Demolidor Amarelo de Loeb e Sale

[Parte 1: O Começo de Tudo] [Parte 2: A Justiça é Cega, mas tem cores fortes!]

Depois de ter escrito coisas como Batman: O Longo dia das Bruxas e Superman: As Quatro Estações, não levou muito tempo para que a dupla criativa Jeph Loeb e Tim Sale ganhasse mais e mais fãs e nisso conta a própria indústria que passou a disputar a posse dos dois. Com isso em mente, a Marvel os chamou para fazer uma série de histórias de origem de seus personagens mais clássicos, aproveitando o novo século que se iniciava. O Demolidor foi um deles, e provavelmente o melhor de todos os trabalhos da dupla feitos na Casa das Ideias.

Demolidor: Amarelo é uma obra que precisa apreciada vagarosamente. Ao contrário do que Loeb normalmente de uns anos para cá, este trabalho de 2001 tem um aspecto histórico e de época que geralmente não envolvem os seus trabalhos. Mesmo que o herói tenha adquirido durante alguns anos a imagem de uma espécie de “Batman da Marvel” por uma série de razões, o escritor transparece que Demolidor é muito mais do que isso: ele tem uma identidade própria, cuja história explica e merece ser lida.

Na história vemos que ela não se passa, oficialmente, num momento passado da vida Matt Mudock, mas são sim flashbacks dos momentos mais importantes da sua vida escritos em cartas para Karen Page que, àquela altura, já estava morta. A escolha desse elemento narrativo da dupla enriquece ainda mais a qualidade da trama, que envolve os momentos mais importantes da longa carreira do herói cego. Mais que isso: a história toda é unicamente dedicada ao amor do próprio herói por sua falecida amiga e ex-namorada – esse é o verdadeiro sentido de Demolidor: Amarelo. Essa ótica pode ser utilizada, bem como a ótica da origem, fazendo com que ela se enriqueça ainda mais e possa ser lida mais de uma vez com diversas visões diferentes. E ao contrário do que muitos esperavam, a minissérie se encaixa perfeitamente na cronologia do herói daquele momento, pois mostra-o pela primeira vez com as dores da morte de Karen e como ele lida com isso através das lembranças e das cartas que nunca chegarão ao seu destino.

Dito tudo isso, é importante falar nas próprias referências usadas da cronologia clássica de Stan Lee, Frank Miller e outros autores. Há momentos como o encontro do Demolidor com os mafiosos que mataram seu pai pela primeira vez, como acontece em Daredevil #1 de Lee/Bill Everett e a chegada de Karen Page e o quanto isso mexeu com Matt, também deste debut do herói. Durante toda a série é fácil perceber como existem essas referências perdidas e pequenos detalhes colocados de propósito para homenagear os leitores mais antigos ou mais aficionados.

A arte também é uma experiência à parte. Sale nunca esteve numa forma tão boa como artista, e desenha Nova York em suas diversas épocas do tempo como se tivesse desenhado-a verdadeiramente no decorrer das décadas. Toda a escolha de cenários e cores complementam o aspecto de época e memória carinhosa que a obra nos mostra com as lembranças do protagonista.

Enfim, só podemos recomendar que nossos leitores do Ambrosia leiam esta pequena obra em 6 partes, já publicada no Brasil pela Panini em 3 partes. A experiência será inesquecível!

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Comentários 3
  1. A sim, isso eu comprei. Fiquei impressionada, porque sou novata nessas histórias, e conheço mais as coisas atuais. Jeph Loeb, me surpreendeu, uma narração realmente especial. Não sei, a história me pareceu um livro, muito bem feito.

  2. não li ainda mais vou comprar pois parece mto bom,o demolidor não é o batman da marvel ele é muito melhor que o batman!!!e é até estranho ver o loeb numa boa história,pq atualmente o loeb só escreve lixo

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