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Resenha: Witch Hunt (Dragon Age)

Dois avisos são necessários antes de começarmos esta resenha: primeiro por ser uma continuação direta de Origins, ela conterá spoilers, e segundo, não nos utilizaremos de nosso formato usual de texto e notas já que o produto avaliado é apenas um DLC e não um jogo completo.

No dia 7 de Setembro de 2010, Dragon Age Origins finalmente chegou ao seu fim. Foram 10 meses de novos conteúdos que mantiveram o jogo fresco desde o seu lançamento em Novembro do ano passado. Alguns DLCs foram excelentes (Warden’s Keep), outros foram mais fracos (Golems of Amgarrak), mas todos foram capazes de despertar o interesse dos fãs para viver novas aventuras neste universo. Dragon Age foi um hit instantâneo que nem mesmo a Bioware esperava, ainda não chegamos ao primeiro aniversário do jogo, mas já podemos encontrar todo tipo de coisas sobre ele: dois romances, uma linha de jogos de RPG, uma expansão, action figures, roupas e todo o merchandising usualmente associado as grandes franquias. Sob qualquer aspecto que olharmos Dragon Age Origins foi um sucesso estrondoso. Será que o último conteúdo para download produzido para este jogo pode viver as expectativas de seus fãs?

Logo que Witch Hunt foi anunciado como o epílogo desta obra fantástica da Bioware muitos ficaram preocupados, já que o enredo seria focado no principal cliffhanger colocado aos jogadores no final do game. Quando a expansão Awakening saiu, todos pareceram aliviados que a Saga do filho de Morrigan ficaria guardada para a continuação, mas não foi exatamente isso o que aconteceu. Já sabemos que em Dragon Age 2 jogaremos com Hawke, um personagem que não é um Grey Warden e que a priori não tem tanta ligação com a história do primeiro jogo. Graças a tudo isso, Witch Hunt foi recebido com ceticismo pela comunidade de fãs e parece que eles realmente estavam certos.

Algum tempo depois dos eventos transcorridos em Origins e Awakening, nosso Grey Warden volta até a floresta de Kokari depois de ter notícias de que uma mulher havia voltado a rondar a área onde ficava a cabana de Flemeth, algo que só faz sentido na cronologia se ele não tiver se sacrificado no final, o que na maioria das vezes significa ter um filho com a Morrigan, ou seja, o DLC já começa com um ponto negativo ao não abraçar todos os finais do jogo.

Ao chegar na floresta ao lado de seu eterno companheiro canino (sim, ele voltou!) conhecemos uma Dalish Elf chamada Ariane, que também está procurando por Morrigan depois que a feiticeira roubou um livro sagrado para o seu povo. Você promete ajudá-la a recuperar o livro e partem juntos em uma busca pela sua antiga companheira. No caminho, em uma visita da Torre dos Magi, o Mestre em Lingüística Finn se reúne ao grupo.

Uma das coisas mais legais de Witch Hunt é, sem dúvidas, este pequeno grupo de companheiros criado para o DLC, a química entre eles é muito boa, principalmente a forma de interação entre Ariane e Finn, que lembra nossos dias ao lado de Morrigan e Alistair. Até mesmo o cachorro é alvo constate de comentários e piadas para a pequena party.

Infelizmente este DLC não apresenta cenários novos, mas ele não se limita a locais que acabaram se tornando batidos, como Denerim, trazendo um certo sopro de vitalidade mesmo ao usar lugares que conhecemos. O mais legal é que na grande maioria deles existem referências diretas a acontecimentos e personagens de Origins e de Awakenings, que são pequenos detalhes, mas que funcionam muito bem para os fãs do jogo.

O DLC não é muito grande, e deve durar aproximadamente duas horas, o que é muito pouco pelo preço que estamos pagando (no caso seis dólares), principalmente se considerarmos que é o mesmo preço que foi cobrado por Leliana’s Song, que tem pelo menos o dobro de duração. O justo teria sido manter o preço igual aos demais DLCs curtos de Dragon Age, que é de U$ 4,90.

O grande problema deste DLC (que aparenta ser o grande problema de Dragon Age Origins como um todo) são os bugs. Bioware, pelo amor de deus demita todos os seus beta-testers! Até hoje, 10 meses depois do lançamento, o jogo original e sua expansão são assoladas por problemas graves, o público principal do jogo, que foi inteligente e o comprou para PC tem a sorte de ter uma comunidade de mods que resolveu a maior parte deles, mas aqueles que compraram Origins para Xbox e PS3 acabam por ter uma experiência pior. E nenhuma falha poderia ser tão ruim quanto esta do DLC, basicamente o final do jogo, isto é, o encontro com Morrigan, está bugado.

A feiticeira, para um número incrivelmente grande de usuários incluindo eu, não reconhece as escolhas que você fez em Origins, alegando sempre que você recusou a sua oferta de fazer o Ritual Sombrio (sabemos que é um bug por que alguns já disseram o que acontece e como ela reage aos demais finais do jogo). Mesmo se levarmos em conta o final certo para seu personagem, a coisa toda ainda é um pouco frustrante (menos o final que aparece se você teve um romance com Morrigan) e parece que foi feita apenas para promover Dragon Age 2.

Desta forma só recomendo este DLC se você for muito fã do jogo original, do contrário eu esperaria mais alguns meses antes de baixá-lo, torcendo que a Bioware faça jus ao seu nome de excelente desenvolvedora e corrija este que é um dos piores bugs que eu já vi em um jogo de RPG.

Valor do Conteúdo adicional: 2.5/5
Enredo: 4.2/5
Fator Replay: 3/5
[xrr rating=3.2/5]
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