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Review: Marvel’s Spider-Man 2 oferece a experiência definitiva do Homem-Aranha

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A franquia Homem-Aranha da Insomniac Game é um raro exemplo de videogame baseado em quadrinhos que conquistou unanimidade, alcançando amplo sucesso tanto crítica quanto financeiramente. De títulos como Vingadores e Guardiões da Galáxia, da Square Enix, a Gotham Knights, da WB Games, os fãs tiveram uma série de jogos AAA desanimadores. Felizmente o amigão da vizinhança veio para salvar o dia mais uma vez em Marvel’s Spider-Man 2.

A consistência da Insomniac em expandir seu próprio universo Marvel, com Marvel’s Spider-Man: Miles Morales sendo lançado apenas 2 anos após o primeiro jogo e Marvel’s Spider-Man 2 sendo lançado 3 anos depois, é realmente impressionante. Embora tenha havido uma consistência na estratégia de lançamento da Insomniac para jogos do Homem-Aranha, a espera de dois anos desde o anúncio do Homem-Aranha 2 em 2021 no PlayStation Showcase não poderia ter sido mais chocante para os fãs. Com os vilões Kraven, o Caçador e Venom como inimigos de – há muito esperados – para o Aranha enfrentar, os fãs podem festejar com as aventuras do Aranha numa aventura épica que supera expectativas.

Marvel’s Spider-Man 2 certamente apresenta uma aventura completa, com Peter Parker (Yuri Lowenthal) e Miles Morales (Nadji Jeter) recebendo grande oportunidade de brilhar e se desenvolver em seus próprios caminhos significativos, ainda que para não ficar somente em elogios, o game apresenta menos riscos e surpresas como em seu antecessor. Isso pois a Insomniac Games estabeleceu grandes riscos com o Homem-Aranha de PS4 em 2018, buscando desviar e inovar da conhecida adaptação dos quadrinhos para os games na época.

Marvel’s Spider-Man 2 começa com um Peter Parker que está no mais forte que já esteve com seus superpoderes e habilidades, refletindo a atitude do jogador ao entrar no jogo já ciente do que é preciso para jogar como o herói no mundo da Insomniac. Mas o que realmente mostra o crescimento de Peter nesta sequência é o seu acerto de contas com o que aconteceu com tia May no primeiro jogo, bem como sua amizade com Harry Osborn (Graham Phillips). Harry entra na história integrando-se perfeitamente à dinâmica Peter/MJ e até mesmo tendo um diálogo divertido e contínuo com Miles. O relacionamento de Peter e Harry parece incrivelmente genuíno graças às espetaculares performances de dublagem. O jogador imediatamente tem a sensação de que esses dois são amigos de longa data, apesar de não terem aparecido juntos na tela, o que facilmente mostra os altos e baixos que eles enfrentam juntos ao longo do jogo.

Quando se trata da história de Miles Morales, seu arco é muito satisfatório não apenas no contexto de Marvel’s Spider-Man 2, mas também com base no que ele aprende em seu próprio jogo. O lugar de Miles nesta sequência é a progressão perfeita. Miles finalmente chega a um lugar que não é tão diferente de como encontramos Peter no início do primeiro jogo. Fora Harry Osborn e nossos dois Aranhas, Mary Jane Watson (Laura Bailey) também é desenvolvida com um rico arco de personagens. Em Marvel’s Spider-Man 2, MJ recebe mais arbítrio e pode ter sua própria luta pessoal que vem à tona. Com razão, seu arco nem sempre está particularmente ligado ao que Peter Parker está passando.

A história se desenvolve como num grande arco dos quadrinhos levando MJ e Peter a uma encruzilhada ligada ao simbionte, que por questão de spoilers, vale a pena deixar para os jogadores desvendarem. No entanto, a transição de Peter com o simbionte é realmente emocionante de acompanhar. Isso inclui testemunhar os acertos de contas entre os personagens com Peter influenciado pela negatividade do simbionte – neste sentido o game poderia dado mais tempo para que a história de Peter com o simbionte fosse aproveitada, pois também a história não desbravaas consequências ou impacto de Peter usar o simbionte.

Kraven, o Caçador (Jim Pirri) fica mais interessante como antagonista à medida que as peças do quebra-cabeça da história se juntam. Em vez de tentar fazer com que o jogador simpatize com ele, ele recebe motivações cruéis que o tornam um inimigo feroz. Mas a história de Kraven encontra um problema semelhante ao do simbionte, onde o ritmo simplesmente não permite tempo suficiente para que ele tenha o impacto que deveria. Aí temos Venom (Tony Todd), que chega como a ameaça mais perigosa do jogo. Embora suas motivações acabem sendo bastante básicas em comparação com os vilões anteriores do Aranha, o que falta em motivação a Venom é compensado com sua formidável presença emocional com ambos os Homens-Aranha.

Debates em torno de qual jogo do Homem-Aranha é melhor em termos de história certamente ocorrerão. No entanto, não há dúvida de que Marvel’s Spider-Man 2 é o verdadeiro sucessor em praticamente todos os aspectos quando se trata de jogabilidade. Desde a sequência de abertura, alternando entre os dois Homens-Aranha em uma luta emocionante por quase toda Nova York, os jogadores são levados a uma ação épica com diversos novos aspectos que o tornam uma das melhores experiências de anos recentes. Novas habilidades, como Web Wings, mergulham totalmente o jogador na experiência aprimorada do Spidey, onde as opções para atravessar Nova York são aumentadas e ganham vida nova. A própria cidade de Nova York foi renovada desde os dois últimos jogos. Embora o mapa tenha sido expandido de maneiras realmente divertidas, o mais surpreendente é o quão diferentes os elementos de Nova York dos jogos anteriores são quando comparados a esta última edição. Nova York em Marvel’s Spider-Man 2, sem exagero, aparece como um mapa gerado completamente novo para explorar, onde os distritos existentes têm todos os aspectos para se destacar como únicos, e permitem aos jogadores se envolverem em vários swings.

O que também é melhor nesta cidade de Nova York para o Homem-Aranha 2 são as missões secundárias. Marvel’s Spider-Man 2 apresenta aos jogadores uma gama mais ampla de missões secundárias, bem como aquelas que não são nada repetitivas. Ambos os Homens-Aranha têm opções suficientes que quase compõem suas próprias mini-histórias de DLC dentro do jogo base. Nunca antes um videogame de quadrinhos teve um mundo aberto tão interessante e talvez a maior força de Homem-Aranha 2 seja jogar no mundo aberto.

Marvel’s Spider-Man 2 apresenta pequenos problemas no ritmo da história, que oferece uma experiência de jogo tão envolvente que deixa a narrativa carregada, ainda assim como mencionado o mundo aberto é repleto de emocionantes missões secundárias que deixarão os jogadores engajados por horas a fio. Marvel’s Spider-Man 2 promete a melhor experiência de game de super-heróis em muitos anos, e será difícil ver qualquer outro desenvolvedor chegar perto da glória desta aventura.

Vale lembrar, o game é exclusivo para PlayStation 5.

Marvel’s Spider-Man 2

Marvel’s Spider-Man 2
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Spike Lamen -

“Man cannot do without beauty, and this is what our era pretends to want to disregard.” — Albert Camus

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