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O toque de autor na simplicidade de “O Festival do Amor”

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Em seu 49° filme e ainda “cancelado” em seu próprio país, Woody Allen segue firme na produtividade de sua obra, agora, com seus filmes “europeus”, ainda que na forma e não necessariamente no conceito, esse sim, seu grande valor de identidade.

Em O Festival do Amor (título brasileiro tacanho para o original “Rifkin’s Festival”), o alter ego do diretor da vez é o ator Wallace Shawn, que dá vida a Mort Rifkin, acadêmico de cinema, que acompanha a esposa Sue (Gina Gershon) no famoso Festival de Cinema de San Sebastián, na Espanha.

Ela é publisher e acompanha o principal astro do evento (um galante Louis Garrel), e Rifkin desconfia que essa relação pode estar indo além do profissional. Hipocondríaco, ele acaba conhecendo uma médica local e estabelece uma paixão platônica. Tudo sob um clima nostálgico das memórias cinematográficas do protagonista.

Podemos dizer que temos aqui mais uma daquelas comédias com pitadas de observações um tanto cômicas, um quanto filosóficas sobre relacionamento que Allen tanto sabe fazer. Não importa muito que não esteja no cenário de costume dele – até porque seu melhor filme dos últimos anos (“Match Point”) é feito em Londres – para além das piadas sobre choque cultural.

O grande traço do grande autor que Allen é aparece quando, dentro do que ele sempre volta a fazer, acrescenta ícones de suas referências cinematográficas clássicas como ponto de ligação (ou só digressão mesmo) para o traçado sentimental de Rifkin. Assim, a história ganha um sabor irresistível para os cinéfilos, e no mínimo, divertido, para os espectadores acidentais.

Nota: Ótimo – 3.5 de 5 estrelas

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