Star Wars: A Força está com J.J. Abrams – Ambrosia

Star Wars: A Força está com J.J. Abrams

Como eu queria ser J. J. Abrams… O diretor é um dos realizadores mais prolíferos e influentes do showbizz mundial. E isso muito antes dessa sua experiência, renovando a franquia Star Wars, com o excelente O Despertar da Força. Abrams é o que entendemos como artista completo: ele escreve, dirige, produz e cuida de todas as etapas de seus projetos audiovisuais. Ele também tem se metido na literatura, com um livro que mantém a mesma aura de intrincada construção narrativa que tanto o personaliza.

Sempre foi muito intrigante a forma com que molda a visualidade de seus trabalhos. O diretor pensa numa espécie de persuasão estética em sua obra. Por isso que de Lost a Star Trek há uma espécie de evolução (e manutenção) em seu tino imagético.

O Despertar da Força é a comprovação dessa habilidade em enaltecer uma mitologia sem sucumbir a ela. O filme cresce dentro de seus próprios estigmas (a meia hora final é deslumbrante, para não resumir em catártico), algo compreensível pelo lugar que a saga ocupa no ideário mundial, mas J.J. faz de sua trama uma colcha de analogias pop e se vale dessa prerrogativa para atualizar dentro de uma abordagem saudosista.

Os novos protagonistas – os britânicos John Boyega e Daisy Ridley – refletem esse preocupação: oferecem sustentação cênica e exalam carisma, fazendo a ponte entre o novo e velho. O que o filme tem de mais extraordinário é sua essência, sendo espertamente explorado pelo diretor.

No fundo, Star Wars é uma parábola sobre paternidade. Com boas doses de lirismo e tragicidade. A reinvenção de J. J. Abrams se impõe na dinâmica desses dois extremos. E resulta num verdadeiro filmaço. Mais uma vez o diretor demonstra propriedade sobre o cinema, conseguindo explora-lo pela suntuosidade (crível) do universo, pelo abordagem pop certeira e pela maneira que traz para seus filmes (e séries) a urgência do verbo entreter.

Como eu queria ser J. J. Abrams… Pois a Força está com vocês, mas quem está manipulando as emoções da multidão que vem assistindo o filme pelo globo, em pleno 2015, é muito mais poderoso.

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