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Nove fatos sobre Chacrinha – O Velho Guerreiro

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O filme “Chacrinha – O Velho Guerreiro”, que está em cartaz em grande circuito desde o dia 8 de novembro, traz os momentos e elementos cruciais da trajetória de Abelardo Barbosa, o maior comunicador da mídia brasileira. Falecido em 1988, até hoje recebe várias homenagens (o longa uma delas) e sem dúvida é uma das figuras mais imitadas do Brasil. Reunimos aqui alguns pontos abordados pela produção. Confira abaixo.

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“Chacrinha, O Musical” foi estrelado por Stepan Nercessian estreou em 2014 no Teatro João Caetano no Rio de Janeiro e foi um grande sucesso de audiência e crítica. Sua personificação de Chacrinha o levou a gravar um especial para a Globo e, consequentemente, retornar ao papel nessa cinebiografia. Foi a estreia de Andrucha Waddington (que também assina o longa) na direção teatral. Em 2007 houve um espetáculo contando a vida do Velho Guerreiro, “CHACRINHA”, com direção de Eduardo Mansur e Luciano Pullig no papel de Chacrinha. O conceito também era contar a biografia e emular o auditório do programa. No cinema, foi lançado o documentário “Alô, Alô, Terezinha!”, de Nelson Hoineff, em 2009.

A era do rádio

O filme mostra o ainda jovem Abelardo (nessa fase interpretado por Eduardo Sterblitch) embarcando como músico no navio Bagé rumo à Alemanha em 1939. No entanto, justamente naquele dia estourou a Segunda Guerra Mundial, o que o fez desembarcar na então capital federal, o Rio de Janeiro onde decidiu ficar para ir atrás do sonho de ingressar no meio artístico. O início do sucesso, foi o emprego que conseguiu como locutor na Rádio Clube de Niterói, onde surgiu o personagem Chacrinha. É que a Rádio funcionava numa pequena chácara – uma chacrinha – no bairro de Icaraí.

Chacretes

As dançarinas são uma lembrança indelével do programa. Várias fizeram história, mas a única que surge com nome no longa é a mais famosa, Rita Cadillac, até hoje em evidência na mídia. Mas vale observar que a chacrete ingressou no programa em 1974 aos 20 anos de idade. Já no filme a vemos no logo no início da década de 70 e é interpretada por Karen Junqueira, que tem 35. Também podemos identificar, embora seu nome não seja mencionado, a Índia Potira.

Russo

O icônico ajudante de palco de Chacrinha era tão espalhafatoso quanto o dono do programa. Era conhecido tanto por suas caracterizações quanto pela (não há como amenizar aqui) feiura. O nome não é mencionado, mas quem estiver atento o notará em cena no auditório.

As atrações

As atrações musicais, entre famosos e calouros, eram a grande atração do programa e vários marcavam presença constante. Roberto Carlos é interpretado por seu cover oficial Raul Nazário. A cantora Daúde faz uma aparição como Miriam Makeba. ‘Pata Pata’, hit da africana que estourou em 1967, ganhou uma versão de Daúde 30 anos depois. Mas quem ganha destaque na trama é Clara Nunes, vivida por Laila Garin. Há ainda participações de Criolo no papel de um calouro que canta ‘Eu Vou Tirar Você Desse Lugar’, de Odair José, e Luan Santana interpretando ‘Apenas Um Rapaz Latino-Americano’, de Belchior.

Clara Nunes

Houve um forte boato de que Chacrinha e Clara Nunes tiveram um caso. Isso nunca foi confirmado, embora muitos nos bastidores chegassem a afirmar. Os dois obviamente negavam (Chacrinha era casado há anos). O filme não chega a colocar o fato como verdade mas insinua bastante. A licença poética fica por conta da influência do apresentador para a mudança de estilo de Clara, que abandonou o bolero para aderir ao samba.

Saída da Rede Globo

O filme atribui a saída de Chacrinha da Globo em 1972 ao episódio em que levou uma mãe de santo, que a princípio iria ao programa de Flávio Cavalcante da Tupi, para receber uma entidade ao vivo, o que irritou Boni profundamente. Na verdade a saída se deu por causa das constantes estouradas no tempo que Chacrinha fazia propositalmente para prejudicar o concorrente. Na última, o Velho Guerreiro esticou o programa de tal forma que prejudicou a pontual grade da Globo. Depois de se desentender com Boni, Chacrinha pediu as contas. Há quem diga que a emissora já pensava em se livrar do apresentador para não ter problema com o vigente governo militar, que o considerava subversivo.

Censura

Chacrinha de fato era perseguido pela censura, que tinha como maior reclamação a roupa das chacretes. Para ilustrar o filme coloca o episódio em que ele diz um palavrão para a censora que acompanhava o programa em 1980, então na Bandeirantes. Isso o levou à sede da Polícia Federal no Rio, onde depôs por cinco horas.

Excursões e teatro de revista

No final dos anos 1970, Chacrinha passava por um período de vacas magras. Para driblar a situação, fazia shows itinerantes pelo interior do Brasil. Mas a saúde já abalada pelo tabagismo o fez para com as turnês, e ele passou a fazer shows de teatro de revista em boates, com piadas de baixo calão e apelo erótico das dançarinas. O apresentador retornaria à Rede Globo em 1982, onde ficaria até o falecimento em 1988.

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