A cantora e compositora paulista Monica Casagrande lança sua versão de “Fullgás”, clássico de Marina Lima. O single inaugura Corpo Coral, projeto que terá álbum em 2026 e que representa uma virada de chave na carreira da artista: depois de quatro discos autorais, Monica mergulha agora na obra de grandes compositoras brasileiras e internacionais, assumindo cada canção como uma nova pele. “Escolhi começar por Fullgás porque ela traduz a energia vital do disco. É intensidade pura, é viver o agora sem reservas”, afirma.
Com produção musical de Alexandre Elias, a releitura preserva a sofisticação pop dos anos 80 e ganha contornos contemporâneos, em arranjo de baixo, bateria eletrônica e sintetizadores. No centro, a voz de Monica não busca imitar, mas reafirmar sua presença feminina em diálogo com a força de Marina Lima. O lançamento vem acompanhado de videoclipe dirigido por Di Tateishi e Nora Jasmin, filmado em clima intimista, quase como um show em pequena sala, com tapetes persas, microfone vintage e luz vermelha intensa que simboliza o fogo da canção. Em cena, a artista contracena com backing vocals e dançarinas, reforçando a coletividade que norteia o projeto.
Corpo Coral nasce como um rito de passagem, em que cada faixa representa uma “troca de pele” inspirada em arquétipos femininos. Previsto para 2026, o álbum será revelado aos poucos, faixa a faixa, ao longo dos próximos meses. Mais do que releituras, Monica encarna cada canção em seu próprio corpo, atualizando-as como afirmação de desejo, liberdade e presença. “Quando canto essas músicas, não é sobre nostalgia. É sobre me colocar no centro da narrativa e viver a intensidade como potência política e poética”, explica.
Reconhecida por unir jazz, MPB, soul e blues em narrativas sensoriais, Monica já lançou os álbuns Cárcere do Carcará (2019), Encruza Miramar (2022), Saudades Tropicais (2024) e Maré Bruta (2025). Seus clipes somam mais de meio milhão de visualizações e a artista reúne uma base fiel de ouvintes no Brasil e no exterior. Agora, com Corpo Coral, inaugura um ciclo em que se revela como intérprete visceral de repertórios que atravessam desejo, intensidade e transformação.
