das opiniões. A maior parte das respostas para o seu comentário já se encontram no meu texto – como por exemplo as motivações para a criação, os textos do Cassaro, etc – então não creio que seja pertinente eu discutir novamente tais pontos.

      Quando a questão de como eu gostaria que o Maurício tratasse a homossexualidade. Acredito que a questão não seja a discussão em si da homossexualidade, como escrevi no artigo esta questão foi utilizada como exemplo do conservadorismo do autor. Mas como é uma questão polêmica e que tomou grande foco nos comentários, posso dizer que concordo que a questão ainda é delicada mas acho que é um assunto importante e que deve ser abordado com o devido cuidado, para não pender para nenhum lado extremo.

      Todos lembramos da vergonha que é ter um presidente que se fez de ingênuo e disse que não sabia de nada quando todo país descobria as corrupções de seu governo, essa atitude de ficar encima do muro e se aproveitar dos fatos depois é uma vergonha para pessoas com tanto poder em mãos (como é o caso do exemplo aqui).

  • Caí aqui meio sem querer, li o texto, gostei, e li os comentários também. Ia entrar no âmbito da moral e dos bons costumes, mas prefiro deixar de lado essa questão. O motivo? sou contra essa tentativa de se fugir ao debate, de ignorar a diversidade, as visões de mundo divergentes. Homossexualidade não deveria ser tabu. Entendo que para a nossa "avançada" sociedade essa questão é polêmica, pois temos que satisfazer a vontade de certos grupos que não são abertos ao debate, nem a considerar a existência de realidades diferentes da sua. Maurício de Souza é reaça mesmo, e como não é bobo, gosta de dinheiro. Eu que sou bobo, sinto-me a vontade para criticá-lo. Ignorar a existência de homossexuais, assim como a de um movimento de afirmação por parte destes, é tomar partido. E isso ele o faz ao "retratar" uma juventude ideal (para ele). É, ao mesmo tempo, uma atitude mercadológica, política e ideológica. E, para mim, quem coloca o mercado no mesmo patamar de qualquer trabalho que se quer artístico já deve ser visto com ENORMES ressalvas. Sobre o oportunismo, ele é inerente ao ponto de vista adotado pelo Sr. Maurício de Souza (aqui copio a forma de tratamento que Lima Barreto usava em suas críticas…rs). Também prefiro não falar de preconceitos atrelados aos seus quadrinhos (Monteiro Lobato é mau visto por diversas pessoas também por esse motivo), porque desta forma estaria ignorando uma característica essencial da arte, só a menção já alcança o efeito desejado. Para finalizar, parabenizo a ótima associação entre Turma da Mônica Jovem e o "folhetim eletrônico sem fim" Malhação.
    Saudações libertárias!

  • Fui citado na resenha da Turma da Mônica Jovem do @salvadorcamino! http://goo.gl/9UDw Acabei relendo os meus posts e, apesar das vírgulas erradas que só notei meses depois da publicação, não mudaria nada do que escrevi. Lulu Teen me parece mais honesta que TMJ. Pelo menos o que li. Não digo que é boa, pois não acho que seja, mas me causou menos… Repulsa é uma palavra muito forte?

  • Plagiar Sailor Moon eu não aceito…
    Ja foi comprovado que Sailor Moon foi um dos melhores animes criados e ele copia…
    Homosexualismo é asunto novo desde quando? Em varios animes( Inclusive Sailor Moon: Sailor Urano e Netuno ) ha casos homosexuais, entre homens ou mulheres.

    • O “plágio” de Sailor Moon é simplesmente a Mônica aparecer com um uniforme inspirado no da Sailor Moon num jogo de computador. Só. Diga-se de passagem, ela nem se comporta como a Sailor Moon na história e só usa essa roupa por umas poucas páginas, antes da personagem dela ser vencida no jogo. Procure ler algo antes de fazer acusação de plágio; calúnia é crime.

  • eu acho que quem não gostar da Turma da Mônica jovem, apenas não compre, não assine, e não leia, ele é tendencioso, ele imita os mangás na cara dura, World of Warcraft tb, etc e tals, mas eu gosto, me relembra muita coisa que tava enterrada, igual até hoje o cascão é fá de “tauó“(star wars), etc… agora fazer uma crítica destrutiva baseada em opinião própria, é triste, mas estamos aí…

    Se eu for seguir o que eu disse logo acima, se eu não gostei da crítica aqui, também não era pra eu estar lendo, rs abraço!

  • oi eu acho muito infantil o que vcs postam e tbm acho o trabalho do mauricio de sousa muito bom. nao sou nenhum puxa saco. Só porque uma pessoa gosta e admira algo nao quer dizer que a pessoa é puxa saco então pensa um pouca antes de escrever as coisa e divulgar. seu idiota

  • Vamos lá…. É…

    EU NÃO GOSTEI DESTE TURMA DA MôNICA JOVEM PELOS SEGUINTES MOTIVOS:

    1) Os personagens se tornaram idiotas.
    Calma! Eu explico!

    Todos os personagens perderam as suas origens.

    Mônica
    De baixinha, gorducha e dentuça se tornou uma gostosona. Ainda está com o bendito do coelho!!! Quem em sã consciência em pleno século XX e XXI andaria com um bicho de pelúcia para tudo quando é lado como se fosse uma coisa normal?! A Mônica tem a personalidade da "NARUSEGAWA" DE LOVE HINA!!!

    Magali
    Uma menina que comia para burro agora se preocupa em se manter em forma!!! Bha!!! Foi transformada em gostosa também e a sua personalidade é 50% voltada para mais uma personagem de LOVE HINA, a Mutsumi.

    Cebola(linha)
    Personalidade do Keitaro de LOVE HINA. TEM ATÉ NESTE MANGÁ UMA REFERÊNCIA ÓBVIA DO EPISÓDIO 1 OU 2, QUANDO KEITARO E NARU ESCORREGAM E UM CAI POR CIMA DO OURO (KEITARO NO CHÃO E NARU DE 4).

    Cascão
    Agora tama banho senão sairia da turma da mônica porque ninguém o aturaria fedendo né?! Mas ele tem inteligência de JOVENS DA MALHAÇÃO, ou seja, destorce a realidade.

    E os outros não precisa nem comentar.

    As piadas
    DO TEMPO DO RONCA TODAS AS PIADAS!!! NEM NISSO INOVOU FORA QUE PIADAS COPIADAS FORA AS EXPRESSÕES DE OUTROS ANIMES. Credo cara!!!

    COPIA DA CÓPIA
    É!!! Não existe originalidade nesses mangás. TUDO QUE TEM NELE VEM DE OUTROS ANIMES!!! Vou citar alguns, mas há vários!!! Nem a capa é original!!!

    Copieitoooooooonnnnnnnnnn de:

    Love-Hina, Final Fantasy, Rockman, Alice no País, Street Fighter, KOF, DBZ… , e um KG DE ETC!!!

    Mas isso só acontece porque aqui é Brasil, mas vai fazer isso lá fora?! É quebra de direitos autorais na hora! Porque o registro vai de personagens até história.

    Lamentável!!! E eu me preocupando em fazer uma história em quadrinhos original.

    Ok!

  • Respeito as opiniões do texto, mas achei que em certos pontos o autor foi tendencioso nos comentários. A grande maioria das edições da Turma da Mônica Jovem não se inspira em nenhuma outra série, e as que o fazem (caso de Alice no País das Maravilhas e Death Note) não escondem a fonte da inspiração, assumem e parodiam, prática que a Turma “mirim” sempre teve. E é curioso que o autor não comenta que Luluzinha Teen já usou esse mesmo artifício, com as edições “inspiradas” em Crepúsculo e Harry Potter – aí não é oportunismo? Tem que ver melhor isso aí.

    Sobre ignorar a homossexualidade, realmente acho besteira o Mauricio ficar em cima do muro e fingir que não existe (embora que eu saiba, Luluzinha Teen também não tem personagens gays… novamente, o autor cobra de uma série algo que a outra também não tem, como é que fica aí?). Agora, isso não significa que vários outros aspectos da vida adolescente não sejam abordados: a Turma da Mônica Jovem já abordou bullying, anorexia, identidade e falsas identidades na era digital, até gostos adolescentes como os videogames e o RPG (tanto de mesa como de computador).

    Enfim, concordo que as acusações feitas contra Luluzinha Teen foram injustas, essa também é uma série que está crescendo, aprendendo e cativando seu público, com uma proposta bastante diferente da Turma da Mônica Jovem. Só acho que não é necessário depreciar uma série para defender a outra; as duas têm defeitos, as duas têm qualidades, as duas podem ter se lançado no mercado de forma “oportunista” pegando carona no sucesso dos mangás, porém as duas se consolidaram por mérito próprio. Tanto que estão aí, vendendo mais que os próprios “mangás verdadeiros” nas prateleiras das bancas.

  • Em tempo: uma coisa que precisaria ser melhor trabalhada em Luluzinha Teen é a personalidade de cada personagem. Sem querer comparar mas já comparando, na Turma da Mônica Jovem houve uma evolução dos personagens, alguns comportamentos mudaram (Magali come com moderação, Cascão toma banho), mas outros continuaram (Magali ainda se interessa em comida, Cascão ainda não gosta de água e ainda é craque em futebol, Mônica ainda é esquentada), porque ninguém muda de uma hora pra outra.

    Em Luluzinha Teen, uma má impressão que fica é a de que todos os personagens são construídos em cima de estereótipos adolescentes: Lulu é a idealista, Bola é o músico, Alvinho o radical, Glorinha a patricinha, Aninha a nerd (pelo menos o estereótipo de nerd ficou pra uma menina, normalmente fica com personagens masculinos)… faltam elementos de identidade que esses personagens tinham na infância.

    Vi que na edição 33 os autores tentaram fazer melhor essa transição de personalidades entre as versões infantil e adolescente da turma da Luluzinha, e acho isso muito válido. Espero que eles invistam bastante na caracterização dos personagens, para fugir do perfil de estereótipo. Até porque tirando esse problema (e a arte inconstante, se bem que essa está melhorando bastante), Luluzinha Teen é uma revista boa, e acho que já conseguiu provar que é diferente o bastante da Turma da Mônica Jovem para que cada série atinja um público-alvo específico.

  • Concordo plenamente com você! Depois de tantos anos de trabalho e conquista do público infantil, Maurício de Souza traz para seus quadrinhos essa visão qualquer de um adolescente nos dias de hoje, além de destorcer totalmente a personalidade dos personagens.

  • Entre minha opinião, ao entender sobre “fanboys”, “gente certa e de direito” e “críticos”, posso dizer q:
    1 – TMJ tem um público para Teens (o mais óbvio).
    2 – O Maurício é um dos caras mais influentes de todos e eu entendo o lado dos fanboys do pq q eles gostam tanto disso e defendem tanto TMJ, já q ele é desde 1900 e bolinhas influencer.
    3 – MSP tem em co-produção e “público” voltado para fazer dinheiro (podem discordar, xingar ou falarem o que quiserem).
    4 – Maurício de Sousa podería sim ter mais criatividade, como por exemplo, ao invés de SÓ viver de cultura pop, fazer uma coisa nova. Como assim? Bom, eu queria que TMJ fosse de uma realidade alternativa, mas podería ter acontecimentos da própria obra original.
    5 – Esse é só o exemplo do 4o tópico msm. Exemplo: Mostrar a sociedade dos anjos, tipo: Vcs sabem q ñ existe só o anjinho de anjo, né? O Maurício podería colocar uma sociedade de anjos diferentes do q pode se fazer hj em dia.
    6 (EXTRA) – Já q o público é mais focado nos adolescentes (como citado no 1o tópico), pq ñ fazer 10 ou 20 edições vanglorizando a sociedade sobre-pesa? Tipo, dar um arco onde a protagonista é a Isadora, por exemplo. Ou mostrar para as Teen Girls que engordar e/ou ser gorda não é sinônimo de ser feia, nojenta ou indesejável? A Disney por exemplo, pq q vcs acham que a Disney ñ tem 1 princesa que é gordinha? É só uma idéia. Ah, e para os Teen Boys pq ñ mostrar que o homem pode ser sensível, pode chorar, ou até msm pode SENTIR?
    Se leu até aqui, meus parabéns, você é uma pessoa que realmente se importa por TMJ. Deem sua opinião aqui se vcs concordam 100% ou discordam de algumas coisas.

  • As duas únicas coisas que eu discordo é que: Vc disse que a Mônica leva o coelho de pelúcia em pleno século XX e XXI, mas qual é o problema? Ela é apegada ao coelho de pelúcia dela, eu ñ me importo. A outra coisa são as capas, as capas são em grande maioria de “cópia” uma referência, então ñ me preocupo tanto de tipo, as capas terem coisas parecidas de outras, contanto que seja sutil. Agr, uma coisa é isso, outra coisa é fazer diversas vezes com um roteiro mais de 60% parecido com um roteiro de outra obra, aí sim q cai nas quebras de direitos autorais. Mas de resto, sim eu concordo 100% contigo, praticamente nada é original.

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