Crítica: A Espiã Que Sabia de Menos é um divertido veículo para Melissa McCarthy

Melissa Ann McCarthy é hoje um dos principais nomes da comédia americana. Natural do estado de Illinois, ela já despontava em séries de TV como Gilmore Girls e Mike & Molly, mas seu nome passou a atrair os holofotes no cinema a partir do filme Missão: Madrinha de Casamento. Desde então, Melissa passou a ser associada a papéis cômicos, um deles será o novo “Caça-Fantasmas”, em que a equipe será formada apenas por mulheres. Por enquanto a última produção do gênero estrelada por ela é “A Espiã Que Sabia de Menos” (Spy, EUA/2015), que estreia neste final de semana.

Melissa é Susan Cooper, uma funcionária de uma central de inteligência que monitora e orienta agentes secretos à distância. Quando um deles, que é também seu amigo, cai em uma emboscada diante de seus olhos, enquanto ela o monitora de seu computador, ela decide se voluntariar para uma missão secreta a fim de desbaratar um pesado esquema de tráfico de armamentos que pode desencadear uma crise global.

spy2Essa comédia despretensiosa já é a segunda do ano que tira sarro de filmes de espionagem, a primeira é a bem sucedida “Kingsman: Serviço Secreto”, porém o tom humorístico aqui se faz onipresente, enquanto naquele apenas pontuava algumas passagens. O filme é dirigido por Paul Feig, que também dirigiu Melissa em “Missão: Madrinha de Casamento” e “As Bem-Armadas” e ele mais uma vez se sai bem dirigindo uma mulher como protagonista de uma comédia, o que parece ser uma de suas marcas registradas. Feig, que também escreveu o roteiro, soube criar uma trama divertido, com piadas que em sua maioria funcionam bem, e cenas de ação que se situam entre o eletrizante e o hilário, sem perder, é claro, a veia satírica. Está tudo lá: a abertura à La 007, as armas, os carros, os vilões megalômanos. O personagem de Jude Law é um pastiche de James Bond e Jason Statham exerce sua até então pouco conhecida veia cômica, compondo um tipo bruto e ao mesmo tempo atrapalhado.

spy-1Melissa repete sua dobradinha com Feige de forma bastante alinhada, ela faz rir na maior parte do tempo, mas não consegue variar em relação a outras composições. O clássico tipo gordinha engraçada e um pouco grosseira e cheia de atitude pode até lhe cair bem, mas fica uma forte sensação de dèja vu para quem a viu em outras comédias.

Em suma, “A Espiã Que Sabia de Menos” é um passatempo ligeiro que cumpre exatamente com sua proposta. E é interessante ficar até o final da projeção para assistir, durante os créditos, às imagens de outras missões que a personagem assumiu posteriormente.

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