No final de 2014 e início de 2015 praticamente todas as listas de filmes mais esperados para o corrente ano eram encabeçadas por Vingadores: Era de Ultron e Star Wars: O Despertar da Força. O primeiro já está em cartaz, o segundo chega no final do ano. Até lá ainda teremos a continuação de Jurassic Park, Jurassic World: Mundo dos Dinossauros, o quinto “Exterminador do Futuro”, a quinta aventura de Ethan Hunt em Missão Impossível, a última parte de Jogos Vorazes, fora o novo Mad Max, que também já entrou no circuito.
É delicioso ansiarmos, contar os minutos para um filme evento que está por vir, mas por outro lado, a expectativa pode ser tão grande que dificilmente o filme a corresponderá. Já estamos condicionados a gostar da obra, e, mesmo cinéfilos mais treinados e nós jornalistas da área, vamos lá no fundo com aquela esperança um tanto ingênua de que aquele será o filme de nossas vidas. Com isso, mesmo se o filme for muito bom, fica sempre aquele gostinho de “eu esperava mais”. Haja vistas as nem tão animadoras críticas de Vingadores publicadas em vários veículos, inclusive aqui. Porém, quando um filme que não era assim tão esperado nos agrada e surpreende, é sublime. Temos como exemplo “Guardiões da Galáxia”, “Gravidade”, “Círculo de Fogo”.
Resolvemos então listar aqui as superproduções de 2015 que não estão entre as mais esperadas, mas podem estampar um largo sorriso em seu rosto, nem que seja só pelo fato de não serem remakes, reboots ou continuações.
Tomorrowland – Um Lugar Onde Nada É Impossível (Tomorrowland)
Assim como “Piratas do Caribe”,“Tomorrowland” é uma “adaptação” de um brinquedo dos parques da Disney. Mau sinal? Talvez não. O trailer dá a entender que se tratará de uma aventura ingênua e divertida como Jumanji, e tem tudo para funcionar.
Na trama, um cientista desiludido e uma adolescente otimista embarcam em uma missão repleta de perigos para desvendar os segredos de um local enigmático em algum lugar no tempo e no espaço.
Os nomes de Brad Bird (de “Os Incríveis”, “O Gigante de Ferro” e “Ratatouille”) e Damon Lindelof (o escritor e cocriador da série “Lost”) no roteiro alimentam bastante nossas esperanças. Brid também assina a direção. O filme estreia em 4 de junho
Divertida Mente (Inside Out)
Depois de um período negro de continuações e roteiros preguiçosos, parece que veremos em “Divertida Mente” a volta da Pixar aos velhos tempos dos roteiros inventivos e dos personagens não convencionais que nos cativavam. Quem já conferiu adorou, e a animação foi ovacionada de pé pelo público presente em sua exibição no Festival de Cannes deste ano.
Dirigido por Pete Docter de “Monstros S.A” e do maravilhoso “UP: Altas Aventuras”, “Divertida Mente” é sobre uma garota divertida de 11 anos de idade, que deve enfrentar mudanças importantes em sua vida quando sua família decide ir para outro estado. Dentro do cérebro da menina convivem várias emoções diferentes personificadas, como a Alegria, o Medo, a Raiva, o Nojinho e a Tristeza.
O filme estreia em 18 de junho.
Homem-Formiga (Ant-Man)
É um filme bastante esperado pelos profundos conhecedores do universo Marvel, mas o público em geral ainda não aderiu, até por se tratar de um personagem que, apesar de ser membro fundador dos Vingadores, não tem muita popularidade hoje. Tem tudo para ser o “Guardiões da Galáxia de 2015”.
Na trama, o vigarista Scott Lang (Paul Rudd), dotado com a incrível capacidade de diminuir em escala mas crescer em força, precisa assumir o lado heróico e ajudar seu mentor, Dr. Hank Pym (Michael Douglas), a proteger os segredos por trás do espetacular traje do Homem-Formiga de uma nova geração de ameaças. O filme tem estreia prevista para 16 de julho
Pixels
É a volta de Chris Columbus à direção. Sua carreira se tornou um pouco irregular nos últimos anos, mas ele foi o responsável por pipocas deliciosas como a irresistível sessão da tarde oitentista “Uma Noite de Aventuras”, filmes família divertidíssimos dos anos 90 como“Uma Babá Quase Perfeita” e “Esqueceram de Mim”, sem contar que ele assinou o roteiro de clássicos da era ploc como “Gremlins” e “Goonies”. Nos anos 2000 foi o diretor que deu início à série Harry Potter nos cinemas, dirigindo “Harry Potter e a Pedra Filosofal” e “Harry Potter e a Câmara Secreta”.
O mote pelo menos é muito bom: uma cápsula do tempo foi enviada ao espaço em 1982 com demonstrações da cultura terráquea para as formas de vida alienígena. No entanto, a sessão dos videogames foi interpretada pelos ETs como uma declaração de guerra e eles invadem a Terra na forma de ícones dos jogos eletrônicos como Pac Man, Donkey Kong e Space Invaders.
Para combatê-los, são convocados campeões de videogame veteranos como Sam Brenner (Adam Sandler) e Eddie Plant (Peter Dinklage). No roteiro estão Tim Herlihy, ex-roteirista do Saturday Night Live e Timothy Dowling, criador do curta “George Lucas In Love”. A previsão de estreia é para 23 de julho
A Travessia (The Walk)
É o retorno de Robert Zemeckis, diretor de “De Volta para o Futuro” e “Forrest Gump”, cujo último filme foi “O Voo”, de 2012. O filme conta a história do equilibrista Philippe Petit, vivido por Joseph Gordon-Levitt, famoso por ter atravessado as Torres Gêmeas usando apenas um cabo em uma performance ilegal em 7 de agosto de 1974 que ganhou destaque no mundo inteiro.
O caso já foi tema do premiado documentário “O Equilibrista”, vencedor do Oscar na categoria em 2009. Para esta versão romanceada do feito de Petit, Zemeckis usou mesmas técnicas de 3D e IMAX utilizadas por Alfonso Cuarón em “Gravidade” para dar efeito de profundidade às cenas. O filme tem estreia prevista para 8 de outubro
A Colina Escarlate (Crimson Peak)
É o novo filme de Guillermo del Toro, que nunca nos decepciona.
Na trama, a escritora Edith Cushing (Mia Wasikowska) apaixonada pelo misterioso Sir Thomas Sharpe (Tom Hiddleston), muda-se para sua sombria mansão no alto de uma colina. Habitada também por sua fria cunhada Lucille Sharpe (Jessica Chastain), a casa tem uma história macabra e a forte presença de seres de outro mundo causa distúrbios à sanidade de Edith. Estreia prevista para 26 de novembro.
O Bom Dinossauro (The Good Dinossaur)
A adiada animação da Pixar mostra uma realidade alternativa em que não houve a colisão do gigantesco meteoro com a Terra na pré-história e os dinossauros continuaram dominando o planeta. Nesse contexto se dá a amizade entre o dinossauro adolescente Arlo e um menino humano.
O estilo de animação é interessante, com um traço que lembra os desenhos rupestres feitos pelos homens pré-históricos nas cavernas. A estreia no Brasil está prevista para 7 de janeiro.
Comente!