Neste sábado (3), o Brasil assiste a um dos maiores nomes da música pop contemporânea em ação: Lady Gaga. A artista está no país para um show gratuito na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, que deve atrair uma multidão e promete ser histórico. Mas por trás da diva performática e dos palcos grandiosos, há uma história de superação que começa muito antes da fama.
Antes de se tornar Lady Gaga, Stefani Joanne Angelina Germanotta era apenas uma garota do bairro Upper West Side, em Nova York, com um sonho ambicioso: viver de música. Mas sonhar alto demais, no ambiente em que ela cresceu, custou caro.
O espetáculo de hoje à noite atrai não só pela grandiosidade da única apresentação da turnê Mayhem Ball, mas também pela força simbólica de uma artista que venceu o bullying, a rejeição e as críticas para se tornar um ícone global da música, moda e representatividade.

De vítima de bullying à estrela global
Antes de se tornar a popstar conhecida por hits como Bad Romance e Born This Way, Lady Gaga enfrentou uma dura realidade. A cantora sofreu bullying na escola por ser considerada “estranha” e por sonhar com uma carreira artística. O patinho feio de um colégio católico de Manhattan tornou-se, nos palcos, um cisne kitsch e exuberante, ao conseguir converter a baixa estatura (1,55m), os traços angulosos, os gostos e maneiras excêntricos em identidade profissional.
— Nos meus tempos de escola, eu me sentia como a Ally. Sofri muito bullying por causa da minha aparência. Naquela época, eu era muito insegura em relação ao meu corpo — disse a artista à Revista Ella em 2018. — Quando comecei a cantar em público e a compor, produtores vinham me dar conselhos sobre como deveria me pentear, me vestir e me maquiar. Mas eu não queria me parecer com as outras cantoras, não queria ser sexy da mesma maneira que as outras mulheres.
Durante seu tempo na Universidade de Nova York, colegas que duvidaram de seu grande sonho, chegaram a criar uma página no Facebook com o nome: “Stefani Germanotta, você nunca será famosa”. Em vez de desistir, Gaga usou essa dor como combustível para seguir em frente.

Superação virou combustível para o sucesso
Gaga revelou: “Muitas vezes duvidei de mim, mas algo dentro de mim insistia para que eu continuasse.” Essa perseverança a levou a lançar, em 2008, o álbum The Fame, um divisor de águas que a transformou em fenômeno mundial.
Gaga frequentou a Tisch School da Universidade de Nova York anos antes de lançar seu primeiro álbum, “The Fame”. Além do grupo que fazia chacota com a então futura diva pop, existem relatos de que a convivência com os outros estudantes não era das mais tranquilas. Ela costumava monopolizar o piano da universidade e cantar as músicas da peça “Wicked” a plenos pulmões, o que irritava a muitos.
Em 2008 lançava seu primeiro disco, The Fame, que a promoveria para o estrelato. Com o passar dos anos, Gaga se reinventou diversas vezes: transitou do pop ao jazz, ganhou um Oscar, brilhou no cinema (“Nasce Uma Estrela”, “Casa Gucci”) e se firmou como uma das artistas mais versáteis da atualidade.
Referência em saúde mental e ativismo
Além da carreira musical, Lady Gaga é ativista da saúde mental e da inclusão. Por meio da Born This Way Foundation, ela promove ações voltadas ao bem-estar emocional de jovens ao redor do mundo.
Ao falar abertamente sobre seus traumas, depressão e ansiedade, Gaga se torna uma figura empática e acessível, mostrando que mesmo os grandes ídolos têm suas batalhas internas.

Show em Copacabana: celebração e símbolo de resistência
O show gratuito de Lady Gaga em Copacabana é mais do que um evento musical — é uma celebração da autenticidade, da liberdade e da superação. Para milhares de fãs brasileiros, a presença da cantora em solo nacional é também uma forma de reforçar a mensagem que ela carrega: “Você pode ser quem você é e ainda assim ser amado por isso.”
Por que a história de Lady Gaga inspira?
- Transformou rejeição em sucesso
- Fez da dor uma plataforma para inclusão
- Inspira com arte e propósito
- Defende saúde mental com coragem