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O monólogo gratuito “Pedro I” estreia no Paço Imperial, dia 8 de setembro, no Bicentenário da Independência

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Com direção de Daniel Herz, o ator João Campany dá vida a dois personagens:  o primeiro imperador do país e um ator dos tempos atuais, que iniciam um embate de ideias, fazendo o público repensar os atos que moldaram a sociedade brasileira

No Bicentenário da Independência, o monarca que desfez nossos laços com a Coroa portuguesa e transformou o Brasil em nação está de volta aos holofotes. Mas não para ser louvado, e sim questionado. Com direção de Daniel Herz, o espetáculo “Pedro I”, que estreia dia 8 de setembro, às 17h30, no Paço Imperial, resgata a figura histórica para refletir sobre a eficácia do seu Governo, os atos impulsivos, o início da corrupção no Brasil e o machismo que sempre esteve presente em suas relações familiares. O texto de Daniel Herz, João Campany e Roberta Brisson mistura elementos históricos e fictícios para lançar ao público a pergunta: o legado do Primeiro Império é realmente positivo? O espetáculo tem apoio institucional do Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, através do Edital Retomada Cultural RJ2.

Criada na sala de ensaio, a dramaturgia busca repensar a história do país ao revisitar os acontecimentos que construíram a sociedade brasileira. O texto tem influências do teatro de Luigi Pirandello e Bertold Brecht ao buscar o conflito a partir da relação entre dois personagens: um artista do século 21 e o Chefe de Estado do século 19. Idealizador do projeto, o coautor e ator João Campany vive ambos os papéis, que se alternam a partir de um minucioso trabalho de voz e corpo. O artista também dá vida ao Dom Pedro I na série “Brasil Imperial”, disponível na Amazon Prime Video.

“A liberdade é diferente de independência. Dom Pedro proclamou a independência de um país em relação a outro, que o colonizava. Mas será que, com isso, ele realmente garantiu a liberdade das várias etnias que povoam o Brasil?”, questiona João Campany. “Ao fazer uma reflexão sobre esse período histórico, procuramos entender de onde vem muitas questões que se apresentam até hoje pra nós, como o racismo e a misoginia, por exemplo. A ideia de relembrar para não repetir os erros do passado se une à necessidade de lutar, diariamente, por uma sociedade mais igualitária”, completa a coautora Roberta Brisson.

João Campany e o diretor Daniel Herz. Foto: Patrick Gomes

O drama acompanha a tentativa delirante de Dom Pedro retomar o poder em 2022. No processo, ele enfrenta um artista que questiona os seus valores e sua conduta em relação ao trono. Porém, este embate não é fácil. Dom Pedro é autoritário e o ator não pretende permitir que seu corpo seja veículo para este governante de caráter e conduta duvidosas. Quem vencerá?

“A peça imagina esse encontro inusitado entre D. Pedro e um ator de hoje, no meio do caos em que a gente vive. Como esse ator vai lidar com os valores e ideias de um imperador tão explosivo, envolvido em tantas polêmicas e atitudes controversas?”, questiona o diretor Daniel Herz. “Fazemos uma provocação a partir de pensamentos tão diferentes, e levamos à cena reflexões para a construção de um Brasil melhor”, acrescenta.

Na equipe criativa, também estão Aurélio di Simoni (iluminação), A Cecília Cabral (direção de arte, cenário e figurinos), Ágatha Kreisler (ilustrações, edição e adereços) e Pedro Nêgo (trilha sonora original).

Sobre Daniel Herz

Daniel Herz é diretor, professor, ator e autor. Desde 1992 é o diretor artístico da Companhia Atores de Laura. Em sua trajetória de sucesso, dirigiu espetáculos como   “Geraldo Pereira, um escurinho brasileiro” (de Ricardo Hofstetter), “Otelo da Mangueira”, (de Gustavo Gasparani),  “Tom e Vinícius”, (de Daniela Pereira e Eucanaã), a ópera “Mozart e Salieri”, (de Rimsky-Korsakov) no Teatro Municipal, “Iolanta, a princesa de vidro,” a partir da obra de  Piotr Illich Tchaikovsky, “A importância de ser perfeito”, (de Oscar Wilde com adaptação de Leandro Soares), “A vida de Galileu” (de Bertold Brecht),  “Perdoa-me por me traíres” (de Nelson Rodrigues),  “Cálculo Ilógico” (de Jessica Menkel), “Isso que você chama de lugar”, texto de criação coletiva, da qual fez parte e “Nadistas e Tudistas” (adaptação de Renata Mizrahi), Entre os prêmios que recebeu, destacam-se, Prêmio Coca-Cola de Teatro Jovem na categoria melhor direção pelo espetáculo “Romeu e Isolda” , Prêmio Coca-Cola de Teatro Jovem nas categorias de melhor direção, melhor texto e melhor espetáculo por “Decote” , Prêmio Qualidade Brasil na categoria de melhor direção por “As artimanhas de Scapinon e Prêmio Orilaxé  de melhor direção pelo espetáculo “O filho eterno”, além de várias indicações ao Prêmio Shell e Prêmio APTR.

Sobre João Campany

João Campany é ator. Nascido na cidade de Niterói (RJ), em 1988. Tem 34 anos. Recebeu os Prêmios de Melhor Ator no 15º Festival Nova de Audiovisual (Fortaleza/CE) pelo filme “Alforria” e de Melhor ator Coadjuvante no 5º Festival Ver e Fazer Filmes do Pólo Audiovisual da Zona da Mata (Cataguases/MG) pelo filme “Lençol de Inverno”. No teatro, idealizou e produziu a peça “Sujeito a Reboque”. Dentre outros trabalhos, destaca-se o personagem Sebastian em “A Tempestade” (William Shakespeare), dirigido pelo Vik Silvallingam, da Globe Shakespeare de Londres, que estreou no CCBB do Rio de Janeiro e seguiu temporada no Parque Lage em 2016. Na TV, atuou na série “Sob Pressão” e participou das novelas “Amor de Mãe” e “Nos Tempos do Imperador”. Vive Dom Pedro I na série “Brasil Império” (Amazon Prime Video/Fundação Cesgranrio). No cinema, participou do longa “Carnaval” (Netflix/Camisa Listrada) e dos curta “Alforria” (dir. Bruno Rubim, 2015, MG) e “Lençol de Inverno (dir. Bruno Rubim, 2017, MG). É o ator protagonista do videoclipe “Tá com Dólar, Tá com Deus”, da banda Francisco, El Hombre.

FICHA TÉCNICA:

Texto: Daniel Herz, João Campany e Roberta Brisson

Direção: Daniel Herz

Atuação: João Campany

Cenário e figurinos: A Cecília Cabral

Iluminação: Aurélio di Simoni

Ilustrações, edição e adereços: Ágatha Kreisler

Trilha sonora original: Pedro Nêgo

Consultoria histórica: Flávia Campany

Assistente de direção: Roberta Brisson

Fotografia: Patrick Gomes

Filmagem: Thassilo Weber

Assessoria de Imprensa: Racca Comunicação (Rachel Almeida)

Produção executiva: João Campany e Eduarda Magluta

Assistência de produção: Daniel Paz

Direção de produção: Alina Lyra

Idealização: João Campany

Realização: Midiática e Alina Lyra Produz

SERVIÇO:

Pedro I

Temporada: De 08 de setembro a 01 de outubro de 2022

Centro Cultural do Patrimônio Paço Imperial / IPHAN: Praça XV de Novembro, 48, Centro – Rio de Janeiro

Telefone: (21) 2215-1784

Dias e horários: Quintas-feiras e sextas-feiras, às 17h30. Sábados e domingos, às 16h.

Ingressos: Gratuitos, com retirada de senhas

Lotação: 60 lugares.

Duração: 60 minutos

Classificação: 12 anos

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