Envolta em alguma dose de mistério e muito impulso do marketing “baseado numa propriedade/história real“, A Maldição da Casa Winchester é inspirada na história da casa homônima que realmente existe na cidade de San Jose, perto de São Francisco. Uma grandiloquente mansão vitoriana, construída por décadas, com mais de 150 quartos de propriedade de Sarah Winchester, herdeira de um conglomerado industrial de armas de fogo, milionária (era começo do século passado, na efervescência das guerras) e que teria bancado a residência para isolar os espíritos que a perseguia.
O filme pega essa história e acompanha o Dr Eric Price (Jason Clarke), que é contratado para avaliar a sanidade mental de Sarah (Helen Mirren), já que continua a frente das empresas. Ela, acreditando veementemente que está sendo assombrada, fica derrubando e construindo cômodos no intuito de neutralizar esses espíritos. Quando ele chega no local, percebe que realmente alguma coisa não está certa nem com a casa, nem com a dona.
Dirigido pelos irmãos Spierig, que ano passado também comandaram mais um derivativo Jogos Mortais, o filme abusa do clichê mais descarado do gênero, com sustos histéricos e gratuitos como forma de reforçar a narrativa, e num contexto de um filme assim, isso é um pecado sem volta, já que o espectador perde o interesse fácil, fácil em acompanhar.
Para piorar, o roteiro é burocrático e não consegue ser mais do que um arremedo de seu plot supostamente real. A gente fica se perguntando o motivo que fez Helen aceitar uma bomba dessas. Talvez deva ter confundindo o roteiro com uma comédia. Involuntária. Britânicos têm um humor muito particular mesmo…
Filme: A Maldição da Casa Winchester (Winchester)
Direção: Irmãos Spierig
Elenco: Helen Mirren, Jason Clark, Sarah Snook
Gênero: Terror/Biografia
País: EUA/Austrália
Ano de produção: 2018
Distribuidora: Paris Filmes
Duração: 1h40
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