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Bitscópio: Final Fantasy VIII

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Vamos chegando ao fim desta minissérie de reportagens sobre os melhores jogos da franquia Final Fantasy com sua oitava edição, considerada por alguns como o episódio que reinventou a série, introduzindo novos elementos gráficos que, apesar das melhorias óbvias neste quesito que os anos nos trouxeram, são ainda muito utilizados.

A primeira coisa que se pode notar é a abertura do jogo. São 3 minutos de animação computadorizada, com personagens renderizados em alta qualidade e em proporções mais realistas que qualquer jogo da franquia até então. Este uso de proporções reais foi empregada ainda nos avatares do jogo. A abertura e alguns minutos do game podem ser assistidos abaixo:

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=nOBIia5_MNE[/youtube]

A equipe de desenvolvimento ainda estava nas mãos de Hironubo Sakaguchi, enquanto Yoshinori Kitase dirigiu e Tetsuya Nomura foi o designer de personagens e diretor visual das batalhas. A trilha foi feita por Nobuo Uematsu, que pela primeira vez teve uma música tema, chamada Eyes on Me“.

Usando o conhecimento das capacidades do PS1, Nomura e Kitase resolveram criar personagens mais realistas, como os dos seriados japoneses da época. Pela primeira vez na franquia, a história de amor que sempre acontecia nos bastidores se tornou primária e as motivações dos personagens sempre circulavam a sua volta.

A História

Conhecemos Squal Leonhart, um jovem estudante que está prestes a se formar na academia. No dia se sua formatura, ele é chamado pelo estado de Dollet para se juntar ao exército que está se defendendo de uma força invasora. Junto dele vão Sophie e Zell para se juntar ao SeeD, uma elite de combate mercenária. A partir daí seu grupo faz algumas missões até chegar ao ponto em que se unem a Rinoa e seus rebeldes. Mais para frente, seu grupo se une a Irvine, um atirador que pretende matar Edea.

Quando o plano não dá certo, toda uma multiplicidade de possibilidades se abre e tudo que se poderia imaginar no primeiro contato com o jogo acaba se tornando muito maior e diferente do esperado. Nesse contexto, encontramos a vilã do jogo, Ultimecia, uma feiticeira do futuro que pretende unir o passado com sua época através da manipulação do próprio tempo, criando todo o caos que vemos no jogo.

Jogabilidade

Uma das grandes mudanças referentes aos outros jogos da série foi a troca do sistema de lutas do ATB para o Junction. Neste sistema de lutas e personalização, cada uma das Guardian Forces adquiridas poderia ser relegada a um dos atributos dos personagens, ligando-os. Guardian Forces na verdade eram os Summons do jogo, e cada vez que eram derrotados, poderiam ser ligados a um personagem, permitindo a ele usar poderes especiais como as magias de gelo de Shiva ou chamá-la para soltar os já famosos golpes de 5 minutos dos GF.

O bom do sistema de Junction é que praticamente poderia se ter de tudo um pouco nos personagens, personalizando cada um de uma forma específica, criando situações muito diferentes de um jogo para o outro e, ao mesmo tempo, obrigando os jogadores a prestarem atenção no que estavam fazendo.

As batalhas ainda usam o ATB, mas havia a necessidade de usar uma skill chamada Draw para adquirir pontos a serem usados como magias ou até mesmo para aprender outras, copiando-se basicamente o adversário. Os Limit Breaks ocorriam ao acaso, muito semelhante ao Desperation Moves do FF VI. Algumas habilidades aumentavam a chance do LB acontecer, bem como outras as diminuiam.

A Vilã

Ultimecia é uma feiticeira que resolve comprimir o tempo em apenas um momento, destruindo toda a vida exceto a dela. Para evitar este fim, Squall e seu grupo conseguem invadir a “Compressão do Tempo” e vão confrontar Ultimecia em sua época. Disto surge uma longa batalha envolvendo não só ela, mas seu GF de estimação que, quando derrotado, se une a ela em uma forma final demoníaca e muito difícil de matar.

Trilha Sonora

A trilha de Nobuo Uematsu é novamente um dos destaques do jogo. Logo na abertura damos de cara com Liberi Fatali. Uma obra que incorpora ao já famoso orquestramento um coral cantando letras em latim. Marcante até hoje em todos os amantes da série que creditam a esta música parte do tom épico sentido no decorrer da abertura e do restante do jogo até a luta final com Ultimecia.

Ainda, a música Eyes on Me“, cantada por Faye Wong, se tornou um single e vendeu só no Japão mais de 400 mil cópias. Até hoje as apresentações de orquestras como a “Video Games Live“, que já passou pelo Brasil, tem diversas músicas desta trilha em seu repertório.

É uma pena que depois deste jogo a franquia entrou em uma montanha-russa na qualidade de suas histórias, variando de ótimas a meramente medianas, passando por esquisitas até as impossíveis de entender. E assim, aguarda-se pelo MMORPG de Final Fantasy XIV para, quem sabe, poder dizer que a Square-Enix voltou aos eixos.

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4 Comentários

  • Ótima matéria! FFVIII é o melhor jogo da franquia(cada um no seu quadrado). Acho as evocações dos GF's sensacionais até hoje. Outro ponto a favor do jogo, era a liberdade de navegação no mapa. Me lembro bastante dele jogando Final Fantasy: Crisis Core. Agora fico na esperança da PSN nacional para poder jogá-lo no HD.

  • Eu achei FFVIII muito burocrático e meio sem alma. Acho que eles quiseram fazer a coisa toda rodar ao redor do "caso" de Squall e Rinoa mas não acho que eles convencem como "par amoroso", é tudo muito na marra. A remoção das materias no sistema de magia também foi uma decisão infeliz, fazendo com que a magia se tornasse um item "complementar" ao jogo e de baixa importância, enquanto que o FFVII você sempre tinha as matérias (além da variedade entre elas, como as matérias roxas e amarelas), no FFVIII você "encontrava" itens que faziam o papel das magias e que eram, na maior parte das vezes, absurdamente mais fracas do que os sumons.

    As batalhas, inclusive, se resumiam a sumonar, porque nem ataques corpo-a-corpo nem magias causavam danos aceitáveis e você ficava o tempo todo convocando os sumons pra poder vencer os combates.

  • Poxa FFIX e XII, são jogos bem legais tb principalmente o nove, por ser mais antigo merece um revival.FFVIII foi o jogo da série q eu mais joguei, talvez por isso não seja um dos meus prediletos.Na verdade mesmo só odiei o X e o X-2, se for possível faça um bitscópio do Final Fantasy IX….

  • Joguei pouco o FFVIII por que ainda estava encantado demais com o VII, mas os gráficos me deixavam de boca aberta. Não é um dos meus preferidos, mas pelo menos está anos luz à frente do IX e do X

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