“Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa”: as mulheres ensinando a DC a sorrir…

Pelo jeito, o poder da DC está mesmo nas mãos das mulheres. Após a bem compreendida noção de entretimento e o acontecimento Pop que foi a Mulher Maravilha de Gal Gadot, Margot Robbie expande a alcunha no divertidíssimo Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa, um exemplar bem potente de quando o cinema compreende a dinâmica do quadrinho, sem perder sua essência cinematográfica.

O curioso é que o filme seja um projeto da protagonista, que inclusive co-produz com sua produtora, tendo esperado cinco anos para ver o resultado nos cinemas. Após Esquadrão Suicida, em que sua Arlequina talvez tenha sido a única unanimidade, a atriz escalou a diretora Cathy Yan e foi dando forma a um outro esquadrão mais representativo e coeso com as ideias progressistas que tinha em mente.

"Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa": as mulheres ensinando a DC a sorrir... – Ambrosia

O roteiro parte da premissa de seu título, onde a protagonista vai estabelecendo relações com cada uma das integrantes de seu bando: Canário Negro (Jurnee Smollet-Bell), Caçadora (Mary Elizabeth Winstead) e Renee Montoya (Rosie Perez), através flashbacks e voice-overs. O grupo acaba se azeitando para proteger a jovem Cassandra (Ella Jay Basco) das mãos do vilão Máscara Negra (um Ewan McGregor se divertindo no papel).

O tom impresso por Yan é quase cartunesco e totalmente divertido, com ótimas sacadas sobre o próprio universo, e consequentemente o fato de Arlequina se empoderar sobre sua relação com Coringa, numa narrativa tão eletrizante quanto o timing certeiro que Margot imprime na tela.

"Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa": as mulheres ensinando a DC a sorrir... – Ambrosia

A história, apesar de sólida, é superficial, sobretudo com o desenvolvimento e até a justificativa de suas coadjuvantes. O fator sobrenatural de Canário Negro por exemplo, não é explicado. Quase que como se derrapasse na contextualização do título “Aves de Rapina”, mas mantendo-se linear basicamente na parte “Arlequina”. Uma observação que não fará diferença para seu entretenimento, já que o filme é isso: diversão. E no contexto clownesco que a personagem é criada, não se levar a sério é seu maior mérito. As mulheres estão sabendo fazer a DC até rir de si mesma…

"Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa": as mulheres ensinando a DC a sorrir... – Ambrosia

Cotação: Excelente (4 de 5 estrelas)

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