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"Sex Education": Iguaria teen inglesa da melhor qualidade

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É muito impressionante como séries britânicas conseguem ter um nível acima da média em quase todos os seus nichos. A probabilidade de serem ruins é muito menor que as americanas por exemplo, ainda que esse cálculo seja complexo, já que o mercado televisivo dos EUA é muito maior e mais prolífero. Tudo isso para dizer que Sex Education, iguaria inglesa teen da Netflix, mesmo dentro da cartilha “Sessão da Tarde” anos 80/90, é muito, muito boa. E mais: tem o melhor personagem do ano: Eric.

Otis (Asa Butterfield) é filho da sexóloga Jean (Gillian Anderson, sim de Arquivo X), terapeuta sexual, e apesar de ser virgem, ele entende muito de técnicas sexuais. Até que conhece Maeve (Emma Mackey) , outsider da escola e, partindo de uma sacação dela, passa a atender alunos com questões sexuais em troca de grana. Além disso, Otis tem como melhor amigo Eric (Ncuti Gatwa, excepcional), assumidamente homossexual, negro, e deliciosamente excêntrico. Ele é perseguido na escola por Adam (Connor Swindells), um valentão criado em um lar conservador, e sérios problemas sexuais.

Sim, a princípio é uma daquelas histórias colegiais que você assiste desde sempre, mas a forma como os clichês são manejados na narrativa, torna a série divertidamente original. O trio de protagonistas é sensacional, e Eric, o amigo gay, merecia uma série só para ele, sobretudo pela habilidade dramática da construção de seu papel, fugindo da pecha simplista de alívio cômico obrigatório.

O roteiro se desenvolve nas questões sexuais dos alunos abordados de maneira pueril pelo trio, sobretudo Otis que acaba revelando mas de si, através de sua alardeada habilidade. Tudo com leveza e um humor requintado, ainda que muito coerente com o universo teen que faz parte. Há na série uma espécie de atemporalidade que dá um charme interessante a tudo. Sabemos que é uma história atual, mas com ressonâncias (direção de arte, tom…) oitentistas. Sex Education é mais que um alívio cômico, mas sim um legítimo produto britânico que não menospreza a faixa etária ou o gênero de seu público alvo.

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