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As Crônicas de Usagi: O Coelho Samurai (2022), uma animação infantil divertida, mas previsível

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Um coelhinho adolescente que aspira a ser um grande samurai e é descendente do lendário Miyamoto Usagi parte para a cidade grande com a espada de sua avó para se tornar um homem.

Lá ele não apenas luta contra yokai, demônios japoneses, mas também faz amizade com um grupo de lutadores que são um excelente adversário para ele.

Análise

Criada por Stan Sakai, Usagi Yojimbo é uma série de quadrinhos ambientada em Edo no Japão e povoada por animais antropomórficos.

O personagem principal Moyamoto Usagi é um espadachim coelho que viaja para enfrentar quaisquer desafios que surjam em seu caminho.

Embora o quadrinho tenha elementos fantásticos, também é profundamente inspirado na história japonesa e, apesar de seus personagens, o estilo é bem sério. Em vez de seguir os quadrinhos, a adaptação animada da Netflix Samurai Rabbit: The Usagi Chronicles segue um novo protagonista no futuro.

Concentrar-se em um descendente de Moyamoto Usagi dá à série mais espaço para explorar novas histórias, gênero e tom, entretanto o formato voltado para o público infantil, praticamente não tem nada em comum com o original, pode ser uma decepção para quem queria estórias iguais aos quadrinhos.

Em Samurai Rabbit: The Usagi Chronicles, o novo Usagi (Darren Barnet) está apenas começando sua jornada como um samurai. Embora tenha as habilidades técnicas necessárias para ser um mestre espadachim, ainda tem muito a aprender, e vai a cidade grande, Neo-Edo, onde acaba encontrando um grupo que se envolve na captura de espíritos mortais.

Uma versão scifi do mundo de Sakai, trazendo tecnologia avançada – juntamente com alguns aspectos sobrenaturais, e criando um mundo divertido para as crianças e caprichando fortemente no humor.

Em sua essência, Samurai Rabbit: The Usagi Chronicles é feito para um público mais jovem, então sua comédia pode parecer infantil. Embora isso possa atingir alguns espectadores, outros podem achar as piadas previsíveis e sem originalidade.

Na verdade, alguns dos diálogos podem ser facilmente adivinhados antes mesmo da piada terminar, e nos lembra o que era comum entre os desenhos animados do início dos anos 2000.

Essa abordagem retrô também pode ser creditada ao estilo de animação, pois o CGI faz com que parte da ação pareça mais lenta, enquanto as expressões não são tão emocionais quanto se esperava.

Há momentos em que a série corta para a arte 2D mais estilizada associada aos quadrinhos, e é um grande contraste entre como Usagi imagina como é ser um samurai e sua realidade.

Com um enredo corrido, a série apresenta seu personagens de maneira rápida, sem o desenvolvimento adequado e reviravoltas previsíveis, mas devemos lembrar que é uma série infantil, uma boa apresentação para os quadrinhos do coelho samurai.

Usagi é um protagonista muito tradicional, ao estilo do Po de Kung Fu Panda, embora não consiga passar algo revolucionário e sim os clichês de lições para os espectadores mais jovens

Samurai Rabbit: The Usagi Chronicles teve a chance de quebrar o molde com seu material de origem e uma arte em 2D que deveria ter sido mais utilizada, mas em vez disso, joga com personagens, humor e clichês do gênero de animação.

Espera-se que haja a chance de crescimento no futuro, especialmente considerando o cenário divertido e a liberdade do enredo original dos quadrinhos; no entanto, no momento, a série é lúdica, mas bem previsível.

Nota: Bom – 3 de 5 estrelas

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Por
Cadorno Teles -

Cearense de Amontada, um apaixonado pelo conhecimento, licenciado em Ciências Biológicas e em Física, Historiador de formação, idealizador da Biblioteca Canto do Piririguá. Membro do NALAP e do Conselho Editorial da Kawo Kabiyesile, mestre de RPG em vários sistemas, ler e assiste de tudo.

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