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Resenha de Solo Leveling volume I, de Chu-Gong

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As interações digitais tomaram de conta dos dias de hoje. Interagimos muito virtualmente e cada vez mais aparecem mais canais para estas interações. E tendo em mãos os dispositivos móveis, temos uma leva de maneiras que nos leva a diversos cenários fictícios. Entre eles; temos o webtoon; nome dado para descrever quadrinhos digitais.

Em especial, os manhwas sul-coreanos; publicados online. como é o caso de Solo Leveling, publicado em versão impressa recentemente pela NewPop.

O título surgiu como um livro online, classificado no gênero isekai, por Chu-Gong, de 2014 a 2018. Foi logo adaptada para uma webtoon, sendo disponibilizada em aguns sites de compartilhamento de quadrinhos digitais. E ganha a atenção do público e da crítica, sendo  considerado atualmente como o manhwa mais popular em sites como MyAnimeList.

Narrativa

Com arte de Gee So-Ryeong (기 소령), Solo Leveling apresenta a história de Sung Jin-Woo, o caçador mais fraco do mundo, em um cenário cuja realidade foi alterada quando um portal foi aberto, conectando um mundo como o nosso com um mundo de criaturas e monstros fantásticos.

Pessoas aleatórias “despertaram” e desenvolveram poderes semelhantes aos de personagens de videogame. Portais estão se abrindo e lá dentro estão masmorras cheias de monstros. Se os monstros lá dentro não forem derrotados dentro de um limite de tempo, os monstros saem da masmorra e atacam a população.

Desde o início desses eventos, toda uma economia e guildas organizadas de pessoas despertas se formaram para apoiar a conquista desses locais.

Cada caçador é ranqueado por suas habilidades; e suas missões são deduzidas a partir dessa classificação. Jung Jin-Woo é um desses cacadores, o do ranker mais baixo; Jung abandonou a escola e se tornou um aventureiro em tempo integral para ganhar dinheiro para sua família.

Em um dia fatídico, após vencer uma missão simples, seu grupo encontra uma dungeon que estava escondida e resolve enfrentá-la. O que acontece é um massacre, por ser uma de nível altíssimo, sobrevivendo apenas Jang Sung e mais cinco pessoas. Após esta experiência, ganha a habilidade de ser um Jogador, podendo aumentar suas habilidades e subir de nível sempre que cumprisse missões ou metas de treinamento, o que o possibilita crescer de forma ilimitável.

Além de ficar mais determinado, o protagonista inicia uma jornada que o levará a caminhos e desafios desconhecidos.

Análise

Não é a primeira narrativa que usa o RPG como base. Com uma narrativa simples, nada revolucionária, a proposta de Solo Leveling é executada de forma interessante. Uma jornada de um protagonista que evolui com as batalhas vencidas; possui um storyteller que não entedia, sombria, com diálogos e missões bem construídos, pelo dinamismo e tensão que nos prendem.

E não estou dizendo que o manhwa não tenha suas falhas. O autor parecia ter esquecido alguns pontos, como o motivo pelo qual Sung se tornou um caçador, ganhar dinheiro para pagar as despesas com sua mãe doente. Ou ainda alguns furos em relação às situações traumáticas, como aquela que desencadeia a trágica masmorra.

Capa variante.

O primeiro volume traz três capítulos, que resumindo é sobre uma única missão para fechar um portal. Além de seguir a evolução do protagonista em suas missões, a narrativa explora os conflitos políticos e humanos de um mundo onde seres superpoderosos ameaçam a soberania dos países mais poderosos.

A arte de Gee So-Lyung é virtuosa; com certeza é uma das razões deste manhwa alcançar a popularidade é devido às suas ilustrações.

O nível de ações explosivas e cenas vívidas exibidas neste manhwa, são maravilhosas no seu contexto. É muito melhor do que vários outros manwas e mesmo mangás que saíram recentemente. Alguns exemplos:

No geral, Solo Leveling é bom, para ser o início de uma série. Há ação ininterrupta; com ideias bastante interessantes; ofuscadas por alguns furos de roteiro.

Com uma arte maravilhosa e um tema que atraiu muitos leitores, a edição da NewPop é bem caprichada: formato 15 × 21 cm, papel couché-brilho 90g, totalmente colorido, vale pela qualidade do produto.

Vale acompanhar protagonista em sua ascensão, e o “plot twist” para explicar tudo é excelente.

Nota: Bom (3 de 5 estrelas)

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Por
Cadorno Teles -

Cearense de Amontada, um apaixonado pelo conhecimento, licenciado em Ciências Biológicas e em Física, Historiador de formação, idealizador da Biblioteca Canto do Piririguá. Membro do NALAP e do Conselho Editorial da Kawo Kabiyesile, mestre de RPG em vários sistemas, ler e assiste de tudo.

1 Comentários

  • Meio estranha essa resenha, vc diz “eu não tô dizendo q não tenha suas falhas…” pra começar a falar dos pontos negativos, como se tivesse elogiado um monte antes, só q não, não faz sentido, e eu fiquei confuso pois vc usa tres nomes diferentes para se referir ao protagonista.. A ideia é
    Fazer uma crítica construtiva, não leva pro pessoal, mas talvez vc devesse revisar melhor oq escreve, tipo ler como alguém q não sabe oq é e ver se dá pra entender bem e se está interessante, antes de postar, assim tbm evita certos erros estranhos. ^.^

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