AcervoCríticasGames

Manusear um sabre de luz em Star Wars Jedi: Fallen Order é tão bom assim?

Compartilhe
Compartilhe

Os anos 2010 não foram muito bons para a franquia Star Wars quando se tratava de videogames. Com exceção da sempre inevitável saga LEGO, o último jogo de ação e aventura ambientado em “uma galáxia muito, muito distante” foi The Force Unleashed II (2010). E em meio à onda subsequente de títulos para celulares, máquinas de Pinball digitais e expansões para o MMORPG The Old Republic (2011), dois projetos da marca Star Wars foram responsáveis ​​por mudar decisivamente a relação entre os jogadores e a indústria. E não foi de uma forma positiva.

Star Wars Battlefront (2015) e Battlefront II (2017) decepcionaram por sua ausência de conteúdo e mesmo com as atualizações do segundo título, o escândalo das microtransações em jogos corroeu a fé dos fãs na Electronic Arts.

E os cancelamentos também não ajudaram de jogos da franquia. Mas o escândalo não foi de todo ruim, eliminou 90% da indústria de loot box e fez com que a EA entendesse que os fãs queriam uma nova experiência individual.

Na EA Play 2018, o estúdio Respawn Entertainment (Titanfall) anunciou que estava desenvolvendo um jogo de ação da franquia. E na Star Wars Celebration Chicago o estúdio revelou Jedi: Fallen Order.

Análise

Como nos mais recentes spin-offs de Star Wars, Jedi: Fallen Order continua a explorar o período entre A Vingança dos Sith (2005) e Uma Nova Esperança (1977). Assumimos o controle de Cal Kestis, um Padawan que sobreviveu à Ordem 66.

Depois de vários anos fugindo e se escondendo, a conexão de Cal com a Força enfraqueceu. No entanto, os Inquisidores acabam o encontrando. Felizmente, Cal é resgatado pela ex-Cavaleira Jedi Cere Junda e pelo capitão Greez Dritus.- para ajudá-los a encontrar um holocron que conteria as informações necessárias para reformar a Ordem Jedi. Na busca por este artefato, Cal tem que enfrentar seu passado para recuperar sua conexão com a Força enquanto explora seis planetas.

Um dos pontos fortes de Star Wars Jedi: Fallen Order é sua coerência lúdica-narrativa. Como mencionado, Cal recupera sua conexão com a Força conforme a aventura avança. Isso se reflete no desbloqueio de habilidades. Isso inclui a capacidade de empurrar e puxar objetos / inimigos. E além de usá-las em combate, essas habilidades o ajudam a explorar os diferentes planetas.

Graças a um design de nível baseado no gênero ‘metroidvania’, a aquisição de novas habilidades nos incentiva a ir aos planetas várias vezes. Já que o jogo não revela onde estão todos os seus itens colecionáveis há um incentivo constante para se aventurar e explorar as habilidades de Cal nesses locais. Claramente, a exploração é outra força do jogo.

Combate

Embora lembre Dark Souls, o sistema de combate com foco nos reflexos de bloqueio e sabre de luz não é perfeito. Ao contrário de Sekiro: Shadows Die Twice – em que os jogadores podem escapar impunes lutando contra vários inimigos, mesmo que não seja incentivado – em Star Wars Jedi: Fallen Order não é um jogo que fornece as ferramentas para lidar com vários inimigos ao mesmo tempo. Referimo-nos a essas lutas com dois ou mais inimigos especializados em combate corpo a corpo. Nada de Stormtroopers. Cal é incapaz de lidar com mais de um atacante, a menos que vá totalmente para a ofensiva.

Embora Cal tenha habilidades para atrair vários inimigos, é recomendável escolher um inimigo do grupo e manter o resto sob controle para eliminá-los um por um. Só assim, o sistema de combate brilha, as várias lutas contra chefes servem como prova disso. Apesar das deficiências acima mencionadas, habilidades desbloqueáveis ajudam a diversificar o combate.

Apesar do fato de que quase dois anos se passaram desde seu lançamento, Star Wars Jedi: Fallen Order ainda está infestado de bugs. Embora nunca interrompam a experiência de jogo, são detalhes tão frequentes que acabam diminuindo o impacto do que geralmente é um jogo bonito.

Jedi: Fallen Order não tira o foco de seu elenco principal. Sua narrativa não é o forte, e sim a exploração, a aquisição de habilidades e o seu nível de design. O que enriquece um sistema de combate que requer precisão e paciência. Uma ode aos filmes de George Lucas, emulando toda a estética e uma trilha sonora que lembra muito John Williams. E o jogo em si provar que a Força é mais poderosa em títulos de ação e aventura. E respondendo a pergunta do título, a sensação é divertida, mas ainda no console do Play5, o qual jogamos. E não podemos evitar, é fan-service mesmo …

Nota: Excelente – 4 de 5 estrelas

Compartilhe
Por
Cadorno Teles -

Cearense de Amontada, um apaixonado pelo conhecimento, licenciado em Ciências Biológicas e em Física, Historiador de formação, idealizador da Biblioteca Canto do Piririguá. Membro do NALAP e do Conselho Editorial da Kawo Kabiyesile, mestre de RPG em vários sistemas, ler e assiste de tudo.

1 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Sugeridos

“A Vingança de Cinderela” não se destaca na moda de contos de fada de terror

Nos anos 2010, espalhou-se uma tendência que pode ser vista até hoje...

Os Fantasmas Ainda Se Divertem se apoia em Michael Keaton para funcionar

Foram 36 anos de especulação sobre uma continuação de “Os Fantasmas Se...

Gakusei desu Let’s School

O reitor da nossa antiga escola vai sair de férias pelo mundo...

Coringa: Delírio a Dois é deprimente, monótono e arrastado

Nos anos 1970, Monty Python escreveu um esquete chamado Adventures of Ralph...

Coisas estranhas em Unusual Findings

Findings Ambientado em alguma cidade não tão próspera no interior dos Estados...

A força do espetáculo ‘Em nome da mãe’, de Suzana Nascimento

Dessa vez não será em nome do pai, do filho e do...

Crítica: Hellboy e o Homem Torto é tão terrível quanto parece

O gênero “trash” foi muito segmentado nos anos 80 com produções como...

Crônicas da cabeça a prémio em Skelethrone: The Chronicles of Ericona

Está bem, eu sei que tem público pra tudo e que uma...