
Yann Arthus-Bertrand sempre foi fascinado pela natureza. Nasceu na França, no ano de 1946 e, aos 20 anos, mudou-se para o centro de seu país para gerir uma reserva natural. Aos 30 anos realizou uma viagem ao Quênia, na companhia de sua esposa. Em uma reserva chamada Masai Mara, onde desenvolvia uma pesquisa sobre o comportamento de leões, ele começou a utilizar a fotografia para ajudar na coleta de dados. O resultado dessa aventura foi seu primeiro livro, Lions, lançado em 1981.
Nessa mesma época, como piloto de balão, ele se maravilhou com o mundo visto do céu e começou seu trabalho com a fotografia aérea.
“O planeta é muito mais bonito do que eu imaginava. Desde que comecei a olhá-lo realmente, ele não parou de me surpreender por seu esplendor.”, diz Yann.
Ele descobriu que sua vocação não consistia apenas em registrar as maravilhas naturais da Terra. Vendo o planeta do alto, surgiu o desejo de mostrar ao mundo, através de seu trabalho fotográfico, a beleza de nosso planeta e os impactos que o homem lhe imprimiu.
Na década de 80, Yann se tornou fotógrafo de grandes reportagens trabalhando em renomadas revistas como National Geographic, Géo, Life, Paris Match e Figaro Magazine. Seu envolvimento com a fotografia, porém, ultrapassava o nível profissional e abarcava também sua vida pessoal com projetos que o levaram a fundar, em 1991, a Altitude, primeira agência de fotografia aérea do mundo.
Foi durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, ocorrida no Rio de Janeiro em 1992, mais conhecida como ECO 92, que o fotógrafo decidiu iniciar um grande projeto fotográfico para o ano 2000. Este projeto foi chamado de “A Terra vista do céu” e reuniu uma quantidade admirável de imagens sobre o mundo e seus habitantes de uma perspectiva pouco explorada até então. O livro tornou-se um sucesso internacional vendendo mais de 3 milhões de exemplares em todo o mundo. A exposição homônima foi levada a centenas de países e vista por cerca de 200 milhões de pessoas.
“Nos 20 anos que passei fotografando a Terra, eu a vi mudar. Pois o impacto do homem é visto do céu.”

Desde então, intensificou-se seu envolvimento com a causa ambiental. O fotógrafo decidiu criar a fundação Good Planet, uma organização não governamental e, através dela, vem promovendo a educação para a preservação do meio ambiente e ações contra à mudança climática e seus efeitos.
Atualmente, Yann Arthus-Bertrand é mais conhecido como ambientalista do que como fotógrafo. Em 2009, tal reconhecimento o levou a ser nomeado “Embaixador da Boa Vontade” do Programa das Nações Unidas pelo Meio Ambiente (PNUMA).
“Você não consegue passar anos voando pela Terra, ler diversos livros sobre desenvolvimento sustentável, e permanecer o mesmo. Você é, naturalmente, transformado com sérios questionamentos sobre nosso futuro em comum como habitantes deste planeta.”

“Meu comprometimento com a sustentabilidade surgiu a partir de meu campo de trabalho e de meus estudos sobre a Terra. Eu me tornei ciente de que minhas fotos eram úteis e que minhas convicções conferem a elas um valor adicional.”

“Com minhas fotografias e a Fundação Good Planet tento sensibilizar o maior número de pessoas sobre a importância do desenvolvimento sustentável. Espero que você, ao observar essas fotos, as mais fortes que tirei em 20 anos, deixe-se transformar pela beleza do mundo como eu fui transformado, e que também tenha o desejo de contribuir para a preservação do planeta.”
Em junho de 2009, Yann lançou o longa-metragem “HOME – Nosso planeta, nossa casa” que aborda a realidade atual do nosso planeta. O filme foi lançado simultaneamente na TV, na internet, em DVD e em cinemas em todo o mundo. Confira o trailer abaixo:
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=S1tYDhj0yI0[/youtube]
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