Se alguém duvidava da sobrevivência da mídia física, os números estão aí para provar que, apesar da diminuição da demanda, ela está longe de sumir. Porém, surpresa mesmo é saber quem foi o maior vendedor de CDs de 2016 nos Estados Unidos. Um austríaco morto há 225 anos. De acordo com Billboard, a coleção de 200 discos “Mozart 225: The New Edition Complete” vendeu 6.250 cópias. Isso dá um total de 1,25 milhões de CDs vendidos.
O boxset com 240 horas de audição saiu no final de outubro, com a gravadora Universal Music descrevendo-o como “mais autoral, completo e acadêmico box set já dedicado ao trabalho de um único compositor”.
“É maravilhoso ver a reação a esta caixa, que é fruto de anos de estudos, planejamento e curadoria”, disse Paul Moseley, diretor da Universal de “Mozart 225”. “As melodias imortais de Mozart, não menos que as dos Beatles ou do Abba, são, de alguma forma, parte de todas as nossas vidas – e esta Edição é a maneira perfeita de comemorar isso em seu 225º aniversário”, completou.
O fato mostra que o perfil do consumidor de CDs é mais conservador do que o de quem ouve música via streaming, mais ligado em novidades e sucessos do momento. E isso não deixa de nos remeter à época em que CDs eram de difícil aquisição, pois somente os mais abastados possuíam o aparelho, e a maioria dos discos disponibilizados no formato eram de música erudita. As propagandas prometiam uma imersão ímpar, que só seria conseguida naquela então nova mídia.
Fonte: NME
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