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“Maze Runner: Prova de Fogo” é melhor que seu estigma de distopia teen

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O universo distópico virou tanto a bola da vez que está quase virando um gênero na seara de blockbuster norte americana. Mas se a mais badaladas delas, Jogos Vorazes, foi se dissolvendo ao longo dos três filmes (o último filme não escondia o próprio desgaste, mesmo sendo apenas a primeira parte do fim da “trilogia”), e Divergente pareceu ter menos história do que deveria em sua primeira continuação. Maze Runner, foi de “patinho feio” à surpresa da temporada em seu lançamento, com uma história vertiginosa e redondinha que abordava o tema de forma espertamente elementar.

Diferente dos exemplos citados, Maze Runner – Prova de Fogo, segunda parte da trilogia inspirada na série literária de ficção científica escrita por James Dashner, é muito boa e até melhor que a produção do ano passado. Ainda sob o comando de Wes Ball a trama avança na dinâmica de uma justificativa de sua distopia.

Os jovens, antes aprisionados em uma pequena clareira, agora se deparam com um mundo totalmente diferente do que haviam encarado. A superfície da Terra  foi totalmente devastada por erupções solares e um vírus chamado Fulgor se espalha criando criaturas zumbis, porem o desafio de Thomas (Dylan O’brien), Tereza (Kaya Scodelario) e cia, é mais uma vez fugir das garras da C.R.U.E.L. para tentar se refugiar em uma organização conhecida como O Braço Direito, uma antítese da C.R.U.EL.. Para isso terão que enfrentar um deserto cheio de cranks, além de reviravoltas e perdas dentro do próprio grupo.

O roteiro de T.S.Nowlin (diferente do primeiro que passou por três roteiristas diferentes, sendo finalizado pelo próprio Nowlin) leva o título as últimas consequências e a história revela-se quase um “Mad Max” de incessante perseguição. Mas ainda assim, isso nunca se banaliza. Muito pelo contrário. Acompanhamos o amadurecimento dos personagens diante dos extremos as quais vão passando. E essa curva dramática acaba gerando uma das melhores viradas de um roteiro cheio de pequenas viradas, numa cena muito bem dirigida envolvendo Thomas e Tereza, quase no final.

O único senão que incomoda no todo é a duração excessiva (o filme poderia ter uns vinte minutos a menos e tem, pelo menos, três possibilidades de boa conclusão em sua meia hora final). Mas para além disso, Maze Runner – Prova de Fogo é um divertimento dos mais eficientes e pulsantes, e que espanta a falta ou excesso de pretensão dos similares teens do momento.

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