Teatro

Aos 50 anos, Marcus Anoli vive personagens bem distintos em curtas e fala de trabalho em “Dançando do Meu Jeito”

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Após estrelar, ao lado de Sabrina Fortes, o espetáculo “Anjos”, dirigido por Oscar Calixto, que fez temporada virtual entre os meses de fevereiro e abril do ano passado, o ator e bailarino Marcus Anoli chega em 2022 com vários projetos. O primeiro é a peça “Dançando do Meu Jeito”, da Cia de Ideia, dirigida por Sueli Guerra, que estreou dia 22 de janeiro, e fica até 15 de fevereiro, no Sesc Copacabana (RJ).

– Esse trabalho é muito significativo porque é o primeiro presencial após meu retorno ao Rio, eu estava morando em Brasília há algum tempo. Antônio Guerra é o idealizador, ele estava com 10 anos quando concebeu a ideia, agora está com 13, era para termos estreado em maio de 2020, mas com a pandemia o projeto foi adiado. Nesse trabalho levantamos discussões como a de que cada um tem um jeito único e próprio. Que precisamos aceitar e respeitar as diferenças, que não existe um jeito único e certo de dançar e várias outras questões. Eu faço um professor regulador e cheio de rótulos que no decorrer da peça vai aprendendo muitas coisas novas com seus alunos – complementa Anoli.

O goiano da cidade de Anápolis, completa 51 anos em 2022 e com diversos trabalhos que vão estrear no audiovisual. No ano de 2021, apesar da pandemia, ele não parou de produzir.

– Fiz alguns curtas, adquirindo poeira de set, como diz um amigo (rs). Em agosto de 2021, em São Paulo, fiz “Tolerado” escrito por Whintney Pollato e dirigido por Jaqueline Souza. A produção retrata um casamento aparentemente feliz, mas a jovem esposa vê todos os seus gestos e provas de amor sendo negligenciados pelo marido. Na história eu faço Eduardo, um homem de meia idade casado com Camila, uma mulher de 25 anos. Ele é bem-sucedido e está em ascensão profissional, por isso nunca tem tempo para esposa. Ele dá a ela uma vida de conforto e luxo, mas a atenção e o amor que ela tanto deseja ficam a desejar – diz Anoli.

Após a experiência em “Tolerado”, que tem previsão de estreia ainda esse ano, Marcus voltou ao Rio e começou mais dois curtas ao lado de Sueli Guerra. Ambos os trabalhos com temáticas atuais, porém com personagens bem distintos.

– Sueli Guerra estava com um projeto de dois curtas e eu embarquei com ela. O primeiro “Foi Você, Fui Eu”, filme que fala sobre abuso e agressão contra a mulher. Nele vivo um marido ciumento e possessivo que não permite que a esposa viva fora dos limites da propriedade em que moram. Ele  a tranca em casa quando sai, na hora de dormir. A mantém refém, só podendo circular pelo jardim quando ele está por perto, fora vários outros tipos de agressões que infelizmente muitas mulheres são submetidas. Mas chega o dia em que ela decide tomar uma atitude. O segundo foi “Rastros de Glitter”, um filme LGBTQIA+ que retrata o cotidiano de um homem másculo, metódico, de vida tradicional, casa e trabalho. Em casa ele acompanha notícias sobre a vida das drags, transformistas e transsexuais. O desejo de se libertar é grande, mas os conflitos são ainda maiores. Esse curta está no momento correndo o mundo nos festivais LGBTQIA+ – completa o ator.

No final de 2021 Anoli fez mais uma produção, essa com direção de Lucas Leal.

– O curta se chama “Curioso”, que poderá ser visto em breve, nele vivo um arquiteto, extrovertido, dominador, apreciador de vinhos e de ilustrações de Tom of Finland. Ele acaba de se mudar e tem como vizinho João, que começa a ouvir muitos barulhos vindo do apartamento recém alugado, não usávamos nome nenhum no filme, então fiquei sendo chamado de “Vizinho”. João começa a se incomodar e decide ir saber o que está acontecendo. A partir daí a curiosidade de João aumenta e eles começam a interagir pela porta que nunca é aberta completamente. Até que um dia a porta está entreaberta e João não consegue segurar a curiosidade e descobre o que acontece no apartamento. O resto da história não posso contar, pois estaria dando spoiler (rs) – finaliza.

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