Como foi a TV em 2022? Quais foram os principais destaques? Abaixo você confere que produções televisivas consideramos mais relevantes, e por que. Ao final revelamos também a melhor série do ano que se encerra.
O CANTO LIVRE DE NARA LEÃO
Porque a dimensão que essa série documental alcança sobre quem foi e o que ainda representa Nara Leão para o cancioneiro nacional é da uma beleza que a cantora ainda não tinha tido o privilégio de ser retratada.
BAD SISTERS
Porque essa série irlandesa sobre cinco irmãs que se envolvem no assassinato do violento e mal caráter marido de uma delas, tem o roteiro engenhoso e competente que nosso escapismo precisa.
THE OFFER
Porque fazer uma série sobre os bastidores do maior e melhor filme da História, “O Poderoso Chefão”, não tinha como dar errado. E não deu.
THE DROPOUT
Porque a história real do verdadeiro delírio coletivo que foi a ascensão de Elisabeth Holmes, resultando numa fraude bilionária, rendeu uma minissérie que consegue humanizar sua própria controvérsia.
PACTO BRUTAL: O ASSASSINATO DE DANIELA PEREZ
Porque é uma doc série que esmiúça o crime por dentro, pela perspectiva dos que sofreram e lutaram por uma justiça um tanto permissiva. Pesada e importantíssima.
OZARK
Porque finalizou sua engenhosa trama mantendo a coerência da essência de sua história: o que são as circunstâncias frente a inescapável consequência de ser o que se é? Brilhante.
A CASA DO DRAGÃO
Porque venceu a desconfiança de ser apenas um decalque oportunista de “Game of Thrones”, entregando intrigas palacianas (por vezes folhetinescas), mas estruturaras por um roteiro e diálogos excelentes.
EUPHORIA
Porque o domínio que o genial diretor e roteirista Sam Levinson estabelece aqui sobre sua obra é admirável, entregando uma temporada artisticamente ambiciosa e discursivamente complexa.
A ESCADA
Porque dada a obscuridade que gravita a história real até hoje, a minissérie conseguiu fazer disso um verdadeiro tratado sobre a complexidade das relações humanas. Sobretudo, o abismo que pode haver nelas.
THE WHITE LOTUS
Porque o criador Mike White, com seu olhar cinico sobre as relações de superficialidade que se estabelecem num microcosmo branco e rico, sabe cada vez mais extrair o pior do melhor que cria e joga no nosso colo uma incomoda identificação.
O URSO
Porque o nível de verdade que se tira dessa história sobre um chef muito jovem que cuida de um dinner decadente deixado para ele em testamento, é impressionante, por vezes uma parábola sobre obstinação e resiliência, ainda que por viés de crueza de tirar o fôlego.
BETTER CALL SAUL
Porque tem a façanha de ser a única série da História que, mesmo sendo um spin off de um clássico do gênero (“Breaking Bad”), tornou-se tão gigante a ponto de estar ali no panteão das melhores séries de todos os tempos. O final é de uma maturidade e genialidade invejáveis.
MELHOR SÉRIE DO ANO:
SEVERENCE / RUPTURA
Porque tem uma originalidade que começa na história e passa pela estética, numa constante sensação de aprisionamento que potencializa muito seus efeitos dramáticos. O jogo que a série estabelece com o espectador é angustiante, e o final dessa primeira temporada é do nível das primeiras de “Lost” que a gente queria jogar a cabeça contra a parede. A densidade desse frisson gabarita “Severance” como a MELHOR SÉRIE DE 2022!
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