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As dez melhores histórias do Asterix

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Na última terça-feira (dia 24) faleceu, aos 92 anos, o cartunista francês Albert Uderzo, cocriador do personagem Asterix, O Gaulês.

Com argumento de René Goscinny e o traço marcante de Uderzo, as histórias giravam em torno de uma pequena vila na Gália que dava muita dor de cabeça ao Império Romano. O motivo? Seus bravos aldeões contavam com a  ajuda de uma poção mágica que lhes dava uma força sobre-humana, preparada pelo druida Panoramix, que os fazia derrubar soldados romanos como pinos de boliche.

A exceção é Obelix, que caiu dentro de um caldeirão cheio da poção quando ainda era um bebê, e adquiriu uma força descomunal permanente. A marca registrada das HQs era o humor sarcástico brincando com História e ao mesmo tempo satirizando questões contemporâneas.

Após o falecimento de Goscinny em 1977, Uderzo prosseguiu o trabalho. Em homenagem a essa partida da outra metade da dupla criadora do maior ícone dos quadrinhos franceses, listamos aqui as dez melhores historinhas do Asterix. Confira.

10. Asterix e o Escudo Arverno

Não costuma estar na maioria das listas de melhores quadrinhos do Asterix. Em termos de enredo traz o usual: gauleses perseguidos por romanos, embate e tudo resolvido no final mas vale ser lembrado por explorar bastante a história romana antiga. com muitas referências históricas.

9. Asterix e a Foice de Ouro

De 1960, é o segundo título da série dos quadrinhos de Asterix, publicado nas edições 42 a 74 da revista Pilote e republicada no formato álbum em 1962. Na trama, o druida Panoramix parte a sua foice de ouro, sem a qual ele não poderá colher os ingredientes para a poção mágica. Astérix e Obélix oferecem-se para se deslocarem a Lutécia (Paris) onde poderão comprar a foice a Amérix, que é o melhor fabricante de foices, que por coincidência é primo de Obélix. Chegando lá eles descobrem que Amerix foi raptado por traficantes de foices e os dois gauleses precisam desbaratar uma rede de tráfico que tinha o governador da província como líder. É interessante por ser uma espécie de trama policial e a primeira história com uma participação efetiva de Obelix.

8. A Volta á Gália de Asterix

Quinto título da série, publicado nas edições 172 a 213 da revista Pilote em 1963 e republicado no formato álbum em 1965. A trama é um típico quest. O Inspector-Geral Lucius Flordelotus encontrou a maneira ideal de derrotar os irredutíveis gauleses: construir um muro em redor da aldeia e isolar os seus habitantes do resto do império. Logicamente os gauleses não gostaram da ideia e resolveram apostar com Flordelotus que apesar do seu aparente isolamento conseguirão reunir especialidades gastronômicas de toda a Gália. Os romanos para não perderam a aposta tentam impedir Astérix e Obélix de a concretizarem. A historia tem importância também por ser a primeira aparição do cãozinho Ideafix.

7. Obelix e a Companhia

Publicada em 1976. Um astuto assessor de César cria uma estratégia para derrotar a aldeia gaulesa. Para isso, utiliza-se da incrível ingenuidade de Obelix. A ideia sugerida ao imperador que, já que não consegue submetê-los à força, que o faça os corrompendo com o dinheiro e a ganância, para que se desinteressem em combater os romanos. Daí, ele compra em quantidade os menires de Obelix, acaba o transformando no empreendedor mais rico e importante da aldeia e a inveja e ganância se instauram. Uma crítica mordaz ao sistema capitalista

6. Asterix e os Godos

É o terceiro título da série, publicado nas edições 82 (18 de maio 1961) a 122 (22 de fevereiro 1962) da revista Pilote e republicado no formato álbum em 1963. O druida Panoramix parte com Asterix e Obelix para o concurso de druidas na floresta dos Carnutes (que acaba por vencer). O problema é que Panoramix é raptado por um grupo de Godos e levado para a Germânia para revelar o segredo da poção mágica. A dupla consegue resgatar o druída, e para impedir que os Godos invadam a Gália, os três gauleses semeiam a discórdia, criando as guerras Asterixianas. É a primeira de uma série de histórias em que os gauleses encontram outros povos. Aqui temos claras referências aos alemães, com os capacetes dos godos muito parecidos com os dos soldados alemães na Primeira Guerra, a divisão de Godos de Oeste e Godos de Leste numa alusão à divisão da Alemanha na época, que durou até a queda do Muro de Berlim em 1989.

5. Asterix O Gaulês

Essa foi a estreia do personagem publicada nas edições 1 a 38 da revista Pilote, em 14 de julho de 1960, e republicada no formato álbum em outubro de 1961. Na trama, o centurião Caius Bonus manda um soldado se disfarça de gaulês para descobrir qual era o segredo da super força daqueles aldeões que resistiam às invasões romanas. Ao descobrir a poção mágica, ele manda capturar o druída Paranomix, com objetivo de, adquirindo superpoderes, dominar Roma. Asterix vai salvar Paranomix e acaba contando com a ajuda de Julio Cesar, que, óbvio. não quer perder a coroa. A primeira história traz a estrutura que seria bastante utilizada a seguir e é perfeita para entender o personagem.

4. Asterix Legionário

Décimo título da série, publicado na 368 a 389 da revista Pilote em 1964 e republicado no formato álbum em 1967. Aqui Obelix se apaixona-se por Falbala, maspara seu azar, ela está noiva de um rapaz de nome Tragicomix. O jovem gaulês conseguiu enviar uma carta à sua noiva para a informar que foi enviado à força para África tendo sido alistado à força no exército de Júlio César em guerra com Cipião, o Africano. Asterix e Obelix então se alistam no exército romano e vão em busca do rapaz, que descobrem, através de um espião gaulês, que fora capturado pelo exército de Cipião. A dupla segue para o acampamento inimigo para salvar Tragicomix. A história reúne algumas das situações mais engraçadas dos quadrinhos de Asterix.

3. Asterix Domínio dos Deuses

Décimo-sétimo título da série, publicado nas edições 591 (4 de março de 1971) a 612 (29 de julho de 1971) da revista Pilote e republicado no formato álbum em 1971. Dessa vez, o novo plano de César consiste em sufocar a aldeia gaulesa com a construção de uma grande cidade em seu redor, ocupando a floresta da qual estes necessitam para sobreviver. O problema começa porque os romanos andavam livremente na aldeia, comprando os seus produtos a preços módicos, causando a instabilidade devido a todos quererem abrir negócios e fazer concorrência uns aos outros. Asterix consegue colocar Chatotorix como inquilino no Domínio dos deuses, expulsando de lá os romanos com as suas canções. Uma crítica ácida e hilária à especulação imobiliária.

2. Asterix e Cleópatra

Sexto título da série, publicado nas edições 215 (5 de dezembro de 1963) a 257 (24 de setembro de 1964) da revista Pilote e republicado no formato álbum em 1965. Na trama, A rainha Cleópatra faz uma aposta com César de que consegue construir um palácio em 3 meses para demonstrar que o Egito não está decadente, nomeando Numeróbis como arquiteto. Ele vai então até à Gália pedir auxílio ao seu velho amigo Panoramix, que parte para o Egito levando Asterix e Obelix. O grande obstáculo está em Timetamon, rival de Numeróbis, e os romanos, empenhados em atrasar os trabalhos. Após uma batalha contra as tropas de César, os nossos heróis gauleses contam com o apoio de Cleópatra para conseguir terminar o palácio a tempo. É uma das mais aclamadas histórias de Asterix, lotada de piadas e referências históricas (os egípcios falam com hieroglifos nos balões) e um ótimo roteiro. Foi a inspiração para o segundo filme live action do gaulês de 2002, “Asterix e Obelix: Missão Cleópatra”, continuação de “Asterix Contra Cesar”, com Monica Bellucci no papel de Cleópatra.

1. Asterix Entre Os Bretões

Oitavo título da série, publicado nas edições 307 (09 de setembro de 1965) 307 (09 de setembro de 1965) a 334 (17 de março 1966) da revista Pilote e republicado no formato álbum em 1966. Aqui, Júlio César conquista a Bretanha, mas uma pequena aldeia continua a resistir ao invasor. Um dos resistentes, Jolitorax\Cinemapax, é primo de Asterix, e se desloca à Gália para conseguir trazer a poção mágica para continuar a luta. Asterix e Obelix acompanham Cinemapax à Bretanha, mas são reconhecidos pelos romanos, o que põe em perigo a sua missão. A trama traz várias piadas com os ingleses. O barril da poção, apreendido pelos legionários e depois roubado por um ladrão de carroças, encontra-se na posse de uma equipe de rugby (ou um antepassado do esporte). O chá é “inventado” para substituir a poção, pois o barril quebrou antes de chegar a vila bretã, os bardos são claras caricaturas dos Beatles, o fog, o Eurotrem também entram na brincadeira. Essa caçoada nos britânicos é sem dúvidas a mais inspirada da dupla Goscinny e Uderzo.

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