Eis que chega hoje com toda a pompa ao canal Warner o episódio piloto de “The Flash”, a esperada nova série televisiva do corredor escarlate. Enquanto não se tem nada definido a respeito de um longa-metragem do herói para o Cinema (consta no IMDB que sairá em 2018), a TV foi mais rápida e trouxe uma adaptação que deverá agradar aos fãs. Assim como no seriado dos anos 90, que passava na Rede Globo com bons índices de audiência, optaram por pegar o Flash da era de prata, Barry Allen, o cientista forense que é atingido por um raio em seu laboratório. Este se revelou o Flash mais popular até hoje.
O primeiro episódio serve como introdução. Inicia-se com a infância de Allen (Grant Gustin), a misteriosa morte de sua mãe, e chega aos dias de hoje trabalhando como CSI da Polícia de Central City, ao lado do detetive Joe West (Jesse L. Martin), seu tutor depois da morte de sua mãe e prisão de seu pai. Também em seu convívio está Iris West (Candice Patton), filha de Joe, por quem percebemos que o personagem nutre um interesse incubado, mas a moça o vê apenas como um amigo-irmão. Também somos introduzidos a Caitlin (Danielle Panabaker) – que de acordo com os Quadrinhos, se tornará a vilã Nevasca – e Cisco (Carlos Valdes), além dos cientistas que monitoraram Allen após os nove meses que passou em coma depois do choque com o raio, e passam a realizar testes de suas capacidades sobre-humanas. Fica claro que não houve economia na produção da série. Os efeitos especiais, por exemplo, não fazem feio diante de produções Hollywoodianas.
A narrativa no primeiro episódio não foge ao que vemos em primeiro filme do super-herói, inclusive apresenta uma semelhança com o primeiro filme do “Homem-Aranha” de Sam Raimi. O personagem introduzindo a história com voz em off, as tomadas do centro da cidade, a descoberta dos poderes (no caso aqui, a velocidade) e até a trilha sonora, tudo isso remete ao filme do aracnídeo de 2002, assim como o Flash de 24 anos atrás tinha uma atmosfera que lembrava “Batman” de Tim Burton.
O Arqueiro Verde, outro personagem da DC que ganhou uma série da Warner, tem aqui uma participação especial. Na verdade, os dois heróis já haviam sido vistos juntos em um teaser no primeiro semestre ao final da temporada de Arrow. Outra participação que deixará muitos fãs felizes é a de John Wesley Shipp, o ator que interpretava o herói em 1990, que faz Henry, pai de Barry.
Muito se falou em relação ao uniforme, alguns fãs chiaram nas primeiras fotos, mas o resultado final funciona. Quiseram dar uma versão mais realista e menos quadrinesca, da mesma forma como fizeram com o Arqueiro. Com exceção de um vilão pouco convincente, o episódio piloto de uma maneira geral é bastante satisfatório, cumpre a tarefa de introduzir adequadamente os personagens que acompanharemos semanalmente pelos próximos oito meses e revela o tom do seriado. A grande questão é se o herói quando aparecer nas telonas no filme da Liga da Justiça será vivido pelo mesmo ator e terá o mesmo visual.
O fato é que “The Flash” faz parte do processo da DC de conquistar um lugar relevante no setor audiovisual da cultura Pop, fazendo frente à Marvel. Por enquanto, A Casa das Ideias é líder absoluta nos cinemas, enquanto a criadora dos Super Amigos se destaca na TV. Porém, mais para frente pode haver uma disputa de igual em ambas as mídias. É esperar e ver qual sairá vencedora.
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